E a segurança em Brumadinho! Como vai?

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Comunidade de Casa Branca protesta contra a Vale


Em protesto, no dia 16 de maio, os moradores de Casa Branca fecharam a estrada municipal que liga o povoado à sede de Brumadinho. Às 5h da manhã os manifestantes já estavam de pé portando faixas, cartazes e panfletos; realizando uma manifestação pacífica e educativa, bloqueando a circulação de veículos automotivos. Como a mineradora Vale, responsável pela exploração da Mina da Jangada, usa a estrada de terra municipal para chegar a empresa, os moradores fecharam um dos acessos a ela. Quem foi trabalhar no horário da manhã precisou voltar.

Segundo o grupo Águas de Casa Branca, o objetivo da manifestação foi a preservação das águas da região e exposição de denúncia das mazelas que as mineradoras da região estão realizando no município. O abastecimento de água em Casa Branca é feito por água mineral. Por isso, a principal queixa dos manifestantes foi o acesso à água por quem mora no entorno da Mina da Jangada. A atividade minerária tem poluído uma nascente e causado dificuldades no abastecimento da população no bairro Recanto da Aldeia, em Casa Branca. O grupo informou que a água que saía cristalina para o consumo, está saindo com terra e até com óleo. Está insalubre.

Outra denúncia feita é que a mineradora molha a estrada com água de nascente, quando na verdade deveria usar outra. Outra grande preocupação dos moradores é a diminuição das águas do Poço Azul. Segundo os manifestantes ele está com 50% do leito reduzido. Outro problema ainda denunciado é que a empresa disse que faria uma explosão por dia; mas na verdade está sendo mais que isso, em qualquer horário.

Moradores temem que Vale repita devastação do Pará

O grupo Águas de Casa Branca informou que durante a preparação da comunidade para a manifestação foi exibido o documento “Não Vale; que enfoca a ação da empresa Vale no Pará. A empresa Vale é a responsável pela mineração na Mina da Jangada que diminui a água para consumo em Casa Branca. No filme são expostas ações contra a natureza na região dos Carajás, no Pará, na exploração minerária da empresa.

Vale informa que não houve diminuição da água

A assessoria de imprensa da Vale informou à imprensa que, desde 2005, o volume licenciado para captação de água pela mineradora é o mesmo. Segundo a empresa, um acompanhamento pluviométrico indica variação do volume das chuvas dentro da normalidade.

Em nota oficial, a empresa afirma que não houve diminuição da vazão nos cursos d'água, no entorno da Mina da Jangada, de acordo com dados monitorados desde 2003. No que se refere à preservação ambiental, a Vale diz que cerca de 90% da propriedade na bacia do Córrego Jangada tem vegetação nativa, conservada pela empresa.

Prefeitura se manifesta

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Vale tem licença de operação concedida até 2017, que inclui as atividades na Mina da Jangada. Segundo a Secretaria, nenhuma denúncia relacionada ao empreendimento da mineradora em Brumadinho foi recebida pela Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental. Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no dia 06/05/2011, anteriormente ao dia do protesto, a comissão técnica da Secretaria se reuniu com o representante de Córrego do Feijão e a comunidade de Casa Branca. Na ocasião ficou acertado que a SEMA iria vistoriar o local e levantar dados concretos para elaboração do relatório.

No dia 09/05/2011 a comissão técnica da secretaria iniciou as atividades; percorreram e vistoriaram toda a extensão do Córrego Manga e Córrego Jangada, vistoriaram a praça de estudos de viabilidade da VALE e distribuíram formulários sobre o uso da água, que foram preenchidos pelos moradores da área afetada.

Os técnicos da Secretaria estão analisando os dados coletados para posterior manifestação, após a conclusão do relatório.

Representantes do Água Viva disseram ao Circuito que uma semana depois da manifestação, a água voltou a sua normalidade no bairro Recanto da Aldeia. Diante desta informação, a manifestação já obteve sucesso.

Estrada e diminuição das águas são problemas antigos

A estrada municipal que liga a sede de Brumadinho aos povoados de Córrego do Feijão e Casa Branca é um problema antigo destas comunidades. A estrada não é pavimentada e as mineradoras, através de empresas terceirizadas, a usam para escoamento de minério e outros afazeres.

Entretanto, mesmo sendo usada pela multinacional Vale, o estado de conservação da estrada de terra é péssimo, segundo constatam todos os motoristas que já tiveram oportunidade de trafegar nela. Há até mesmo trecho com pedreira, que dificulta o tráfego de automóveis de passeio.

Há muitos anos as comunidades de Córrego do Feijão e Casa Branca reivindicam a pavimentação desta estrada.

Já a respeito da diminuição da água, há precedentes em Brumadinho que deixam a comunidade preocupada. Como o município é minerador, e como a mineração iniciou sem lei, no início do século XX, comunidades ricas em água mineral, como Tejuco e Córrego do Feijão, viram muitas nascentes secarem e riachos diminuírem o volume de águas. No Tejuco, segundo contam os antigos moradores, havia uma nascente onde hoje é a praça do povoado. Ela abastecia as casas da comunidade. Hoje, na época de seca, as casas são abastecidas por caminhões pipas. Segundo os moradores do Tejuco, as águas foram diminuindo com a exploração minerária.

Entretanto, como hoje há leis para serem cumpridas pelas mineradoras, as comunidades esperam que fatos como estes precedentes não voltem a acontecer. É certo que o município precisa explorar sua principal economia, mas esta exploração deve ser sustentável, gerando royalties, impostos e responsabilidade social.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Denunciante de supostos fantasmas diz que tudo é mentira

Daniel Hilário Freitas, ex-servidor público locado através de convênio na Agência de Desenvolvimento Turístico Circuito Veredas do Paraopeba, responsável pela denúncia apresentada na Tribuna da Câmara por Cláudio Teixeira, no dia 17 de março, protocolou outro documento na Câmara e Ministério Público desmentindo documento anterior.
Na edição anterior o Circuito Notícias publicou matéria sobre os ex-servidores municipais que denunciaram supostos funcionários fantasmas na Prefeitura de Brumadinho. A denúncia foi feita na tribuna da Câmara por Cláudio Teixeira, ex-secretário geral do Legislativo de Brumadinho.
O ex-secretário Claudio Teixeira entregou aos vereadores e ao Ministério Público documento assinado pelo ex-servidor público Daniel Hilário Freitas, informando que este era um funcionário fantasma de Breno Carone, indicando que outras três pessoas também eram.
Como foi noticiado no Circuito Notícias na edição 207, o servidor não era funcionário de Breno Carone e, sim, locado na Agência de Desenvolvimento Turístico Circuito Veredas do Paraopeba, cedido pela Prefeitura Municipal de Brumadinho, através de convênio.
O prefeito Neném da Asa explicou na edição anterior do Circuito que é normal uma administração ceder funcionários através de convênios para órgãos do Estado e da União. Isso acontece com vários órgãos, entre eles polícias militar e civil, INSS, TRE, IEF, Emater, entre tantos e, assim também foi com a Agência Circuito Veredas do Paraopeba, de responsabilidade do Estado e, cujo presidente era Breno Carone.
Depois da repercussão da denúncia, o ex-servidor voltou à Câmara e ao Ministério Público para protocolar outro documento desmentindo o primeiro: “não são verdadeiros os fatos lançados no documento protocolado na Câmara e Promotoria”.
O novo documento registra que Daniel Freitas havia relatado à Claudio Teixeira, que também é advogado, que trabalhava para Breno Carone (na época, presidente da Agência Circuito Veredas), mas que era servidor contratado pela Prefeitura. No novo documento Daniel diz ainda que “O senhor prefeito municipal nenhum conhecimento tinha sobre a atuação destes servidores, que estavam vinculados diretamente ao presidente do Circuito Veredas, que responde pelo convênio firmado”.
Daniel frisa o seguinte: “não assinei tal documento com a finalidade de pedir qualquer providência quanto a irregularidades, vez que estas não existem”.

O outro lado do protesto na Serra da Moeda

Na Internet, depois que a matéria do evento foi postada nos jornais on line e blogs, houve a abertura do debate com parabenizações pela iniciativa e críticas. Um dos comentários que chamou a atenção para a reflexão foi o de Reinaldo Brandão. Ele comentou no site Moutain Bike BH o seguinte: “... eu acho engraçado é que ninguém abraça a serra da moeda em protesto contra os condomínios que ocupam uma área bem maior que as minerações...”
Com este comentário Reinaldo Brandão abriu espaço para os ativistas atentarem para outros problemas intrínsecos encadeados na manifestação, com outras questões interligadas à preservação e conservação ambiental. Do alto da montanha o manifestante pode notar que a encosta e subida da serra é ocupada por condomínios horizontais em uma grande extensão territorial que impedem o livre acesso da população da região às nascentes e cachoeiras.
De acordo com a Agência Nacional das Águas, os cursos d’água são propriedade da União. É na região da Encosta da Serra da Moeda que estão localizadas as mais belas e cristalinas cachoeiras do município. A maioria da população de Brumadinho não as conhece, justamente porque o acesso é restrito em função da formação dos condomínios nessas áreas.
Entre os manifestantes que abraçaram a Serra, muitos deles são representantes das comunidades históricas e quilombolas que ainda não foram convidados a conhecer as cachoeiras particulares.
Assim como abrilhantaram o Abraço a Serra, os representantes da história e cultura de Brumadinho poderiam também, um dia abraçar as cachoeiras preservadas dentro dos condomínios, através de um evento organizado e sistêmico em série, já que existem muitos condomínios e muitas cachoeiras particulares para se conhecer.
A sugestão é que se faça até mesmo um Projeto para esta finalidade, para garantir o livre acesso da população às águas e nascentes do município.
Atualmente os moradores de Brumadinho só têm acesso às reservas naturais dos extensos condomínios horizontais se conseguirem convite de algum amigo morador.
Uma contradição que também merece destaque e reflexão é a incoerência de grande parte dos participantes chegar ao local do protesto guiando automóveis de luxo de médio porte, que tem como matéria prima principal o minério de ferro.
No Japão e nos países de primeiro mundo, os carros estão se tornando mais compactos para reduzir o consumo de combustível, causar menos impacto ao meio ambiente e reduzir a matéria prima na produção. O Brasil está na contramão. Notoriamente, as pessoas que representaram os condomínios no evento possuem um poder aquisitivo com possibilidade de possuir mais de um veículo por família. Ou seja, “não à exploração do minério mas sim ao consumismo desenfreado”.
Como expressou a professora Ana Lúcia Gonçalves em seu manifesto na Serra da Moeda em 2010, se tudo acabar, ninguém sobreviverá de dinheiro. Incoerentemente, grande parte dos manifestantes na Serra são pessoas que consomem os produtos originados pelo minério: automóveis e grandes construções nos melhores espaços de Brumadinho.
A exploração do minério de ferro, desde que existe em Brumadinho, é a principal atividade econômica e principal causadora dos danos ambientais. Isto porque na primeira metade do século XX, quando iniciou a exploração do minério na cidade, não havia legislação e a população não pensava nos impactos negativos causados ao ambiente.
Esta exploração sem planejamento causou diminuição de água no povoado do Tejuco. Moradores antigos do povoado recordam que antes havia uma mina com abundância de água, localizada na praça do povoado. Contraditoriamente, hoje, nos períodos de seca, o Tejuco precisa ser abastecido com caminhões pipa. O jornal Circuito Notícias recebe inúmeras reclamações e, também, já editou matérias a este respeito. Mas, passa anos, e o problema do abastecimento na localidade não é resolvido. Outro povoado que assistiu a diminuição assustadora de seu manancial de água foi o de Córrego do Feijão.
Hoje não se explora minério como antigamente. Há regras e legislações para uma mineradora cumprir. O fato é que enquanto o Ciclo do Minério estiver vivo no município, as mineradoras vão explorar e terão que cumprir regras ambientais, sociais, econômicas, culturais e históricas.
A Ferrous Resources do Brasil, que está reativando a Mina da Serrinha, alvo do protesto, esclareceu para a imprensa que a Mina foi toda estruturada para uma exploração, seguindo normas ambientais. A Mina foi encontrada com expressivo passivo ambiental. Quando chovia, sua represa vazava, escoando rejeitos que estavam estocados e paralisados há muitos anos, atrapalhando a vida dos moradores da Encosta da Serra.
A Ferrous informou que está concluindo um novo desenho para a Mina que conciliará aspectos econômicos, ambientais e sociais. A empresa reitera ainda que, desde 2007, quando adquiriu a área, vem realizando trabalhos de recuperação ambiental. "Até então, o empreendimento estava abandonado e era considerado um grande passivo ambiental na região da Serra da Moeda. Em 2008, ao adquirir a mina, a Ferrous assinou com o Ministério Público de Minas Gerais um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a regularização ambiental do empreendimento".
A iniciativa dos manifestantes que abraçaram a Serra é louvável. Os moradores de Brumadinho e região precisam conservar suas águas e também, democratizá-las.

Ambientalistas abraçam a Serra da Moeda em protesto

No dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira que representa a luta dos mineiros pelas riquezas minerais, cerca de 6 mil pessoas realizaram um protesto contra as mineradoras.
Através de um abraço simbólico na Serra da Moeda, em Brumadinho, reivindicaram dos representantes políticos a implantação do Monumento Natural da Serra da Moeda, no trecho denominado Serrinha, onde uma mineradora está reativando uma lavra.
Os protestantes são ambientalistas, pessoas ligadas ao ecoturismo, organizações não governamentais e moradores de Brumadinho, principalmente dos povoados e condomínios horizontais localizados na encosta da Serra, como também, representantes de Nova Lima, Belo Horizonte, Moeda e Belo Vale.
Na parte da manhã os ambientalistas formaram um cordão humano no alto da montanha, que foi seguido por apresentações musicais e culturais de artistas locais, capoeiristas e grupos folclóricos tradicionais da região.
De acordo com os manifestantes, análises técnicas indicam que a lavra na Serrinha, que será explorada por uma mineradora, implicará no rebaixamento do lençol freático, podendo trazer consequências como a secagem de nascentes de água da região, por em risco espécies de flora endêmicas e de fauna ameaçadas de extinção, além de ameaçar o patrimônio histórico, cultural e as comunidades tradicionais e quilombolas.
Segundo os organizadores do evento, em 2010, eles conseguiram, judicialmente, o projeto da mina e perceberam que a exploração impactará negativamente a região em pelo menos mil hectares de mata, afetando pelo menos 10 mil pessoas que vivem na região e preservam a história e cultura.
A reativação da Mineração Serrinha é uma polêmica no município de Brumadinho. A mineradora que está reativando a mina, a Ferrous, já se reuniu em audiência com a população e políticos na Câmara Municipal de Brumadinho para discutirem a pauta, em 2010, onde as lideranças comunitárias representativas, se posicionaram contra o empreendimento, temendo impacto ambiental, social, cultural e histórico no município.
Certamente, a população tem seus motivos de se prevenir contra as promessas, pois já presenciaram tratos descumpridos. Em 2005, quando a Mineração Esperança iniciou seu processo de reativação pelo Grupo Starwood, os representantes desta empresa divulgaram na imprensa que iriam realizar um trabalho social com os moradores do povoado de Souza Noschese, com o intuito de melhorar suas expectativas de vida, não só com eles, mas com todos os moradores menos favorecidos do município. Entretanto, esta promessa não foi cumprida. Os moradores tiveram muitas dificuldades em conviver com a reativação da mina, conforme matérias publicadas no jornal Circuito Notícias. A Starwood também não ficou na localidade, passou a empresa para a Ferrous. Ambas cumpriram TACs – Termos de Ajustamento de Condutas para reativação da atividade e, dentro dele estava o desassoreamento do Córrego Esperança – um ganho considerável para o ambiente. Essa atividade está sendo desenvolvida através de licenciamentos e fiscalizações, dentro das normas de exploração atual, impactando menos o meio ambiente. Mas, em relação à comunidade, o projeto deixou a desejar. Hoje o povoado é praticamente uma empresa. Os moradores venderam seus imóveis para a própria empresa.
Uma boa notícia para as comunidades quilombolas situadas no distrito de São José do Paraopeba, é o título de Remanescentes Quilombolas que garante a conservação de suas culturas e de suas terras. Pela lei elas estão garantidas e nenhuma empresa nacional ou internacional pode promover ou incentivar um êxodo.

Moradores mostram satisfação com implantação de Regional Administrativa em Brumadinho

A implantação da Regional é um sonho antigo dos moradores do interior. Como o município de Brumadinho é muito extenso, o deslocamento de mão de obra e maquinário para atender o interior significa, ontem e hoje, um desperdício de tempo, de funcionalidade e de dinheiro público.
Normalmente, os funcionários públicos chegam ao trabalho em Brumadinho às 7h da manhã e, até se certificarem dos trabalhos a serem executados, saem da sede às 8h, chegando ao local do serviço às 9h. Eles trabalham 2 horas e param para almoçar às 11h. Retornam ao serviço às 12h, trabalham até as 14h e retornam para Brumadinho para prestarem conta do serviço e bater cartão às 16h.
O morador Valcir Carlos Martins, que é uma das pessoas que vivencia esta história há anos, fala sobre o assunto: “Por ser morador da zona rural de Brumadinho sempre vivenciei as dificuldades com relação ao desenvolvimento do interior. Com a implantação da subprefeitura em Marques o prefeito Neném da Asa mostra que está realmente disposto em mudar esta história. Com este avanço o prefeito esta mostrando que pretende unificar de vez cidade e interior dando oportunidade ao progresso, vez que uma máquina saindo da sede indo até Suzana leva mais ou menos uma hora e meia de estrada somando ida e volta. Perde-se muito tempo. Já com a subprefeitura em Marques, comunidade central, a distância até a mesma Suzana cai para aproximadamente vinte minutos que é a distância de Marques até Suzana. Sou morador da comunidade de Colégio distrito de São José do Paraopeba e acredito no trabalho do Prefeito e na implantação da subprefeitura vez que ao longo do tempo só vai aumentar os serviços de prestação desta regional para a população do interior. O morador não terá mais que deslocar de sua residência a sede para resolver seus assuntos com relação ao interior.As regionais hoje são modelos em vários municípios brasileiros, por que não podemos fazer parte deste modelo? Vamos acreditar na obra que é um ganho muito grande para todo município”, termina.
Para o comerciante e morador de Suzana, João do Expedito, a Regional é um sonho de 20 anos. Ele afirma que a concretização deste sonho será ótima para os moradores da zona rural. “Nós sempre falamos com os prefeitos anteriores que precisávamos de uma administração aqui e, agora, depois de tanto tempo, ela será realidade”, frisa. “Eu gostaria de parabenizar ao prefeito porque soube escolher muito bem o administrador, que é o coronel Valter. Soube escolher também, e muito bem, o local para a instalação da Administração Regional”. Concluindo, o comerciante espera que a concretização do sonho continue sendo efetivada em outras localidades: “ nossa idéia é que o prefeito continue expandindo para outras regionais; uma em Marinhos, outra em Casa Branca, assim todos serão melhores atendidos”.
Já o morador do distrito de Aranha, o produtor rural Paschoal Moreira Filho desabafa: “nós do interior sempre fomos esquecidos pela Prefeitura de Brumadinho. Agora vemos a possibilidade de alguns sonhos serem concretizados, iniciando pela Administração Regional”, informa.
“Há muito tempo a gente vem brigando para ter uma subprefeitura aqui na região. A gente sabe que o trâmite burocrático é demorado e, eu acho que o caminho é por aí, a administração está se aproximando do povo ao invés do povo se aproximar da administração”, frisa.
“Acho que a subprefeitura vai resolver muita coisa aqui para nós, pode ter certeza. Também acho que outras coisas a serem efetivadas melhorarão para o produtor rural. O secretário da Agricultura, Juca Dornas, está dando um apoio muito importante para a implantação do Barracão do Produtor, que será de grande importância para o escoamento e comercialização dos produtos e seus derivados. Agregado ao Barracão, os produtores almejam uma minifábrica de polpa cítrica, para melhor aproveitamento da mexerica poncã, transformando a mexerica de pior qualidade em ração”, acrescenta.
“Com a implantação de uma minifábrica, as mexericas pequenas e as bichadas se transformarão em polpa cítrica. A Fábrica de polpa cítrica é uma necessidade para o município, pois Brumadinho já foi o primeiro produtor de mexerica de poncã de Minas Gerais e, hoje, está em 2º lugar,” analisa.
“A fábrica de polpa proporcionará a transformação da mexerica ruim em ração animal. Com isso o município aproveitará melhor sua produção, podendo voltar à liderança em Minas”, explica.
Para Paschoal, que participa da vida coletiva de Brumadinho há anos, o que está acontecendo hoje no município em relação aos produtores rurais é um sonho plantado pelo Pedro da Emater. “O que está prestes a acontecer com a implantação do Barracão dos Produtores é um legado deixado pelo Pedro. É um sonho de 15 anos atrás, quando entraram na briga cerca de 30 produtores”, lembra. “Hoje a associação dos produtores soma 80 associados” informa.
“Com a implantação da Subprefeitura, Barracão do Produtor e Máquina Cítrica, o município de Brumadinho dá um passo significante em seu desenvolvimento. Agora é só pensar num administrador que saiba trabalhar, que não tenha objetivo eleitoreiro e que pense na coletividade

Escola desativada sediará Regional em Brumadinho

A Escola Municipal de Marques, desativada em 2001 será a sede da Administração Regional. No ano de 2000, a Secretaria Municipal de Educação fez um levantamento na escola, constatando que ela estava funcionando com turma multisseriada, comprometendo a qualidade de ensino.
A escola tinha apenas 24 alunos na época: sete alunos na primeira série, seis alunos da segunda série, três alunos da terceira série e seis alunos na quarta série.
Diante do diagnóstico constatado, foi decidido com a comunidade, através de reunião, acabar com as turmas multisseriadas. Os alunos foram matriculados na escola de Piedade do Paraopeba e a Prefeitura colocou a disposição um transporte municipal.
Com a desativação da escola, o prédio ficou abandonado, sem manutenção e sujeito a ocupações irregulares, trazendo transtorno e insegurança para a população, o que já aconteceu no local.
Com a instalação da Administração Regional, a Administração Municipal dará uma destinação pública a um bem público.

Interior de Brumadinho ganhará Regional Administrativa

A Prefeitura de Brumadinho está implantando a primeira Administração Regional do município.De acordo com o prefeito Neném da Asa, a implantação da Regional está no Plano de Governo divulgado em sua campanha política.Segundo ele, o objetivo da Regional é promover a coordenação dos serviços e descentralização administrativa.
A primeira Regional será implantada em Marques. Neném da Asa explica que um dos motivos para a escolha desta localidade é por ela estar localizada em ponto estratégico, com facilidade de acesso as outras localidades do interior. O prefeito informou também que Marques tem um prédio público desativado que vai ao encontro do projeto. “O prédio sediava uma escola municipal e sua transformação em Regional significa redução de custo e tempo de implantação”.Ele explica que com a implantação da Regional, os principais serviços de atendimento ao público, hoje disponíveis apenas na sede municipal, estarão mais perto das 38 localidades do entorno de Marques.Segundo informou, a princípio, a população será atendida com os seguintes serviços: manutenção de estradas e vias públicas; acompanhamento do fornecimento de Água; atendimento ao Produtor Rural e pela Setransb.“Com a Regional a Prefeitura minimizará custos operacionais de máquinas, deslocamento de mãode obra, implementos e facilitará o controle da execução de obras no interior, promovendo maior agilidade, eficiência, economia e satisfação do cidadão”, completa.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Corpo de Bombeiros orienta população para evitar acidentes nas estradas durante feriado prolongado de Semana Santa

A intensificação do fluxo de veículos nas estradas durante o feriado prolongado da Semana Santa tem sido motivo de atenção especial por parte do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Para evitar os acidentes no período que antecede ou naquele imediatamente após o término dos quatro dias de folga (dia 21 a 24), uma série de dicas e orientações tem sido repassada à população para garantir viagens tranquilas e com segurança.
De acordo com os bombeiros, o ponto inicial consiste na inspeção do carro, antes de colocá-lo na estrada. Os itens listados são os seguintes:

• equipamentos de segurança, como extintor, triângulo e cintos de segurança;

• freios, observando o nível de óleo, pastilhas, lonas, regulagem, nível do fluido, possíveis vazamentos e o freio de mão;

•sistema elétrico, verificando o bom funcionamento dos faróis, lanternas, setas, luz de freio, luz de ré, luzes de emergência e buzina;

•pneus, estepe, alinhamento da direção, balanceamento das rodas, amortecedores;

•motor, conferindo o nível de óleo do motor, correias, mangueiras, ruídos anormais, regulagem, velas e cabos;

•limpadores de pára-brisa (borracha em bom estado), retrovisores externos e internos;

• cinto de segurança dos bancos da frente e de trás;

• marcador de combustível, velocímetro, encosto de cabeça;

• radiador, que deve ter seu nível da água conferido com o carro desligado.

Ao detectar ou suspeitar de qualquer problema de funcionamento mais sério, os bombeiros aconselham ao proprietário ou motorista que recorra a uma oficina mecânica especializada, solicitando que um profissional que faça uma vistoria no veículo antes da viagem.

Ultrapassagens

A direção defensiva é a palavra de ordem para preservar vidas nas estradas, sobretudo nos feriados. As manobras de ultrapassagem devem ser rápidas e seguras. Só retorne à pista após localizar o veículo ultrapassado pelo retrovisor. Para isso, sinalize com antecedência sua intenção de ultrapassar.

Ultrapasse sempre pela esquerda e apenas nos trechos permitidos. Certifique-se de que a faixa da esquerda está livre, e de que há espaço suficiente para a manobra. Jamais ultrapasse pelo acostamento das estradas, sobre pontes ou viadutos.

Nos dias de chuva a ultrapassagem se torna mais perigosa e exige atenção redobrada, pois o veículo da frente provoca uma cortina dágua que dificulta a visibilidade. Todas as dicas anteriores permanecem valendo, sendo acrescidas por uma maior distância com relação ao veículo a ser ultrapassado.

Chuva e neblina

Outra providência a ser tomada na pista molhada é a redução da velocidade. Além de aumentar a distância dos veículos à frente, acenda os faróis baixos, acione o limpador de pára-brisas e o desembaçador e mantenha as janelas com abertura suficiente para a circulação de ar e evitar o embaçamento.

É preciso um cuidado especial para evitar que os pneus percam o contato com o asfalto, devido à formação de uma lâmina d’água, fenômeno conhecido como aquaplanagem. Isso faz com que o motorista perca o controle sobre a direção do carro. Nessa situação deve-se manter a marcha engrenada, diminuir a aceleração (sem frear), acender os faróis e girar suavemente a direção para a esquerda e para a direita até conseguir controlar o veículo.

Já em áreas com visibilidade prejudicada em decorrência de neblina, é preciso manter os faróis baixos acesos, mesmo durante o dia. Fique a uma distância segura do veículo à frente, abra um pouco os vidros para evitar o embaçamento, não trafegue pelo acostamento e evite fazer ultrapassagens.

O motorista não deve ligar o pisca - alerta com o veículo em movimento e muito menos parar na pista. Se for inevitável parar o carro, procure locais seguros e, aí sim, acenda os faróis e utilize os equipamentos de segurança, como pisca - alerta e triângulo.


Planejamento

É preciso planejar a viagem antes de colocar o carro na estrada, prevendo inclusive os períodos de descanso a serem feitos durante o trajeto. Prefira viajar de dia, em condições de boa visibilidade. Mantenha sempre a calma quando estiver ao volante.

Evite conversas e distrações, não descuide da sinalização, não pare na pista e não trafegue no acostamento. Caso o motorista note que está ficando com sono, aos primeiros sinais de cansaço é aconselhável parar imediatamente em um lugar seguro para relaxar.

A mistura álcool e direção é definitivamente proibida. A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos. O uso do celular ao dirigir reduz a atenção do motorista e contribui para aumentar o risco de acidentes.

Vale a pena ressaltar que o cinto de segurança é um importante fator na prevenção de mortes nas estradas e deve ser utilizado inclusive pelos passageiros que ocupam o banco de trás.

Acidentes

Caso se depare com um acidente de trânsito, a principal dica é manter a calma. Providencie sinalização prévia para o local a uma distância de no mínimo 200 metros, para evitar outros acidentes em sequência. Se houver vítimas, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Mantenha as vítimas calmas e informe-as que o socorro esta a caminho. Caso haja mais voluntários, trabalhe em equipe. É importante não executar os primeiros socorros, se você não for treinado, pois isso pode agravar a situação da vítima. Estes são alguns cuidados básicos e simples, que devem ser considerados para reduzir o número de acidentes e tragédias nas estradas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saldo de vítimas do Carnaval - Alegria e Tristeza

Este ano o Carnaval no Brasil ocorreu em clima chuvoso. As chuvas contribuíram para o aumento de acidentes nas estradas federais, estaduais e municipais. Além de fomentar a folia, o feriado de Carnaval atrai também oportunidades diversas de lazer, entre elas, a de conhecer pontos turísticos Brasileiros; visitar familiares, procurar um bom local para descansar. Mas, a maioria das pessoas ainda procura as cidades carnavalescas para se divertir e, este movimento de deslocação, antes, durante e depois do Carnaval, de Norte a Sul do País, traz uma estatística de notícias ruins nas estradas que, muitas vezes, são intercaladas com as notícias de desfiles e folias, numa mistura de alegria e tristeza.
As notícias ruins começaram antes do feriadão. Na própria capital do Carnaval, Rio de Janeiro, membros de escolas de samba viram seus galpões serem incendiados, um mês antes do desfile e, por sorte, não houve vítimas. Em Minas Gerais, uma semana antes do feriado, 16 pessoas morreram e 50 ficaram feridas enquanto acompanhavam um trio elétrico, na cidade de Bandeira do Sul, no evento Carnaband. O acidente ocorreu por causa de uma serpentina metálica que rompeu os fios de energia. O que era para ser festa terminou em tragédia. O episódio alertou as autoridades de todas as cidades brasileiras para o perigo das serpentinas metálicas. Com a evolução, as serpentinas, antes confeccionadas de papel, agora podem ser metálicas. O ocorrido foi uma surpresa fatal. Portanto, todas as pessoas de bom senso esperam que a produção de serpentina com este tipo de material, seja paralisada.
Não é exagero. Apenas fatos. Se citarmos um a um os acontecimentos ruins, durante o evento carnavalesco, o espaço reservado para o editorial não daria nem para o início. Mas, sem dúvida alguma, as maiores tragédias ainda ocorrem nas estradas.
Este ano o DPVAT contabilizou o maior número de vítimas fatais dos últimos anos nas estradas federais. Cerca de 900 mortes. Porém, considerando também as vias urbanas e municipais, o número pode ser ainda mais surpreendente. De 2006 a 2010, a Seguradora pagou mais de 4.470 indenizações por mortes no trânsito considerando os seis dias de carnaval, de sexta-feira a quarta-feira de cinzas, quando o movimento nas estradas e o consumo de álcool aumentam. A região que mais apresentou pagamento de indenização por morte foi o Sudeste, com 1.731 registros fatais nos carnavais de 2006 a 2010. Em seguida, a região Nordeste apresentou o maior número de óbitos, 1.287, seguida pelo Sul (717), Centro-Oeste (420) e Norte (309), considerando o mesmo período.
Num país de Primeiro Mundo estas estatísticas seriam de guerra. Infelizmente, os acidentes de trânsito durante o Carnaval deixaram um saldo de tristeza em muitas famílias brasileiras. Entretanto, não foram apenas as estradas e os trios elétricos que deixam vítimas. As drogas, o álcool, o sexo precoce e inseguro. Cada ano que passa, mais adolescentes são iniciados em entorpecentes e vida sexual, justamente no Carnaval. Isso não é novidade para ninguém.
Felizmente, em Brumadinho, não houve ocorrências graves, os foliões se divertiram mesmo debaixo da chuva. Os fatos acima servem simplesmente de alerta, principalmente porque a cada ano, mais pré-adolescentes entram na folia, na Avenida Vigilato Braga, o que gera grande preocupação. Segundo informações, há crianças, até de colo, que mesmo acompanhadas pelos pais, não deveriam ser expostas a uma folia para maiores de idade, mesmo porquê, a Prefeitura sempre programa matinês. Presentes a eventos direcionados a adultos, as crianças entram no saldo de vítimas inconscientes. Diante da impotência de cidadãos comuns em solucionar esta situação, cabe aos organizadores, polícia e Justiça, garantirem a segurança destes menores. Esta é uma sugestão.

Depois do luto a luta: em favor de uma pedagogia do cuidado

Por Lúcio Alves de Barros - Jornal Circuito Notícias

Não deixa de ser uma boa tentativa, as primeiras investidas do SINPRO-MG (Sindicato dos professores do Estado de Minas Gerais) em favor dos professores e contra a violência latente e manifesta nas escolas. Infelizmente, as propostas apareceram após o assassinato do mestre em educação física e professor Kássio Vinícius de Castro Gomes. Talvez elas até existissem, mas ainda não haviam chegado até nós. Mas nunca é tarde, visto que a violência nas escolas não é nova e a questão tornou-se séria desde a década de 80. Digo isso devido não somente à comoção oriunda da morte de nosso colega no final de 2010, mas das falas dos professores e professoras que ficaram para contar a história. E elas vieram de todas as formas: umas escutei, outras recebi por e-mail e várias delas recolhi nos intervalos, nas reuniões, nos periódicos e neste grande mundo virtual da internet.
A morte do professor causou mal-estar não somente entre alunos-professores, mas também entre alunos-alunos, professores-professores. Recebi mensagens pedindo “pena de morte ao aluno escroto”, outras defendendo medidas repressoras e penalizáveis aos alunos agressores e aos professores que também, para muitos, carregam parcela de culpa. Não deixei de receber críticas e mais críticas às instituições de ensino particular, as quais são criticadas por receber “qualquer tipo de aluno”. Muitas foram as lembranças de casos ocorridos em todo o Brasil. Assim veio à memória o caso da professora que teve braços e dentes quebrados em Porto Alegre (RS), da professora do ensino médio que foi atacada a chutes e pancadas na capital de Minas Gerais, da diretora agredida a pedradas em um colégio estadual de Florianópolis (SC), da diretora que apanhou de alunos e amigos dos alunos no meio da rua em Juiz de Fora (MG) e do caso recente do estudante universitário Lucas Zebral de Melo Albuquerque, aluno da FUMEC (Fundação Mineira de Educação e Cultura), em Belo Horizonte, que foi condenado por injúria contra um professor. Os relatos das testemunhas apontaram que ele dava “encontrões propositais”, além de “insinuar”, com “expressões chulas”, que o docente seria homossexual.
De qualquer modo tentei resumir as narrativas em três blocos não excludentes e complementares. O primeiro bloco de narrativas tem por alicerce que a “a violência está não somente no nível superior”. Os docentes contaram casos de professores que “apanharam feio de alunos”, que foram “vítimas de agressões verbais”, “furtos”, “roubos”, “carros quebrados”, “carros arranhados” e “xingamentos”. Apontaram como problema as políticas públicas voltadas à educação e “não acho que as coisas podem melhorar”. A violência estaria pior na educação em nível médio e fundamental “onde a droga come solta” e “alunos e alunas só pensam em sexo, conversa e vadiagem”. Um professor chegou mesmo a dizer “que não deixa a profissão porque não sabe fazer outra coisa, mas que tem dias que pensa em se matar porque não aguenta mais o descaso do Estado e a falta de interesse dos alunos”. Uma docente, que já havia sido minha aluna, disse que certa feita não apanhou porque “o traficante perto da escola não deixou a mãe do aluno bater”. Como se vê, e por falta de linhas não vou alongar por aqui, é possível perceber que a violência está presente não somente no nível superior, mas no ensino médio e fundamental e que, pela faixa-etária dos meus colegas não é tão nova assim.
O segundo grupo de narrativas chama atenção para a “gradação” do tipo de violência. Um deles disse: “no fundamental o aluno belisca, te joga lápis, água, faz piada e até te bate na perna. No ensino médio fura o pneu do seu carro, te chama na porrada, ameaça na internet e por aí vai e, no ensino superior, como a gente vê, a coisa já está é na facada mesmo”. Embora tenha sido uma conversa emocionada a comparação colocou em tela o agressor que já estaria em maturação desde a infância. Ele cresce e se enche de hormônios na adolescência e se transforma em um predador após alguns períodos no “ensino superior”. Longe dos exageros, a questão é séria e, como já disse, merece ser entendida como problema de segurança pública. Alunos tem andado armados em salas de aula: uma professora disse que “morre de medo de dois alunos que em sua sala só andam armados com a justificativa de serem policiais”. Outra disse que já teve que “escutar calada os gritos de uma aluna que se gabava em pagar o seu salário”. Aparentemente, e não por acaso, as mulheres são as maiores vítimas, pois das mensagens que recebi uma professora afirmou “que chora toda vez que um aluno a desrespeita e que não percebe isso nos professores que são homens”. Também neste caminho encontrei a famosa pérola, ouvida várias vezes em meio aos policiais: “hoje eu disse para minha mulher que saio para trabalhar, mas não sei se eu volto”. A frase, apesar de cômica no lugar no qual foi dita, não deixou de produzir algumas respostas como: “Eu já pensei nisso”, “É! O trem ta feio”, “Daqui há pouco é isso mesmo” e “Quero ganhar insalubridade e periculosidade”. Em tais narrativas identifiquei professores medrosos, frágeis fisicamente, extremamente ternos e fleumáticos, o que justifica a fala da pequena e bela professora, já desencantada com o mundo da educação: “Eu estou com medo dos meus alunos”.
O último grupo de narrativas apontou para a necessidade de que “alguma coisa deve ser feita”. Os docentes que escutei com atenção disseram da importância da existência de “normas” e “regras claras no ensino”, principalmente nas redes particulares, as quais “andam a vender diplomas como água em parada de sinal”. Comentaram sobre alunos passando sem mérito e sem a possibilidade de aprovação. Assinalaram para a perda da autoridade e do respeito, justamente porque a ideologia do “PP - Pagou Passou” está valendo desde o momento em que o MEC abriu as portas para o ensino privado. Sem normas e fiscalização, os “alunos acham que são deuses” e “que pagam os salários dos professores porque na verdade são clientes” e não discentes ou profissionais em formação. Na realidade, as falas são conhecidas no meio dos denominados “trabalhadores da educação” e não tenho dúvidas que o MEC é co-responsável por essa situação. De todo modo, existe uma crença nascendo de que “as coisas vão melhorar”, de que “a educação é a melhor saída para as sociedades” e que “episódios como o do mestre em educação física não podem se repetir”. Aprendi que professores são esperançosos, generosos e sofrem com o sofrimento dos alunos. Um discurso foi quase unânime: “é preciso salvar a educação”. A fala é interessante porque o docente que leciona em nível superior sabe que é do ensino médio que o seu trabalho depende e nada como melhorar a qualidade da educação dos seus “clientes”.
Finalmente, gostaria de terminar deixando clara minha preocupação em relação aos professores que, embora passem pelos mesmos problemas e constrangimentos, tem tentado diminuir a gravidade dos fatos. Muitos deles são coordenadores, supervisores, diretores, orientadores, tutores, estão em cargos de chefia ou comungam com as ordens dos proprietários dos estabelecimentos escolares que não se preocupam com o corpo docente. Em geral, são executivos da educação que pouco sabem de didática, política pedagógica, planos de ensino ou sala de aula. Muitos jamais enfrentaram turmas de 40, 60 ou 80 alunos. É deste pessoal que tenho o maior receio, pois são eles que recebem as “reclamações”, os e-mails ocultos, as cartas os abaixo-assinados e, em geral, levam para o campo pessoal assuntos que são pedagógicos e estão atrelados a uma determinada conjuntura e história. Como disse uma amiga, eles ajudam a plantar e cultivar a dúvida entre os professores, alunos e corpo dirigente. Praticamente produzem dois lados dicotômicos que aparentemente devem estar em constante conflito. Existem casos em que tais coordenadores operam como verdadeiros proprietários da instituição e não deixam de distribuir “queixas”, “advertências” e “chamadas de atenção em plena reunião”. Sinceramente, a diferença deste docente-coordenador para o aluno que decidiu matar o professor é só a faca. A morte social, a baixa estima, a síndrome de burnout e as várias moléstias que vem atacando o corpo docente é nada mais que o resultado de nossa falta de respeito com o outro, do direito inegociável do contraditório, da aceitação das limitações, da tolerância sempre viva e da construção de uma pedagogia do cuidado. Não custa lembrar que somos seres vulneráveis, frágeis, caminhando em tempos pós-modernos com certa dificuldade em um mundo carente de valores, utopias e sentidos de vida, com uma única certeza: “a vida é curta e a morte é certa”.

Moradores de Brumadinho pedem mudança no projeto da Estrada Conquistinha

Com a reestruturação da estrada da Conquistinha desde a BR-381 ao bairro Progresso 2, os moradores do bairro Cohab, pensando em criar alternativas para a organização do bairro e, buscando melhorias para o seu desenvolvimento e bem estar dos moradores, através do representante legal da Associação Comunitária, Israel Alves Ferreira e, do abaixo-assinado por mais de 300 pessoas, solicitaram a Prefeitura Municipal a alteração do Projeto da estrada que liga o bairro à 381, visto que se a estrada passar dentro do bairro, causará transtornos, entre eles: danos às moradias do entorno, poluição do ar, poluição sonora e, principalmente, riscos de acidentes devido ao grande fluxo de veículos que irá transitar pelas ruas estreitas.
Os abaixo-assinados sugeriram que a estrada seja desviada e, aberta no antigo terreno localizado ao lado do bairro, que antes pertencia ao empresário Emílio Jardim e que, hoje, pertence ao Instituto Inhotim. Sendo assim, a ideia é que a estrada saia diretamente em frente ao almoxarifado da Prefeitura.
Certamente, com o desvio da estrada, será construída outra ponte, mais larga, que comporte fluxo de veículos largos em duas mãos. E, certamente, com esta obra de desvio, em épocas de chuva e possíveis enchentes do Rio Manso, o trânsito não ficará fechado, visto que a parte baixa do bairro Cohab, costuma ficar inundada no período de chuva e, consequentemente ilhada. Sendo assim, fazendo o desvio e construindo outra ponte Brumadinho continuará com seu acesso funcional na estrada reestruturada de ligação à BR-381.
O desvio significa mais segurança ao bairro, já que não será passagem. Com a mudança, espera-se que o trânsito no bairro seja de moradores e visitantes. Além das obras do PAC que serão implantadas no bairro, já é visível as melhorias que a Prefeitura fez em sua entrada e, na própria Avenida Inhotim, onde foi implantada uma jardinagem no canteiro central, desde as imediações do Almoxarifado da Prefeitura até a entrada da ponte da Cohab. A ponte, por sua vez, está mais larga, pois a passarela deixou de ser dentro dela e foi confeccionada e afixada em sua lateral.
Para o bairro ficar melhor, os moradores estão esperando, ansiosamente, a pavimentação asfáltica de suas ruas e, possivelmente, outra passarela do lado oposto da ponte, para melhor segurança das crianças que se deslocam dos bairros Progresso 1 e 2 para a Escola Municipal Maria Dutra de Aguiar. O ideal é que as pontes por onde transitam automóveis e pedestres tenham duas passarelas, afixadas nas suas laterais.

Ex- funcionários públicos denunciam supostos fantasmas

Cláudio Teixeira, ex-secretário-geral da Câmara Municipal de Brumadinho, apresentou aos vereadores, declaração de um ex-funcionário da Prefeitura, alegando ter sido funcionário fantasma, contratado pela administração municipal atual. O ex-funcionário se chama Daniel Hilário de Lima Freitas.
Daniel Freitas protocolou uma declaração, registrada em cartório, afirmando que trabalhou para o município nos meses de dezembro de 2009 a julho de 2010 e que, além dele, outros servidores foram contratados pela Prefeitura mas, que não prestavam serviços para a mesma e, sim, para o presidente do PMDB de Brumadinho, Breno Alves de Castro Carone.
No documento de Daniel Freitas, consta ainda que dois servidores prestaram serviços em Belo Horizonte, sendo que um deles era motorista de Breno Carone e outra era assessora do deputado Tenente Lúcio, na Assembleia Legislativa. Daniel disse que ele mesmo ficava à disposição de Breno Carone, sem fazer nada e, que neste fazer nada, era responsável pela busca dos contracheques dos outros funcionários.
Depois de ser demitido, o ex-funcionário informou que não estava suportando o peso da irregularidade e que, por esta razão, resolveu denunciar, entregando os documentos para Cláudio Teixeira, que também, como Daniel, depois de ser despedido do poder público, denunciou as supostas irregularidades que viu, enquanto era contratado.
Respondendo a denúncia sobre a suposta funcionária fantasma, Tenente Lúcio respondeu ao jornal Hoje em Dia o seguinte: “confirmou que a servidora citada por Freitas realmente trabalhou em seu gabinete. Ela era estagiária e, como saiu da faculdade, a Assembleia não renovou seu contrato. O parlamentar frisa que o período em que a servidora estagiou foi de abril a julho de 2009, portanto, fora do período indicado na denúncia.Tenente Lúcio disse, ainda, que não sabia que a servidora trabalhava na Prefeitura, mas lembrou que o estágio de quatro horas na Assembleia permite que o estagiário tenha outro emprego”.
Já o prefeito Neném da Asa, respondendo ao Circuito Notícias sobre as acusações, informou que os funcionários eram contratados pela Prefeitura para prestarem serviços a Agência de Desenvolvimento Turístico Circuito Veredas do Paraopeba. Explicou que este tipo de procedimento é comum nas prefeituras, é legal, visto que as prefeituras podem ceder funcionários através de convênios, assim como é comum a locação de funcionários municipais para o INSS, IEF, escolas estaduais, Emater, polícias Civil e Militar, entre outros órgãos ligados à União e ao Estado. ”Tudo através de convênios,” informa.
Neném da Asa disse que a Agência Circuito Veredas do Paraopeba foi estruturada pelo Estado e é diretamente ligada à Secretaria de Estado do Turismo – Setur. Disse que os circuitos turísticos foram implantados pela Setur para que as cidades de uma mesma região evoluam coletivamente no segmento turístico e, como Brumadinho participa do Circuito Turístico Veredas do Paraopeba, junto a outras nove cidades do Vale do Paraopeba e, ainda, como Brumadinho é sede do Circuito Veredas do Paraopeba, a Prefeitura cedeu funcionários para a agência turística, quando seu presidente era Breno Carone, responsável pelas atividades dos funcionários cedidos.
Neném da Asa explicou que cada cidade participa de uma forma e, que atualmente, a participação do município é feita por pagamento mensal, assim como é o procedimento em outros municípios. “Se houve funcionário que era fantasma, é uma surpresa e, cabe à Promotoria investigar, mas, se o próprio denunciante informa que ele e recebeu sem trabalhar; precisa dar conta de seus atos e pagar por isso”.
O prefeito acredita que pelo desenvolvimento que o Circuito Veredas apresenta, se um ou outro funcionário não trabalhou, pelo menos a maioria, certamente trabalhou.
Já o ex-presidente do Circuito Veredas do Paraopeba, Breno Carone, respondeu à imprensa que era o Circuito Turístico que mantinha convênio com a Prefeitura e, não ele. Informou também que não tem motorista particular.
O denunciante Cláudio Teixeira entregou aos vereadores uma cópia da declaração do ex-funcionário Daniel Freitas, informando que os originais da carta e os contracheques foram entregues ao Ministério Público.

Prefeito processa Cláudio Teixeira

O prefeito Neném da Asa disse ao Circuito que apresentou processo de queixa- crime contra o cidadão Cláudio Teixeira, ex-secretário-geral da Câmara Municipal de Brumadinho.
Neném da Asa informou, ainda: “estou providenciando, por meio de meu advogado, entrar com mais cinco processos contra Cláudio Teixeira, inclusive por danos morais, uma vez que o cidadão me imputou várias calúnias”.

Trabalhar não faz mal a ninguém

Nota do Jornal – Entre as pessoas citadas por Daniel Freitas, consta o nome da atual diretora do jornal Circuito Notícias, Maria Cláudia de Souza Silva.
Em 2009, como prestadora de serviços em comunicação, e pela sua experiência de 14 anos neste segmento, Maria Cláudia foi convidada pela gestora do Circuito Veredas do Paraopeba, Érica Natália de Sousa, para trabalhar como assessora de comunicação da Agência Circuito Veredas do Paraopeba. A ela foi informado que a Prefeitura a contrataria e que a cederia para desempenhar um trabalho no Circuito Veredas como contrapartida de um convênio realizado entre Agência Circuito Veredas do Paraopeba e Prefeitura Municipal de Brumadinho.
Maria Cláudia informa que trabalhou no Circuito Veredas do Paraopeba durante 8 meses pela Prefeitura Municipal de Brumadinho e que, nesse período desenvolveu vários trabalhos relacionados à comunicação, como o projeto e editoração eletrônica mensal do informativo on line da Agência, confecção de folderes, convites, cartões, revisão em textos, entre outros e, ainda, que todos os trabalhos desenvolvidos estão arquivados para quem queira ver. Sendo assim, se Daniel Freitas era fantasma, outros funcionários cedidos por convênio para a Agência Circuito Veredas, trabalharam e, mais que isso, têm como provar e apresentar o trabalho realizado, como é o caso da citada Maria Cláudia de Souza. Mas, como denúncia não é veredicto, cabe, aos vereadores e Promotoria Pública investigarem, obviamente, para saber se a denúncia procede.
Maria Cláudia informa, ainda, que foi comunicada de seu desligamento da Prefeitura no mês de julho/2010 porque a participação da Prefeitura no Circuito Veredas do Paraopeba não seria mais através da disponibilidade de funcionários, mas sim através de repasse mensal, em dinheiro.
Depois de seu desligamento do quadro da Prefeitura, assumiu o jornal Circuito Notícias, como sua diretora e, por solicitação da gestora do Circuito Veredas do Paraopeba, continuou prestando serviços à Agência, dando continuidade ao Projeto de comunicação implantado.
No Brasil é comum o termo prestador de serviços. Como o dia tem 24 horas, alguns trabalhadores prestam serviços em um, dois ou três locais. Assim fazem alguns professores municipais, estaduais e federais; assim fazem até mesmo alguns funcionários de empresas de comércio, mineração, entre outras, principalmente funcionários que trabalham em turno de 6 horas. Enfim, trabalhar não faz mal a ninguém e, quem recebe e não trabalha, principalmente em órgão público, precisa prestar conta da irregularidade cometida.

Terceirizada da Copasa danifica Meio Ambiente em Brumadinho

A empresa Socienge, terceirizada contratada pela Copasa, vem provocando danos ambientais e sociais em Brumadinho; decorrentes das obras realizadas para a implantação da rede de captação do esgoto.
Desde 2008, a empresa Socienge, empreiteira contratada pela Copasa, vem realizando serviços de canalização do esgoto de Brumadinho . Por ser uma obra de interesse público e complexa, é natural que cause transtornos em sua realização, porém, alguns vão além do aceitável e infringem diversas normas ambientais, além de causar diversos danos.
Em vários locais por onde a obra passou houve entopimentos, ocorridos quando aumentou o volume de água de esgoto, por isso, necessitando de novas obras de reparo, causando grandes transtornos à população.
Na Avenida Vigilato Braga a empresa já refez o serviço mais de uma vez, em diversos pontos, como em frente a loja Master Casa e Bruma –wall mart. As obras já foram refeitas também perto da ponte do lavrado , na Cohab e, em diversos outros pontos.
Muitas vezes o “conserto” desta obra que está em andamento é repassado para a Copasa que envia seus funcionários, obrigando-os a desentupir e refazer o serviço malfeito, sem que o responsável pela execução da obra de canalização seja responsabilizado, sem contar que a obra é bancada com erário público.
O sistema de enterrar a tubulação é arcaico; efeito caranguejo. Como exemplo está a mata ciliar do São Conrado. Neste local os moradores ribeirinhos presenciaram o efeito caranguejo que contribuiu para o assoreamento do rio Paraopeba. Os funcionários cavavam o local para colocar a tubulação, mas se a hora de serviço terminasse antes do previsto para o término do processo, os funcionários entupiam o buraco de aproximadamente 6metros de comprimento por 3 a 4metros de profundidade novamente , caindo terra na boca do último tubo colocado. O fato é que nem sempre a boca do tubo era tampada devidamente para evitar que a terra entrasse dentro dele. Sendo assim, no outro dia cavava-se de novo até encontrar o tubo, muitas vezes quebrando sua ponta de conexão. Um desastre.
O nível de profundidade era demarcado com esquadro manual, feito de pedaços de madeira, no “olhômetro”.
No final da Rua Carlos Nogueira a tubulação foi enterrada desnivelada e, a água, em vez de descer, voltava e enchia os bueiros até que refizeram o serviço novamente. Diante desta obra inacabável do faz e refaz, perguntamos:
1 - No sistema de contratação (licitação) dos materiais , o diâmetro do tubo colocado (aprox. 200 mm) será capaz de suportar toda a rede de esgoto residencial ao longo do rio Paraopeba?
2 -Vários pontos ao longo do rio não tiveram acompanhamento de um supervisor, a obra ficava a cargo de um encarregado e, muitos continuam despejando livremente no rio . A empresa receberá quitação pelo serviço incompleto, como se o tivesse realizado ?
Sugestão : seria conveniente, ante de pagar os valores do término do contrato, fazer relação dos esgotos que ainda são lançados no rio e, verificar o porquê de não estarem ligados à rede.
-A rede de tubulação feita ao longo do rio não dispõe de sistemas de vazão . Se entupir na desembocadura mesmo em enchentes simples toda a rede irá retornar águas de esgoto na área verde contaminando-a sem que nada possa ser feito até que as águas baixem o nível?
Sugestão: a cada 5 bueiros fazer saídas de emergência em direção ao rio ( 2m acima da tubulação/ altura da tampa do bueiro)
No Bairro São Conrado houve desbarrancamentos de matas ciliares no trajeto demarcado e devastado, para colocação da tubulação, sendo necessária realização de gabiões ( Caixas de tela com pedras dentro) para segurar o terreno e evitar que novas e imensas áreas desmoronem para dentro do rio, levando junto mais árvores, terra, vegetações e tubulações de esgoto .

Quem é a empresa Socienge?

A Socienge é uma empresa particular a serviço da Copasa e não se exime de agir dentro dos padrões legais. A Copasa, co-responsável pelos serviços contratados , sendo uma Sociedade de Economia Mista, tem autonomia administrativa e financeira, mas seus contratos em princípio, são precedidos de processo licitatório (arts 37 XXI e 173 III CR/88).
No pátio onde ficaram instalados, no bairro do Jota e, no trajeto das obras, não havia placas informativas a respeito deste serviço de tão grande relevância pública ou contatos dos responsáveis.
A empresa age como clandestina a serviço da Copasa, até partir do local e, não deixar nem rastro, ferindo o princípio da legalidade, moralidade, publicidade, continuidade do serviço público e da eficiência.
A única placa que cita o nome “Socienge” refere-se à canalização do Córrego do Jota e encontra-se instalada na Av. Vigilato Braga, atrás de uma palmeira.
O engenheiro da Copasa, responsável pela obra, “Luiz”, esquiva-se no tempo com respostas evasivas, talvez esperando o mato crescer para esconder danos já causados, dificultando o acompanhamento por parte do poder público. Enfim, a obra como está gera economia para a Socienge e deixa consequentes gastos públicos futuros e, também, mais danos ambientais a nossa cidade.
Urge a realização das contenções previstas (gabiões); a reversão dos danos materiais aos bens particulares destruídos que se encontravam no caminho; a confirmação do diâmetro da tubulação para o volume de esgoto produzido hoje e futuramente; a necessidade das saídas de escape; a relação de todos os pontos não interligados à rede e, ainda, que a empresa informe por qual motivo continuam sendo lançados esgotos, diretamente no rio e, também, se haverá o reflorestamento (gramado para firmar o terreno) nos locais onde enterrou seus tubos .

Cidadãos denunciam a situação ao Ministério Público

O MP já recebeu diversas denúncias a respeito e vem acompanhando este caso de descaso e mau uso do dinheiro público.
Se você foi lesado pela passagem desta empreiteira, manifeste-se. Esta é uma obra feita com o seu dinheiro para bem de todos.

*Jefferson Lana - Jornalista

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cláudio Teixeira volta à Câmara para denunciar ingerência

No dia 24 de fevereiro, Claudio Teixeira retornou a Tribuna da Câmara, desta vez para denunciar ingerência do poder Executivo nos trabalhos da Casa e entregar petição de denúncia de infração político-administrativa exercidas pelo ex-presidente da Casa, Zezé do Picolé. O ex-secretário entregou como prova uma gravação feita de uma conversa entre ele, denunciante e, Zezé do Picolé, denunciado. Segundo informa Cláudio Teixeira, nesta gravação constam assertivas sobre ingerência na Câmara.
Também neste dia, o denunciante informou aos vereadores que os documentos relativos ao caixa 2 da Campanha Municipal do PV, foram entregues ao Tribunal Regional Eleitoral, Ministério Público Estadual de Brumadinho e Procuradoria Eleitoral de Belo Horizonte, no dia 14 de fevereiro, para que possam desvendar o ilícito cometido pelo comitê financeiro municipal do PV, de responsabilidade de Cid Barcelos.
As novas denúncias serão incorporadas ao processo, conforme informou o presidente da Casa, Leônidas Maciel. A CPI tem o prazo de 120 dias, ou seja, quatro meses, para concluírem os trabalhos.
Já em relação ao trâmite no Judiciário, a promotora eleitoral do município, Maria Alice Alvin, enviou as denúncias para a Procuradoria Eleitoral de Belo Horizonte, já que as contas do prefeito de Brumadinho foram aprovadas em primeira instância. Sendo assim, cabe a Procuradoria decidir se abrirá ou não processo investigatório a partir dos documentos entregues.
Como as denúncias estão em fase de apuração, depois dos trabalhos concluídos pelos órgãos responsáveis; poderes Legislativo e Judiciário, o jornal Circuito divulgará o veredito.

Ex-Secretário Geral da Câmara denuncia ingerência, irregularidades e Caixa 2

No dia 10 de fevereiro o ex-secretário geral da Câmara de Brumadinho, Cláudio Teixeira, usou a tribuna da Casa para apresentar denúncias de irregularidades no Legislativo. Ele denunciou que a servidora Daniele Rose Barcelos foi nomeada gerente de manutenção de compras, em novembro de 2008, sem possuir a escolaridade exigida no plano de cargos e salários da Casa. Ele informou que embora tenha sido o chefe da servidora, a nomeação foi efetivada pelo ex-presidente da Câmara, Toninho da Rifel e, que ela foi mantida no cargo depois da posse do ex-presidente Zeze do Picolé. O ex-secretário acusa a servidora de realizar compras irregulares com os recursos da Câmara. Além disso, ele acusa o uso dos veículos da Casa para atividades fora das ações da Câmara, pelo ex-servidor Júnior José Mendes.
No mesmo dia, o ex-secretário geral apresentou denúncias de suposto caixa 2 na campanha de 2008 da coligação PV.
Depois de recebidas as denúncias, o presidente da Câmara, Leônidas Maciel, nomeou, por meio da Portaria 07/2011, os membros da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – que tem o objetivo de apurar as denúncias apresentadas quanto a possíveis atos de improbidade administrativas auferidos pela Servidora da Câmara, Daniele e pelo ex-presidente, Zezé do Picolé.
Compõem a CPI os vereadores Itamar Franco Caetano – PSDB; Adriano Brasil de Rezende – PV; Marta Gomes de Deus Boaventura – PMDB, como titulares e, Lílian Paraguai – PT, como suplente. Depois dos trabalhos concluídos a comissão apresentará relatório para apreciação em Plenário.
Depois de denúnciar na Câmara, Claudio Teixeira, denunciou no Ministério Público de Brumadinho, representação com pedido de investigação de suposto uso de caixa 2 na campanha de 2008 da coligação PV. Quanto a esta denúncia, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Brumadinho informou que "as contas da campanha do Prefeito foram apresentadas e aprovadas pelo Tribunal Eleitoral, sem nenhuma restrição. E, que quanto as pretenças denúncias, cabe ao legislativo verificar se há fundamento e, caso haja, se apure."
Claudio Teixeira informou, também, neste dia, que encaminhou a Justiça, cópia de uma carta anônima que circulou na cidade, denegrindo a imagem de cidadãos, depois da eleição municipal. Segundo informou, na carta há três letras diferentes escritas a mão, que estão sendo periciadas com a finalidade de encontrar o autor ou autores anônimos.

Começam as obras de alargamento da estrada da Conquistinha/Brumadinho

“Governar é abrir estradas”. Esta máxima, de autoria do último presidente da República Velha, Washington Luiz (que governou de 1926 até a Revolução de 1930) continua fazendo sentido até os dias atuais: sem acessos, as comunidades ficam limitadas em seu desenvolvimento, impedidas de participar do sistema que move a economia e impulsiona a sociedade para patamares mais elevados e evoluídos. Esta máxima também foi lembrada na reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho – CODEMA, na reunião do dia 28 de janeiro de 2011, ocasião em que foi discutido e aprovado o licenciamento das intervenções para o alargamento da estrada da Conquistinha, do trecho que vai de Brumadinho ao trevo para São Joaquim de Bicas.
O referido alargamento (e o futuro asfaltamento da estrada da Conquistinha) faz parte de um programa de melhoria dos acessos ao município de Brumadinho, visando ao seu desenvolvimento sustentável. Este programa, destacado nas últimas edições do Circuito Notícias, é alavancado pela Prefeitura Municipal de Brumadinho, com a parceria de empresas locais.
Segundo o Secretário Municipal de Governo, Alcimar Barcelos, “o alargamento da estrada da Conquistinha e as demais ações da prefeitura para melhorar os acessos às rodovias federais (como o asfaltamento de Piedade do Paraopeba à BR-040) representam a estruturação do município para comportar, principalmente, o crescimento dos setores de mineração e turismo (atualmente muito expressivos para a economia e geração de renda de Brumadinho), sendo fundamentais para a manutenção dos padrões de desenvolvimento e qualidade de vida de nossa população”.
O alargamento da estrada da Conquistinha abrange um trecho de 3,8 quilômetros. Sua execução parte de uma parceria entre a Prefeitura de Brumadinho, Minerita Mineração e Inhotim, com a permissão dos proprietários dos terrenos às margens da estrada.
De acordo com o Secretário Adjunto de Meio Ambiente, Ernane Parreiras, essa obra passou por duas concepções: o projeto inicial previa o alargamento da pista existente; posteriormente, avaliou-se a possibilidade de criação de duas pistas neste trecho, cada uma com dez metros de largura, divididas por um canteiro central. Essa opção foi bem aceita, pois, além de oferecer maior segurança aos usuários da estrada, permite a conservação de metade das árvores que teriam que ser cortadas para alargar em pista única. Será uma estrada com um belo projeto paisagístico, que valorizará muito a chegada a Brumadinho, pela BR-381.

A estrada da Conquistinha

A estrada da Conquistinha é o acesso mais ágil de Brumadinho à rodovia BR-381 (10,4 km de Brumadinho até a BR-381). Além de ser usada para o trânsito em geral, é utilizada por diversas mineradoras que atuam na região (como MMX, Minerita, Ferrous e USIMINAS) e tende a se tornar o caminho mais certeiro para turistas que vem pela BR-381 para conhecer o Inhotim, Casa Branca e outros pontos turísticos de Brumadinho.
A estrada faz divisa com a Área de Proteção Especial – APE do Sistema Rio Manso da COPASA, o que confere uma bela paisagem para seus usuários. Com o asfaltamento e a implantação dos sistemas de drenagem da rodovia, será diminuindo o carreamento de sedimentos para a área do Sistema Rio Manso, que danificam a cerca, prejudicam a vegetação e assoreiam o reservatório diminuindo sua vida útil. Também por isso, trata-se de uma obra de interesse social.
Apesar de ser o acesso mais ágil à BR-381 (aproximadamente 10 km), não é o mais utilizado pela população em geral devido à falta de pavimentação. Atualmente, o acesso mais comum é passando por Mário Campos. Todavia, esse caminho é indesejável, porque se trata de uma rodovia que corta o núcleo urbano de Mário Campos; possui grande número de quebra-molas; é estreito; e possuiu ocupação às margens sem nenhum afastamento de proteção às residências e aos usuários da rodovia. Além disso, um trecho está localizado às margens do rio Paraopeba (região de Fecho do Funil), com grande diferença de nível entre o rio e a rodovia, representando riscos de acidentes à vida humana e às águas do rio.

Preocupação com o Meio Ambiente

Uma obra de vultoso interesse social cometeria incoerência se não considerasse a importância da preservação ambiental. Na parceria com a empresa Minerita, executora do alargamento, ficou estabelecido que o município cuidaria dos encaminhamentos formais visando ao licenciamento ambiental do alargamento.
Dentre os impactos ambientais da obra, destaca-se a movimentação de terra, com cortes e aterros; a supressão de vegetação e corte de árvores isoladas; a geração de poeira. Para cada um deles, estão previstas medidas de mitigação (isto é, suavização desses impactos), como plantio de gramíneas nos cortes e aterros; destinação adequada da terra removida; reposição das árvores cortadas; umidificação das vias, etc.

Licenciamento Ambiental

O primeiro passo para a regularização das intervenções foi a obtenção, em âmbito municipal, da Licença Ambiental pelo CODEMA, que ocorreu por unanimidade em 28 de janeiro. O CODEMA recomendou a obtenção de quaisquer outras autorizações que se fizessem necessárias em âmbito estadual. O alargamento também obteve, na mesma data, anuência do Conselho Gestor da Unidade de Conservação APA PAZ Municipal de Inhotim.
Imediatamente, foi protocolado junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana de Belo Horizonte – SUPRAM Central Metropolitana, o Formulário de Caracterização do Empreendimento Integrado – FCEI, a partir do qual o órgão ambiental do estado orienta procedimentos seguintes.
O alargamento da estrada foi enquadrado como “Não Passível de Licenciamento” nem mesmo Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF, conforme Certidão de Dispensa emitida pela SUPRAM de 17 de fevereiro de 2011. Isso quer dizer que a obra não precisa ser licenciada pelo Estado.
Segundo Ernane Parreiras, conselheiros do CODEMA e técnicos da SUPRAM-Central tem entendido bem a importância e prioridade da obra. Ernane Destacou que desde agora tem-se buscado reduzir ao máximo os impactos e supressões de vegetação; e, futuramente, com o asfaltamento, os benefícios ao meio ambiente serão ainda mais significativos, como a redução dos sedimentos que são levados pelas enxurradas para o lago do Sistema Rio Manso, fundamental para o abastecimento de 3 milhões de pessoas da Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH.
O Prefeito Municipal, Avimar Barcelos (Nenem da ASA), não tem dúvidas deste e de outros benefícios da estrada para a população. Para ele, “a estruturação da Estrada da Conquistinha como uma opção de acesso à BR-381 é muito mportante, pois representa uma opção mais curta e mais segura de tráfego; facilita a chegada de turistas vindos da região de São Paulo (para visitar o Inhotim e outros atrativos turísticos da região); retira o trânsito de mineradoras da sede urbana de Brumadinho; e reduz o carreamento de sedimentos para a área do Sistema Rio Manso.

Prefeitura de Brumadinho apresenta plano para melhorar os acessos à cidade

Se “governar é abrir estradas”, a gestão atual de Brumadinho tem sido pioneira em governabilidade, destacando-se entre outros municípios da RMBH.
Por iniciativas desta administração, sempre buscando parcerias privadas e a integração com municípios vizinhos, existem projetos para a melhoria de vários acessos:
1. Asfaltamento da Estrada da Conquistinha, ligando Brumadinho à BR-381. Contém parceria de mineradoras (MMX, Usiminas, Minerita, Ferrous, MBL e Terminal Serra Azul), Inhotim, COPASA e Autopista Fernão Dias.
2. Asfaltamento de Piedade do Paraopeba à BR-040: obra de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais – DER-MG, com participação ativa da Prefeitura Municipal.
3. Asfaltamento de Casa Branca a Brumadinho: obra reivindicada pela comunidade, para a qual já existe emenda parlamentar do Deputado Nárcio Rodrigues, e busca-se também a participação da mineradora Vale e Prefeitura.
4. Trevo de acesso ao aterro sanitário: essa obra também já está em andamento e proporcionará segurança aos veículos que trefegarem para o aterro sanitário de Brumadinho, que também é de extrema importância para a população.
5. Asfaltamento de Brumadinho a Bonfim: obra a ser custeada pelo Governo Estadual, conquistada por pleitos de ambos os municípios e participação expressiva de Brumadinho.
6. Asfaltamento de Brumadinho a Rio Manso: O município tem capitaneado discussões com a COPASA para realização dessa obra, como mitigação pela extinção do acesso e do elo que havia entre Rio Manso e Brumadinho antes da construção do Sistema Rio Manso. A COPASA resiste em executar a obra, mas já se comprometeu a fazer o projeto, e apoiar as iniciativas desses municípios para a viabilização de recursos. Em breve, ocorrerá uma reunião para tratar desse assunto com o Secretário de Obras do Estado, designado pelo Governador Anastasia para encaminhar o caso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mulher é o foco da campanha de prevenção à aids no carnaval

Mulher é o foco da campanha de prevenção à Aids neste carnaval


A terça-feira de carnaval deste ano será no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Aproveitando a data, a campanha de prevenção contra a Aids, que acontece em todo o Estado, terá como público-alvo a ala feminina. Com o slogan “Bote camisinha nas suas histórias de carnaval”, a campanha pretende incentivar as mulheres a promoverem o autocuidado, usando preservativo em todas as relações sexuais.

“Estamos seguindo o tema proposto pelo Departamento Nacional de DST/Aids. O foco será o público jovem, com idade entre 15 e 24 anos, que geralmente se expõe mais durante a folia. E já que o período do carnaval coincide com o Dia internacional da Mulher, aproveitamos para reforçar junto ao público feminino a importância da prevenção”, explica a referência técnica estadual em DST/Aids, Janaína Mesquita.

A ênfase dada às mulheres não se deve somente à coincidência de datas. As estatísticas também foram levadas em consideração, já que elas apontam que o número de casos de Aids no público feminino cresceu, consideravelmente, desde o início da epidemia. Nos quatro anos que se seguiram após o surgimento da doença, não houve nenhuma notificação entre as mulheres. Já a partir de 1986, os registros crescem ano a ano.

Em razão desses números, os materiais educativos a serem distribuídos foram elaborados com apelo para as mulheres. Ao todo, são 700 mil porta-preservativos, 500 mil leques e 300 mil volantes. Além disso, serão distribuídos 1,5 milhão de camisinhas masculinas.

“Todo esse material será entregue à população por meio das Gerências Regionais de Saúde, municípios e parceiros, como ONGs, Polícia Militar, Escola de Saúde Pública e outras secretarias. A primeira ação já acontece no dia 26 de fevereiro, durante o desfile da Banda Mole”, conta Janaína.

As ações de rua prosseguem no dia seguinte, com a distribuição de materiais em bares de Belo Horizonte. Na semana do carnaval, também haverá atividades na rodoviária, estações do metrô, aeroportos e na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. A população será abordada por promotores, que passarão mensagens educativas e entregarão os materiais. A abordagem ocorrerá ainda em diversas cidades, especialmente naquelas que recebem mais foliões, como Abaeté, Diamantina, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Pirapora e Tiradentes.

O grupo Vhiver, uma Organização Não Governamental que oferece apoio às pessoas portadoras do vírus HIV, será um dos parceiros da Secretaria de Estado de Saúde (SES) durante o carnaval. A ONG, que vai realizar atividades em municípios da Zona da Mata, Jequitinhonha e Região Metropolitana de Belo Horizonte, receberá materiais para distribuir durante as abordagens.

“Estamos trabalhando em parceria com o Governo do Estado há vários anos e temos obtido muito sucesso. Para 2011, estamos ainda mais animados, nos preparando, inclusive, para incluir Ouro Preto em nosso roteiro. Sem dúvida, será mais um carnaval de muito trabalho e conscientização da população”, destaca o presidente do Grupo Vhiver, Valdecir Fernandes Buzón.

Durante todo o carnaval, será veiculado um spot nas principais rádios do Estado e afixados outdoors nas principais saídas de Belo Horizonte e em municípios do interior. Tais mídias vão reproduzir o tema da campanha.

Terminada a folia, a campanha continua com foco no incentivo à realização do exame para diagnóstico. O material educativo vai exibir a mensagem “Não usou camisinha, faça o teste Aids, sífilis e hepatites. Para quê ficar na dúvida? Os testes são gratuitos, sigilosos e seguros”. Nessa fase, serão distribuídos 20 mil cartazes e 30 mil adesivos de banheiro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Concurso da Prefeitura está suspenso cauterlamente

A Prefeitura Municipal de Brumadinho informa que, em cumprimento a determinação contida no despacho proferido pelo Conselheiro Antônio Carlos Andrada, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, devido à denúncia oferecida pelo Conselho Regional de Técnico em Radiologia; o Concurso Público normatizado pelo Edital nº. 001/2010 está SUSPENSO CAUTELARMENTE, até deliberação posterior daquela Corte de Contas.
Manteremos os interessados informados do andamento do processo no sítio eletrônico da Prefeitura Municipal de Brumadinho, da Magnus Auditores e Consultores Associados, na Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais e em jornais de circulação regional.

Brumadinho, 15 de fevereiro de 2011.

Assessoria de Comunicação

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Da boa e velha "saidinha de banco"

Por Lúcio Alves de Barros - jornal Circuito Notícias

O problema se arrasta há um bom tempo e pelo andar da carruagem ainda está longe da solução. Vai fazer um ano (Circuito Notícias, n° 197, julho de 2010) que destaquei em um pequeno artigo o problema da “saidinha de banco”: um fenômeno hodierno que, carinhosamente apelidado pela polícia, tem resultado em casos dramáticos e cruéis de homicídio e sequestro. Neste momento, em plena tarde ensolarada vejo pela TV, num destes programas sensacionalistas, um sujeito saindo da moto e correndo rumo a duas pessoas que acabaram de sair do banco. O meliante, com arma na mão desce afoito da moto e, por fortuna das vítimas, por pouco não consegue abocanhar os rapazes que chegavam em casa. O momento foi acompanhado e gravado pelas câmeras domésticas e, de acordo com o histriônico repórter, a polícia está quase o identificando.
Não é preciso ir longe para perceber que os recalcitrantes andam aperfeiçoando as técnicas da famosa “saidinha de banco” e, de quebra, não estão de “olho vivo” somente nos idosos de outrora, mas até em jovens e pessoas que labutam no interior das agências bancárias. Não vou cair no conto do vigário e na ladainha de pedir mais policiamento, mas é no mínimo questionável a ação das autoridades que tem visto esse fenômeno a desenvolver. Até o momento uma lei está por ser regulamentada na tentativa de culpar o celular que pode ser o gatilho armado no interior dos bancos. Todavia, uma criança de oito anos já sabe que é preciso somente uma mão no bolso para apertar uma tecla e enviar uma mensagem para o comparsa, ávido de clientes, que está lá fora à espera em uma moto e/ou em um automóvel.
Para se ter a ideia da dimensão do problema: neste exato momento, no qual leio o jornal (Hoje em Dia, 27/01/2011) a polícia já havia registrado 922 ocorrências em 11 meses. Não vou nem me referir à famigerada “cifra negra”, a qual diz respeito às vítimas que, por diversos motivos, não acionaram a polícia. Mas o fato é preocupante e merece maior cuidado. Não é por força do acaso que o fenômeno da “saidinha” tem tomado as manchetes dos jornais, os programas sensacionalistas da TV e a Internet. É óbvio que, passado o cansativo mês de dezembro e o início do ano, tempos de gastos ostensivos e sem lugar, qualquer meliante por mais burro que seja está à procura do que os economistas chamam de capitalização. Penso até que a coisa vai ficar mais feia porque o carnaval tem início somente em março e é neste mês que os picos da criminalidade ficam mais assanhados.
Tenho ciência que a Polícia Civil e a Polícia Militar sabem do que estou falando, mas não escrevo para eles. O senso comum, infelizmente, é incapaz de ter a mínima noção de como funciona o fenômeno da criminalidade. Também sei muito pouco: falo mais do ponto de vista da vítima. De toda forma é um fato: a “saidinha de banco” ficou tão popular que até uma garota universitária, de 20 anos, considerada da classe média, andou treinando a sua com o namorado motoboy, de 27 anos. Eles abordaram um vigilante e conseguiram levar a mochila e o seu dinheiro. O casal estava armado e não custa lembrar que foi numa destas que a “saidinha” levou à morte a economista Patrícia Martins Cardoso, de somente 48 anos, covardemente assassinada com um tiro nas costas na frente do pai. E, na esteira deste caso, vale lembrar que um detetive, há pouco tempo, também foi vítima e ficou sem os seus R$ 50 mil. Mais ou menos no mesmo período foi descoberto uma quadrilha que chefiava um “bando da saidinha” de dentro de uma penitenciária. Depois um senhor foi baleado pelas costas em um bairro conhecido em Belo Horizonte (o Barreiro). Episódios foram registrados na Pampulha, no Jaraguá, no Floresta e em plena Afonso Pena. Para não gastar muitas linhas, friso que “saidinhas” foram registradas em Contagem, Betim, Brumadinho e Ribeirão das Neves, local no qual um motoboy foi roubado em R$ 30 mil.
Creio que os dados, possivelmente já geoprocessados, devem estar pontuando toda a grande BH e, certamente, está difícil para a polícia identificar uma “zona quente de criminalidade” ou uma “zona sensível” como diz os estudiosos franceses. Explico melhor, muitas vezes os meliantes, craques neste delito, seguem a vítima e - por natureza - as pegam no caminho de casa ou do trabalho. Em outras palavras, o delito acompanha a vítima e o registro se dá longe da agência, enganando o estudioso e o estatístico de plantão. Este “crime em movimento”, complexo tal como o de roubo a ônibus, não deixa de trazer a incerteza, o medo e a insegurança. Seria bom que o fenômeno da “saidinha” se tornasse caro aos recalcitrantes, mas tudo indica que não. As motos e os automóveis podem ser roubados e, no geral eles não retiram o capacete e, por minutos, “fazem” a vítima.
É bem verdade que a polícia tem conseguido apreender um aqui e outro ali, mas já se fala que são em média três vítimas por dia de “saidinhas” em Belo Horizonte. Em tempos de polícia comunitária, câmeras de “olho vivo”, vizinhos e “bancos” protegidos, grande montante de policiais no centro da cidade, aumento salarial, viaturas em bom estado e policiais motivados e credenciados com cursos e mais cursos não é possível que inexista uma política eficiente, um “planejamento estratégico” - como gostam de dizer - e com inteligência para, pelo menos, buscar uma compreensão do fenômeno. Caso contrário, é possível esperar a banalização da lei proibindo o celular no interior das agências, novos aprendizados para burlar as investigações, a associação com outros crimes, notadamente o sequestro, pois como proceder com o criminoso que lhe confundiu e abordou achando que no seu bolso se encontrava mais do que ele esperava?
Infelizmente, o meliante quer, por definição e função, e não precisa ser criminólogo para entender isso, aumentar o benefício, diminuindo os riscos e os custos. O tempo é fator crucial. Sem a possibilidade de ganho imediato a vítima pode contar com a ajuda de Deus ou com os famosos conselhos: “nunca reaja”, “utilize somente o cartão”, “não ande com dinheiro”, “não faça movimentos bruscos”, “na dúvida, não faça” (provérbio judeu) e “entregue tudo, sua vida é o mais importante”. Não deixa de ser bons conselhos diante de um melhor: “não entre no banco” e, caso precise, vá com “seguranças privados” ou com muitos amigos que podem ajudar a enganar o ladrão, servir de testemunha ou mesmo para chamar a polícia.

Asfalto é uma necessidade nas vias de acesso a Brumadinho

Por: Maria Carmen de Souza - jornal Circuito Notícias

Algumas estradas municipais de Brumadinho ainda não são pavimentadas, e isso é um grande problema. O acesso de ligação da sede ao povoado de Casa Branca, conforme matéria veiculada no jornal Circuito Notícias na edição número 204, não é pavimentado. Para complicar, a estrada é usada como escoamento de minério de ferro. A estrada municipal de ligação ao distrito de São José do Paraopeba também não é asfaltada e, esse também é um grande problema, principalmente porque é no distrito de São José que estão localizados os povoados quilombolas de Brumadinho e, é por esta estrada que se chega a Moeda, um município de grande ligação com Brumadinho. A estrada que liga o distrito de Conceição de Itaguá à Br 381, a estrada da Conquistinha, também não é asfaltada. E, esse também é outro grande problema, pois é no distrito de Conceição de Itaguá que está localizado o Instituto Inhotim; um museu de arte contemporânea e jardim botânico visitado por turistas do mundo inteiro. Se a estrada fosse asfaltada, os brumadinhenses e os turistas poderiam cortar caminho pela ligação da Br-381, sem precisar passar pelo município de Mário Campos, que é um trecho também de péssima qualidade.
Por falar em turistas e estradas, Brumadinho está se projetando e engatinhando no segmento turismo econômico. Para que Brumadinho seja bem sucedido nesta nova economia, é preciso ter estrada, principalmente porque o município não está sozinho, mas está projetando um desenvolvimento turístico com as cidades do Vale do Paraopeba. Para chegar aos pontos turísticos que cada cidade do Vale tem, é preciso via de acesso que favoreça o trânsito de veículos automotores. E, as estradas de ligação para alguns municípios são de péssima qualidade, exemplo são as estradas para Rio Manso, Bonfim e Moeda.
O que deixa as lideranças turísticas e comunitárias mais esperançosas é a notícia de que a Prefeitura está se mobilizando para asfaltar as estradas municipais. A página 5 desta edição retrata a mobilização para efetivar o asfaltamento da estrada da Conquistinha. Na reunião com as empresas usuárias da estrada foi comentada, também, a intenção de asfaltar a estrada de ligação a Rio Manso, através de uma parceria com a Copasa. Também há uma mobilização para asfaltar a estrada de ligação a Casa Branca, que é um povoado de grande fluxo turístico. Agora, só falta uma mobilização para asfaltar a estrada de ligação ao distrito de São José do Paraopeba e município de Moeda. A estrada de péssima qualidade impede a visitação nas festas tradicionais e culturais.
Uma iniciativa também que deixa a população esperançosa é a mobilização pela volta do trem de passageiros. Com o retorno do trem, o distrito de São José do Paraopeba terá um ganho certeiro. A linha de trem passa pelo distrito e tem parada em alguns de seus povoados, como Marinhos, que tem uma estação ferroviária. Além disso, o trem de passageiros tem destino de Belo Horizonte a Conselheiro Lafaiete. Vamos torcer para que este transporte seja reativado o mais breve possível e, que juntamente com estradas trafegáveis, contribuam para o desenvolvimento do turismo em Brumadinho e cidades do Vale do Paraopeba.
Vamos torcer para que estes asfaltamentos sejam efetivados o mais breve possível, porque é preciso oferecer estrada de acesso aos pontos turísticos da região. Estradas asfaltadas serão muito úteis para receptar os turistas da próxima Copa do Mundo, em 2014. Vamos torcer para que tudo dê certo.

Prefeitura e mineradoras discutem asfaltamento da estrada da Conquistinha

Há algum tempo, vem sendo discutido por lideranças de Brumadinho, a urgência de pavimentar os meios de acesso ao município e às cidades do Vale, por vários motivos, entre eles o desenvolvimento do turismo econômico. Na edição anterior, o Circuito Notícias enfocou a estrada municipal que liga a sede aos povoados de Casa Branca e Córrego do Feijão. A estrada não é pavimentada e, em época de chuva, fica impossível trafegar por ela. Em sua precariedade, a estrada é usada por empresas mineradoras. E, assim como ela, a estrada que liga a sede de Brumadinho à Br-381, a estrada da Conquistinha, também é uma via de acesso importante que ainda não foi pavimentada e, mesmo assim, também recebe intenso trânsito de veículos transportadores de minério de Ferro.
Mas, uma iniciativa da Prefeitura poderá mudar este quadro. No final de novembro de 2010, lideranças municipais se reuniram com representantes das mineradoras, numa reunião realizada na Prefeitura de Brumadinho, para discutir as condições da Estrada da Conquistinha e apresentação de proposta para o seu asfaltamento.
Na reunião a Prefeitura foi representada pelo prefeito Neném da Asa e vice-prefeito Antônio Sérgio dos Santos Vieira e, pelos secretários Ernane Parreiras, adjunto de Meio Ambiente; Mauro Reis, secretário de Planejamento; Alcimar Barcelos, secretário de Governo e Hernane Abdon, secretário da Fazenda. Já as empresas foram representadas por Jackson Oliveira, Antônio Wellington e Gilberto Camargo, representantes da MMX; Lígia Maria Gonçalves Braz, Geraldo Magela de Sá, Emerson Florêncio e Tamires Faria, representando a Usiminas; Carlos Alberto de Freitas, Pedro Paulo Pereira Dias, representando a Copasa; Hugo Vocurca representando o Inhotim; Mariana Cillo, Fernando Milléo e Alexandre Silva, representando a Autopista Fernão Dias; Dilson Fonseca, representando a Minerita; Lucinei S. Nascimento, Carlos Diniz Murta Filho, Gabriel Coelho Bandeira e Mario YNishmura, Adriano Bernardes de Souza e Giselle de Oliveira, representando a Ferrous; Thales Pimenta Carvalho representando a ANTT; Marcelo Rabelo representando a MBL e Marco Antunes, representando o Terminal Serra Azul.
O prefeito de Brumadinho, Neném da Asa, falou da importância das mineradoras para o desenvolvimento econômico do município, reiterou o apoio do município às empresas e infocou que o papel do poder público é o de defender a exploração responsável do minério. Suas palavras foram endossadas pelo vice-prefeito, Antônio Sérgio Santos Vieira.
O secretário-adjunto de Meio Ambiente, Ernane Parreiras, apresentou fotos da situação da estrada da Conquistinha, nas quais ficaram evidentes vários focos erosivos nas margens e taludes, carreando sedimentos para a Área de Proteção Especial – APE do Sistema Rio Manso da Copasa (manancial de 30% da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte) e, para o reservatório, que já perdeu parte de sua capacidade de acumulação.
Segundo Ernane Parreiras, “a pavimentação da estrada da Conquistinha, desde a rodovia BR-381até o bairro Progresso II, no município de Brumadinho, representa bastante na solução para o problema. Ernane disse que foram realizados diversos encontros com os setores envolvidos e interessados, mas até o momento não foram colocadas em prática as devidas providências. Informou que, em conversa com o Ministério Publico Estadual, através do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ficou claro que não é mais possível protelar as ações para solução do problema gerado pelo trânsito na estrada Conquistinha e, que o próprio promotor se dispôs a tomar medidas mais rigorosas. Entre elas, a possibilidade do embargo do trânsito de mineradoras, juntamente com a Auto Pista Fernão Dias, ANTT e Ministério Público, tendo em vista a degradação ambiental, riscos a vidas, entre outros fatores.

Trânsito na Conquistinha causa problemas aos usuários

As más condições da estrada da Conquistinha prejudicam os usuários. Os representantes da Concessionária Autopista Fernão Dias expuseram que os sedimentos carreados pelos caminhões transportadores de minério, sobretudo nas proximidades da entrada para a MMX, causam problemas à rodovia 381 e à segurança dos usuários. A Concessionária está pressionada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres para equacionar o problema e, chegou até a levantar a hipótese de impedir o acesso à rodovia pelos veículos transportadores de minério, mas essa opção não é desejada, pois o objetivo é melhorar o acesso, com a construção de um trevo.

Asfaltamento da estrada beneficiará o Turismo

O representante do Instituto Inhotim, Hugo Vocurca, falou do significado do asfaltamento do trecho para o Instituto Inhotim e para o município, no sentido de que esse novo acesso contribua para viabilizar o desenvolvimento do turismo. Solicitou que o acesso do trânsito das mineradoras não passe pelo bairro Cohab, nem em frente ao Inhotim, propondo que os caminhões passem pela estrada de ligação ao município de São Joaquim de Bicas.

Estrada prejudica Sistema Rio Manso

O representante da Copasa, Carlos Alberto de Freitas, falou sobre o ônus ocasionado ao tratamento de água, decorrente da presença de sólidos em suspensão na água. Expôs sobre o projeto de retirada dos finos de minério assoreados no reservatório do Sistema Rio Manso, em discussão com o Ministério Público. O minério está assoreado um braço da barragem, cujo afluente é o Córrego Quéias, no início da operação do reservatório. Na época, adotou-se como medida de contenção a construção de uma barragem, a montante do reservatório e, hoje se analisa a viabilidade de retirada dos finos.
O Diretor de Meio Ambiente, Segurança e Saúde da MMX, relatou que a empresa já realizou algumas melhorias, mas que são insuficientes para solucionar o problema. Disse que a empresa fará outras ações em curto prazo e, que em médio prazo, tem como objetivo retirar seus caminhões de circulação na rodovia, por meio da construção de uma passagem superior ou inferior na BR 381.
O representante da Autopista Fernão Dias, alertou sobre a necessidade de avaliação dessa proposta, e sugeriu que a empresa MMX apresentasse o conceito do projeto de construção de um viaduto, ou passagem inferior à rodovia BR-381.

Prefeitura quer asfaltar a estrada

O secretário de Governo de Brumadinho, Alcimar Barcelos, disse que é objetivo da Prefeitura asfaltar o acesso de Brumadinho à BR-381 pela estrada da Conquistinha, o que é bom para todas as entidades representadas na reunião. Chamou a atenção para o objetivo da reunião, que é consorciar esforços financeiros entre as mineradoras para o asfaltamento do trecho, e a construção de um trevo. “Há uma necessidade de agilizar o projeto, para o qual já existe um estudo pronto. Deste consórcio, podem participar também a Copasa, o município dentro de suas possibilidades e, até mesmo o Instituto Inhotim, caso seja necessário. Quanto à participação do Inhotim, o Instituto já participa cedendo parte de uma área para alargamento de via até o bairro Cohab. Quanto à participação da Copasa, falou das dificuldades de negociação com a empresa, que tem resistência de contribuir em outras ações que não sejam abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Disse que a contribuição da Copasa no asfaltamento dessa estrada seria pouco expressiva em relação às contribuições das mineradoras, que a utilizam e impactam em maior intensidade. Além disso, segundo o secretário de Governo, o município tem defendido junto à Copasa o asfaltamento da estrada de ligação dos municípios de Brumadinho e Rio Manso, como mitigação pela perda de um antigo acesso, ocasionada pela construção do Sistema Rio Manso. De todo modo, pediu ao representante da Copasa que reportasse, mais uma vez, a situação aos seus superiores, para uma nova tentativa de contribuição da Copasa ao asfaltamento da estrada da Conquistinha.
Alcimar Barcelos solicitou aos representantes das empresas que sinalizassem positivamente com relação a participar financeiramente da obra de infra-estrutura. Frisou que a proposta é uma parceria, onde as mineradoras contribuiriam proporcionalmente, segundo critérios de intensidade de uso da estrada e da rodovia. De acordo com o Secretário, o próximo passo seria a elaboração de uma planilha com a distribuição dos custos da obra, proporcionalmente, entre os participantes. Pediu que cada mineradora manifestasse sobre a possibilidade de contribuição.
Representante da Ferrous informou que a empresa é sensível ao problema, comum a todas as mineradoras e acredita que todos os envolvidos devem contribuir. Explicou sobre o nível de hierarquia da organização, que o leva a depender da submissão do assunto a seus superiores.
Já o representante da Minerita disse que todos devem participar. “Está sendo construído um terminal de cargas em Igarapé, mas indiferente de quem usa a estrada da Conquistinha, todas as empresas que possuem decreto de lavra devem participar, por ser em benefício de todos, da comunidade”. Disse que todos devem se unir para dar retorno à comunidade. Questionou o licenciamento da obra, e o secretário de Governo informou que o município cuidará dessa providência.

Fiscal da Autopista sugere ações imediatas

Representante da ANTT, Thales Pimenta Carvalho, fiscal da concessionária Autopista Fernão Dias, reiterou a importância do asfaltamento da estrada da Conquistinha. Disse que a proposta de construção do trevo é interessante, no entanto, acredita que sejam propostas de médio a longo prazo e, que é necessário ter ações imediatas para equacionar os problemas atuais de presença de sedimentos na rodovia e má visibilidade da sinalização. Frisou que a fiscalização será mais rigorosa daqui para frente e, que é preciso manter a pista limpa.
Alcimar Barcelos informou que a meta é ter asfaltamento realizado em curto prazo e, por isso está buscando esforço conjunto.
O representante da ANTT falou sobre a possibilidade de angariar recursos por vias de emendas parlamentares, ou mesmo junto a órgãos do governo.
O secretário de Governo se comprometeu a avaliar também esse caminho. Pediu compreensão da ANTT nas fiscalizações, tendo em vista o período chuvoso e as soluções que vem sendo buscadas. O representante da ANTT reiterou a necessidade de limpeza da pista e da sinalização e o representante da MMX informou que sua parte será resolvida.

Empresas se manifestam para o asfaltamento

Quanto a participação no asfaltamento da estrada as empresas se posicionaram da seguinte forma: a Minerita concorda com a contribuição, desde que seja para todos os interessados. A MDL está de acordo, respeitadas as proporções de contribuição pelas empresas. A Ferrous, conhecendo o projeto, certamente participará, proporcionalmente. A MMX e Usiminas também tem interesse, e estarão abertas à participação, mas precisam da planilha de custos para confirmação da resposta. O Terminal Serra Azul disse que sempre participou e, certamente participará. A Copasa buscará apoio da empresa.
O Secretário de Finanças, Hernane Abdon, comentou que as mineradoras estão em descrédito pela sociedade e, que essa obra pode ser explorada como marketing pelas empresas, vindo a ser uma oportunidade de melhorar sua imagem junto às comunidades.
O Adjunto de Meio Ambiente, Ernane Parreiras, destacou que o promotor Carlos Eduardo reforçou a questão do impacto ambiental.
A prefeitura de Brumadinho ficou com a incumbência de elaborar o projeto e a planilha com a divisão proporcional dos custos da obra entre as empresas participantes. Outras empresas que usam o trecho, foram convidadas e, não participaram da reunião, serão chamadas individualmente pela prefeitura, para tratar do assunto.
A comunidade de Brumadinho espera que esta obra seja efetivada o mais breve possível para o favorecimento de toda a coletividade.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vale constrói Estação Conhecimento em Brumadinho

Estação Conhecimento de Brumadinho
tem expectativa de inauguração em 2011

O aniversário de Brumadinho comemorado no dia 17 de dezembro teve, entre as atividades comemorativas, uma visita técnica às obras da Estação Conhecimento, complexo esportivo e educacional que vem sendo construído pela Fundação Vale, na cidade.
A concorrida cerimônia contou com presença de várias representações da sociedade civil brumadinhense, autoridades e lideranças políticas do município, representantes da Vale e da Fundação Vale: Eric Font, presidente da Estação do Conhecimento; Luciano Guido, gerente-geral do Complexo Paraopeba da Vale; Avimar de Melo Barcelos, prefeito de Brumadinho; Conceição Geremias, coordenadora de atletismo das Estações Conhecimento e atleta olímpica; Cássia Cinque; gerente geral da Fundação Vale em Minas Gerais; Alcimar Barcelos, secretário municipal de Governo; Nery Braga, secretário municipal da Ação Social; Caio Júlio Xavier Rodrigues, secretário municipal de Turismo e Cultura; José de Figueiredo Nem Neto, presidente da Câmara; Roseni Sena, diretora de Inclusão e Cidadania do Instituto Inhotim; Sônia Aparecida Barcelos Maciel, secretária Municipal de Educação de Brumadinho.
Durante a visita, as crianças participaram de atividades esportivas e se divertiram nos diversos brinquedos da rua de lazer. Participaram desta programação o Coral Casa do Acolhimento, instituição apoiada pela Vale no município.
Todos os presentes puderam comprovar o andamento da obra e qualidade do empreendimento, que oferecerá as crianças e jovens de Brumadinho a oportunidade de desenvolver seu potencial em instalações que até então só são utilizadas por atletas de ponta.
O Investimento da obra é de cerca de R$ 10 milhões , efetivada através das parcerias Prefeitura Municipal de Brumadinho, Fundação Vale e Governo do Estado. A Estação Conhecimento oferecerá cursos profissionalizantes e atividades com ênfase em esporte, arte e cultura a jovens, de 7 a 19 anos e só foi possível através de parcerias entre Prefeitura Municipal, Fundação Vale e Governo do Estado. A Vale é a responsável pela construção, já a Prefeitura será a mantenedora.
O evento também marcou a formatura da primeira turma do Curso de Qualificação Profissional em Hotelaria, promovido pela Estação, e de alunos do CEP – Centro de Educação Profissional, entidade promotora de ensino profissionalizante no município.
A Estação Conhecimento Brumadinho contará com campo de futebol, pista de atletismo, quadra poliesportiva coberta e também piscina semiolímpica, edifício educacional, edifício profissionalizante, estruturas de apoio e um teatro. A unidade é a primeira a ser erguida no Estado e irá beneficiar mais de 700 jovens do município. A iniciativa é da Fundação Vale, e tem o apoio da Prefeitura Municipal de Brumadinho. A expectativa é que o complexo seja inaugurado em 2011, mas ainda não há data prevista.

Número de inscritos supera vagas disponíveis

As inscrições para as modalidades esportivas da Estação Conhecimento foram realizadas entre os dias 22 de novembro e 3 de dezembro, em Brumadinho e outras oito localidades do entorno. A próxima etapa são as seletivas a serem realizadas em fevereiro deste ano. A demanda é grande. Há mais de duas mil inscrições para 700 vagas disponíveis.
A Estação Conhecimento Brumadinho ofertará vagas para atividades esportivas, educacionais e profissionalizantes. E, no primeiro momento, ofertará as modalidades de atletismo, futebol e natação. Também estão previstas as modalidades de judô, além de cursos profissionalizantes em construção civil.
Estações Conhecimento preparam atletas profissionais

As Estações Conhecimento são núcleos de desenvolvimento humano e econômico idealizados pela Fundação Vale e viabilizados por meio de parcerias locais com poder público e a comunidade. Estes núcleos são constituídos como uma instituição sem fins lucrativos, nos moldes de uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP).
A proposta da Estação Conhecimento é se consolidar como um centro de referência regional de boas práticas, onde se busca o desenvolvimento das pessoas respeitando as vocações produtivas locais. O principal objetivo da Estação é deixar um legado de conhecimento sistematizado e institucionalizado apropriado pela comunidade. A iniciativa da Fundação Vale prevê a construção de 18 Estações Conhecimento no Brasil até 2012. Destas, três são em Minas Gerais: Brumadinho, Diamantina, e Governador Valadares.
O público-alvo prioritário da Estação Conhecimento são crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, que participam de atividades nas áreas de esporte, cultura e educação profissional. O intuito é desenvolver suas potencialidades físicas, intelectuais e emocionais
A Estação Conhecimento trabalha também junto à comunidade, atuando como um agente articulador de redes sociais. Respeitando as vocações produtivas locais, as Estações trabalham o conhecimento adequado para cada região, elegendo cadeias produtivas que possam ganhar escala de produção. Essas cadeias são organizadas junto aos produtores, que recebem apoio técnico e encontram nas Estações a tecnologia e articulação necessária para o processamento e comercialização de produção.
As Estações Conhecimento também procuram disseminar novas tecnologias e metodologias de aprendizagem entre seus profissionais. A maior parte deles é constituída de funcionários públicos cedidos pela prefeitura ou governo, que são capacitados para estimular práticas educativas relacionadas ao cotidiano dos alunos e das comunidades
As Estações Conhecimento também buscam descobrir e preparar atletas profissionais. Os jovens das Estações que se destacarem em suas modalidades serão encaminhados ao Centro Nacional de Excelência do programa Brasil Vale Ouro, no Círculo Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro. Este programa oferece apoio financeiro, acompanhamento profissional de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, professores de educação física e assistentes sociais. O objetivo é prepará-los para conquistarem bons resultados nos Jogos Olímpicos de 2016.