E a segurança em Brumadinho! Como vai?

terça-feira, 27 de julho de 2010

BRUMADINHO TEM 100% DE PROMESSAS NÃO EFETIVADAS

Já faz um mês que a campanha eleitoral para presidente da República, governadores, senadores, deputados estaduais e federais começaram, timidamente, pelo fato do Brasil estar ligado inteiramente a Copa do Mundo, mas agora, com o Brasil transferindo o sonho de hexacampeão para a Copa de 2014, as campanhas começaram a tomar rumo, visto que os cabos eleitorais já estão com os carros “plotados” e, os famosos santinhos começaram a aparecer debaixo de nossas portas.
Interessante que para nós, simples eleitores, os quatro anos passaram rápido demais. Tão rápido que os candidatos, em sua maioria, não conseguiram cumprir nem mesmo com os 10% das promessas da última campanha.
Especialmente em Brumadinho, um candidato a deputado prometeu na última campanha um Brumadinho100%. A apresentação foi feita na Câmara Municipal. Lembramos como se fosse hoje. Lideranças políticas foram convidadas para assistir ao Projeto Brumadinho 100% que seria realizado em parceria com uma associação cultural e um Instituto de renome.
Pois certo, com promessas que fariam de Brumadinho uma cidade modelo, os eleitores votaram e os 100%, até hoje ninguém viu. Talvez não tenha dado tempo e, o candidato repita a promessa novamente. E assim, são tantas as promessas, deste e de outros, que se fossem efetivadas, tornariam Brumadinho e as cidades do Vale do Paraopeba, as melhores cidades do mundo para se viver. E, o que vemos é o contrário. Até hoje as cidades do Vale do Paraopeba lutam para ter suas estradas interligadas asfaltadas.
Se os políticos cumprissem suas promessas de campanha o Brasil estaria no Primeiro Mundo. O que notamos, repetidamente, é que ao invés de cumprir promessas, muitos deputados, senadores e governadores, passam os quatro anos de mandato pensando em reeleição. Gastam a maioria do tempo pensando em se manter no poder e, hoje, muito mais que antes, tem grandes vantagens que as mídias oferecem, facilitando o seu contato com o eleitor, o que pode ser feito facilmente através da internet, pelos sites de relacionamento.
Infelizmente, as estratégias de se manter no poder também são visíveis através das coligações partidárias. Partidos com ideais contraditórios se coligam sem olhar para trás. E, assim, partidos inimigos se tornam amigos do dia para a noite, com o simples intuito de eleger um candidato comum. Os ideais partidários caem por terra nesta hora e, ficam engavetados para um discurso pós-eleição. Pois, o que importa no momento são as negociações: os cabos eleitorais precisam de se manter no emprego depois das eleições e, certamente, as negociações se fazem através de cotas de vagas nos gabinetes, em secretarias, enfim. Isso não é novidade para ninguém e, todos os partidos brasileiros são adeptos deste hábito. Política virou negócio e alguns a colocam como emprego. Meio de subsistência, certamente.
Outro fato que voltou a fazer parte do nosso cenário político são as inaugurações de deputados. Inauguram-se até holofotes para campo de futebol. E, também é comum os candidatos ganharem votos de um distrito inteiro, por causa destes holofotes. Em época de campanha em nível estadual e federal, os clubes de futebol são grandes beneficiados e são também, muito bons de votos. Podemos dizer que fiéis, até o fim. O futebol atrai os políticos, com certeza; muitos presidentes de times de futebol são ligados diretamente aos gabinetes de vereadores, prefeitos e deputados de nosso país.
Para não ser alvo fácil de falsas promessas, os eleitores precisam procurar saber a conduta dos cabos eleitorais, pois eles refletem a imagem de seus candidatos. Geralmente as campanhas eleitorais são encabeçadas por ex- candidatos a vereadores. Neste sentido, é por isso que alguns membros partidários são eternos candidatos a vereadores. Usam o partido e suas candidaturas a vereador para continuar mantendo empregos nos gabinetes da Assembléia Legislativa.
O Circuito Notícias cumpre o papel social de lembrar aos eleitores que existem ex-candidatos a vereadores, que hoje estão fazendo campanha eleitoral para deputados e governadores, que ainda não deram conta de cumprir as promessas de campanha em comércios do interior do município. Comerciante entrou em contado com o jornal Circuito Notícias para denunciar ex-candidato que ainda está com dívida em seu estabelecimento. Infelizmente, a única coisa que o Circuito Notícias pode fazer é alertar aos eleitores contra candidatos que agem de má fé, pois denúncias têm que ser feitas na Justiça. Sendo assim, lembramos aos eleitores que cabos eleitorais que dão prejuízos aos pequenos comerciantes espelham o que são os candidatos a deputados que representam hoje, como cabo eleitoral.
Lembramos, também, que não é fácil sair da oratória de candidatos políticos e cabos eleitorais que agem de má fé. Parecem que têm pós-doutorado na oratória de prometer. Eles realmente não se intimidam em dar prejuízo. Até mesmo o jornal Circuito Notícias, por exemplo, já caiu no conto de cabo eleitoral que ainda não acertou propaganda política de 2006. Acredite!
Infelizmente, é triste constatar, mas vale tudo para chegar ao eleitor e, principalmente, prejuízo nos bolsos do trabalhador. Neste intuito, alertamos também as promessas feitas para associações. Infelizmente, um dia ainda saberemos como, verbas e emendas surgem e, algumas vezes são extraviadas, antes de chegarem a seus destinos.
Exemplo deste tipo de promessa tem sido a Agência de Desenvolvimento do Circuito Veredas do Paraopeba, que está alavancando o turismo no Vale do Paraopeba. Em 2008 teve a promessa de um deputado de uma emenda parlamentar que não chegou. No início deste ano, no Fórum dos Prefeitos foi anunciada outra emenda parlamentar, por um deputado presente ao evento. Mas, até hoje o que viria através da emenda não chegou. Não é incomum emendas parlamentares serem anunciadas. O que é incomum é alguém anunciar que ela não chegou ou foi extraviada. Enquanto isso, as associações ficam com seus projetos prejudicados.
Não custa alertar: precisamos pensar muitas vezes antes de escolher em quem votar em 2010. Se formos levar ao pé da letra, Brumadinho tem muito mais do que 100% de promessas não efetivadas, prometidas pelos eternos candidatos que visitam nossas casas de quatro em quatro anos, através de seus cabos eleitorais.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Opinião: Saidinha de Banco - Um problema de Segurança Pública

*Lúcio Alves de Barros


Um fenômeno que se tornou ostensivo e normal em tempos de debate acirrado sobre a segurança pública é o da “saidinha de banco”. Aparentemente, tornou-se normal não pelos constantes acontecimentos (mais do que previsível e esperado), mas pelo nome que recebeu carinhosamente das autoridades e da mídia. A “saidinha de banco” trata-se, na verdade, de um golpe criminoso, covarde e violento cometido por um recalcitrante racionalmente orientado para o roubo da pessoa inocente e (in) feliz que preferiu sacar uma respeitável quantia de dinheiro no banco. Na capital de Minas Gerais, de acordo com os dados veiculados pela Polícia Militar são, em média, 70 ocorrências por mês (Jornal O Tempo, 06/05/2010).
Tudo indica que a prática se tornou um problema – o qual, distante de solução – que se arrasta e piora a cada início de mês. Não faz muito tempo a economista Patrícia Martins Cardoso, de somente 48 anos, foi covardemente assassinada com um tiro nas costas na frente do pai, um senhor de 90 anos, a quem costumeiramente acompanhava. Ele havia retirado R$ 4.000 em bancos da região central da capital.
A questão é complexa e séria: em Contagem uma lei tenta colocar ordem na casa e em Betim e diversas cidades de Minas, as autoridades começaram a discutir a possibilidade de proibir o uso do celular no interior das agências e obrigar os bancos a instalar biombos nos caixas para que os valores sacados não sejam vistos por outros usuários. Tais ideias tomaram as mentes brilhantes das autoridades porque acham que alguém no interior da instituição bancária tem “armado campana” e vigiado as possíveis vítimas que vão retirar uma significativa quantia em dinheiro. Provavelmente, esta seja uma das leituras possíveis devido a forte percepção dos acontecimentos da famigerada “saidinha”, mas não pensar em outras possibilidades é no mínimo absurdo e leviano.
É oportuno lembrar que qualquer ser humano tem o direito de retirar o seu dinheiro na hora, no dia, na semana, o quanto e onde quiser. Os executivos de polícia, que andam pelas faculdades fazendo cursos de criminologia, lançam mão da “teoria da oportunidade” no intuito de justificar e responder com rapidez a problemática. Neste caso, a teoria é pródiga na explicação: “não deseja ser roubado? Então não retire tanto dinheiro e não dê oportunidade para o ladrão”. Ótima explicação para o cansativo e perigoso discurso que tenta criminalizar e culpabilizar a vítima. Uma lástima, até porque, quando se vai ao banco retirar “o seu dinheiro”, é tautologia insistir na ideia de que estamos nos referindo a indivíduos livres e que podem, pelo menos em teoria, fazer o que bem entender com suas notas. O que não podemos perder de vista é o que pode estar por trás da “saidinha”.
Ao utilizar o discurso de culpabilização da vítima escondemos através da linguagem o que chamo de “teoria das obrigações”. É uma teoria simples: trata-se de ações que, no campo da segurança pública, delega aos funcionários da segurança objetiva a função de estar sempre atentos aos acontecimentos delituosos. Esta é a esfera de ação da polícia militar. Longe da ironia, qualquer estudante de criminologia, policial, administrador de empresa, sociólogo e bancário sabem que, no início de cada mês existe um grande número de pessoas pagando suas contas e movimentando certas quantias em dinheiro. Também já é de conhecimento dos mais preocupados que no início de cada mês além de aumentar o número de roubos à mão armada aumenta o número de “saidinhas”. A questão a ser colocada é de duas uma, (1) ou a polícia está patinando e ainda engatinhando no entendimento do fenômeno carinhosamente apelidado de “saidinha de banco”, optando no caso por atuar como a “polícia do depois”, ou (2) não sabe e sequer possui uma estratégia para diminuir ou prender os recalcitrantes que vem se reciclado e trabalhado a contento com o apoio de motos, carros e olheiros de toda ordem.
O fato é que a saidinha tornou-se norma ou prática cotidiana de início de mês e não deixa de revelar uma curiosa economia do crime. É no começo de cada período mensal que o recalcitrante sabe das possibilidades de capitalização. Obviamente a polícia tem a ciência disso e deve possuir não poucos mapas geoprocessados e ocorrências que podem indicar algum padrão ou conduta. Sabe-se que alguns executivos da polícia têm se reunido com agentes bancários e membros do poder público e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Reuniões e comissões, entretanto, só funcionam bem em escolas de samba e, tal como já disse o educador Paulo Freire, “da fala à ação a distância é enorme”. Não distante deste debate o que não é aceitável é a arte de culpabilizar a vítima em nome de uma teoria e um fenômeno em descontrole, haja vista que - por natureza – a vítima não navega nas relações de sociabilidade dos recalcitrantes. Aliás, ela não tem nem a obrigação ou dever de ficar atenta ao “meliante” que se aproxima, pois – pelo que se sabe – paga-se policiais militares e civis para isso. A segurança é um bem e, longe do mercado, é dever e obrigação do Estado. Acrescenta-se a isso a responsabilidade dos bancos que poderiam, além de ter a ciência dos possíveis suspeitos, identificar e persuadir aqueles que andam a perambular entre as filas do caixa.
Existe outra possibilidade: toda vez que alguém for sacar um bom dinheiro no caixa e deseja sair com o seu capital (por direito) pelas ruas aposte na contratação de empresas privadas de segurança ou alugue um carro forte. A ação é custosa e provavelmente não compensaria pelo valor retirado. De toda forma, é preciso que se faça alguma coisa. Não vejo outra maneira que não seja uma ação oriunda da própria polícia. Distribuir panfletos explicativos, dicas e conselhos, dar entrevistas em jornais e na TV, reunir redes de funcionários ou de usuários “protegidos”, colocar câmeras no interior e fora das agências podem até surtir algum efeito, principalmente no que toca à produção do medo e da insegurança subjetiva.
Contudo, o mais conveniente é a polícia (tanto a militar como a civil) se fazer presente como tal e seguir à risca a função constitucional de manutenção da paz e da ordem. Não é possível que nenhum executivo da polícia, que tenha pelo menos um pouco de poder de agenda, não tenha pensado em ações de investigação, análises de fatos repetitivos, padrões de conduta, reunião e cruzamento de informações geoprocessadas, identificação de potenciais quadrilhas ou mesmo a possibilidade da ação do policiamento civil à paisana. As ações são poucas e singelas e estou ciente de que o policiamento é mais complexo do que isso. De qualquer forma, os dados disponíveis e os acontecimentos que se repetem nas cidades revelam que empreendimentos mais contundentes devem ser levados a efeito. A polícia, em suas ações cotidianas é - por definição - a “polícia do depois”. Ela sempre chega na hora, no tempo e no momento em que se tem uma vítima. Todavia, este tempo é o dela e não o da pessoa vitimizada, a qual muitas vezes envergonhada, ainda pensa em não acionar a polícia. No caso do golpe da “saidinha de banco” a ideia é que a polícia não seja a do “depois”, tampouco a que chega após a mídia ou que fique somente na ocorrência de cada dia. O anseio é que a polícia seja pública e desta esfera faça parte. Tudo para que ela se encontre nos locais nos quais podem acontecer algo em algum momento. Que ela esteja presente antes do meliante, seja para espantá-lo, seja para - pelo menos - como era a antiga dupla “Cosme e Damião”, para nos oferecer a segurança subjetiva do bom dia, do boa tarde e da boa noite.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Moradores de Brumadinho reclamam de abandono do bairro Pires

Bairro Pires está desolado

“Gostaria de manifestar nossa insatisfação com a atual administração da Prefeitura de Brumadinho, referindo ao total descaso e desrespeito com a comunidade do Pires; estamos com o calçamento sem condições de trafegar em função de excesso de pedras soltas, causada pela falta de sistema de drenagem da rua. Outro problema que estamos enfrentando é a ausência de postes de iluminação nas proximidades da travessia da linha férrea, o que favorece a atuação de vândalos no local.
Foi realizado vários contatos com o secretário de obras sobre esse assunto, e após inúmeras tentativas, ele ressaltou que não poderiam atuar devido as obras serem feitas na administração anterior. um absurdo !!! Mas esquecem que foram pedir apoio na campanha eleitoral.
Pergunto se não há um planejamento estratégico por parte dos eleitos de forma que abrange as comunidades de maior carência de infra-estrutura. Não podemos conviver com tais situações que compromete a convivência digna do ser humano, não estamos pedindo luxo , mas sim melhorias simples e básicas que acredito de fácil resolução.
Peço a manifestação da prefeitura por esse mesmo meio de comunicação.

Moradores de Brumadinho cobram a revitalização do bairro Cohab

*Por Maria Carmen de Souza - editora do jornal Circuito Notícias

Os moradores do bairro Maria Ana de Souza (COHAB), estão indignados com uma série de acontecimentos e, o jornal Circuito Notícias apresenta os fatos.
O bairro existe há cerca de 27 anos e, sua estrada de acesso sofreu algumas alterações recentemente, graças a um motivo nobre, que é o favorecimento do turismo em Brumadinho.
O governo do estado construiu uma nova estrada de acesso ao Inhotim e, antes desta construção, todos os veículos que seguiam ao Museu Internacional, passavam pela estrada que cortava a entrada do bairro. O problema é que com a construção da estrada nova foi necessário a construção de um aterro e um muro de arrimo ao lado da ponte sobre o rio Manso e, os moradores perceberam que como a estrada nova ficou muito mais alta que a estrada antiga, caso haja uma nova enchente no rio Manso, a água vai se alagar apenas de um lado do rio e, os leitores já imaginam de qual lado é: isso mesmo, do lado do bairro.
Sendo assim, a obra que beneficia o turismo internacional, por outro lado prejudica cidadãos brumadinhenses, mesmo porquê, depois de quase dois anos, passados da última enchente, ainda não foram resolvidos os problemas dos moradores das casas ribeirinhas, não só do bairro Maria Ana de Souza, como em outros locais que os rios Manso, Águas Claras e Paraopeba atingem, nos períodos de enchente.
Para completar o problema da altura do arrimo ao lado da ponte, os moradores do bairro e, todos os que usam o percurso, precisam agora parar na subida para esperar os carros que vem na estrada nova, sentido Inhotim/centro da cidade. Para os motoristas, isso é um absurdo, visto que o muro de proteção da ponte tampa a visão dos carros comuns. Constatam que o pior, é parar na subida e olhar praticamente para trás para ver se estão vindo carros. E, muitas vezes, os motoristas nem conseguem vê-los devido a alta velocidade. E os pedestres? Como a ponte tem apenas uma passarela, os pedestres estão com um grande problema. A passarela fica justamente do lado que dá para a estrada, por onde os automóveis transitam em alta velocidade. Há sim uma faixa de pedestres, mas como arriscar? Se os caminhões que vêm das minerações e os automóveis que vem do Inhotim descem o trecho em alta velocidade?
A redação do Circuito Notícias entrou em contato com a Prefeitura de Brumadinho, no mês de abril, para saber o que poderia ser feito e obteve a resposta de que um técnico iria ao local para avaliar a instalação do sinal. Mas até agora, mês de julho, a situação do sinal que desfavorece os motoristas que saem da Cohab continua a mesma.
No mês de abril o Circuito Notícias questionou também a passarela, temendo pela segurança do pedestre e, a Prefeitura informou que há um projeto de construção de uma passarela que dá acesso à calçada do lado direito da ponte, para quem sai do bairro, que evitará a travessia do pedestre nas duas mãos de direção. Mas a população ainda está aguardando essa efetivação.
O que está constatado é que a população teve prejuízo com esta obra do governo estadual, mas nada que não possa ser resolvido.

Veículos pesados deixam rastros de poeira

Outra reclamação dos moradores do bairro Cohab é que a estrada de terra que dá acesso a Conquistinha, Farofas e BR-381, por onde trafegam caminhões de minério que prestam serviços às mineradoras instaladas nas proximidades. O caso é que os caminhões passam em alta velocidade na estrada de terra, empoeirando as casas e os pulmões, principalmente dos moradores da rua João Lino Moreira. Uma moradora desta rua, que tem problema pulmonar e, que faz tratamento contínuo, entrou em contato com a redação do Circuito para reclamar da situação a que é exposta. Outra reclamação é de que a terra da estrada está invadindo parte da rua e, atualmente a calçada e rua estão no mesmo nível e, além disso, a rua está emendada com estrada, não se sabe onde começa ou termina o calçamento: “Quando chove é um problema: a água passa por cima da calçada e não tem como entrar e sair de casa sem passar dentro da poça que se forma na rua”, reclama a moradora.
Os moradores pedem providência e requerem que as mineradoras que usam a rua, passem com caminhão pipa para amenizar a poeira.

Creche municipal ainda está no papel

Os moradores do bairro que participaram das reuniões para a construção de uma creche municipal, com a parceria do Inhotim, aguardam desde 2008, o início da construção, prometida para ser efetivada em um terreno onde funcionava uma fábrica de tijolos.
Ano passado, os moradores participaram novamente de outra reunião para mudança do projeto de construção da escola, mas até agora não houve nenhuma mobilização visível, nem mesmo uma pedra fundamental no espaço indicado para o levantamento da escola.
Os moradores não estão nada satisfeitos com o fato, já que a creche que deveria ser implantada tinha o objetivo de transferir as crianças da antiga creche do Inhotim.

Revitalização da Praça

O bairro Cohab foi contemplado em 2009 entre os pioneiros para receber a revitalização de sua praça. Entretanto, como noticiado no Circuito Notícias em edição a este respeito, o bairro não tem praça para ser revitalizada e, sim, um calçadão. Sendo assim, em reunião, novamente, com representantes da Prefeitura e do Inhotim, os representantes do bairro sugeriram que, ao invés da Prefeitura revitalizar o calçadão, revitalizasse a entrada do bairro, que está muito desgastada e descuidada. Sugeriram que em parceria com o Inhotim, criassem um paisagismo arbóreo na entrada do bairro e, pintura da ponte de acesso, assim como instalação de mais uma passarela na ponte. Os participantes acreditam que com a melhoria da entrada do bairro, os moradores serão incentivados a cuidar de suas fachadas. Entretanto, ainda não se vê início desta revitalização.
O que os moradores assistiram, e aplaudiram, foi a reconstrução da rede de esgoto
e da instalação de uma Ete - Estação de Tratamento de Esgoto, fazendo parte da sistematização da Copasa para a implantação do tratamento do esgoto. Mas, ao mesmo tempo que aplaudiram esta efetivação, ficaram insatisfeitos com a empresa que realizou a obra. No final de semana, não tinha como os carros e pedestres passarem sem ficarem atolados, porque a empresa deixou terra solta. A chuva caiu e o ir e vir dos moradores ficou prejudicado durante vários dias.E, a decepção veio depois, pois os moradores esperavam que assim que os buracos fossem fechados, a pavimentação seria com asfalto, assim como ocorreu nos bairros do Jota e Bela Vista, que por sinal, obras que merecem aplausos.
Não se sabe o porquê, mas o asfalto para o bairro Cohab não chegou. Chegou sim, um calçamento tão ruim como o que estava no local antes e, pior, foi colocado com terra vermelha e, não com pó de minério, como é de costume.
Em contato com a Prefeitura a este respeito, no mês de maio, o jornal foi informado que o asfalto ainda chegará ao bairro. “Só que não foi dessa vez”. A Prefeitura informou que o asfalto é uma promessa e será cumprida. Mas, depois de tantas promessas e de tantas reuniões para os assuntos abordados acima, construção de creche e revitalização da entrada do bairro, os moradores estão desacreditados.
Nas reuniões para os assuntos da construção da creche, os moradores colaboraram apresentando projetos e, na reunião para a revitalização da praça, houve morador que levou projeto pronto, para a construção de praça no campo de futebol que há na localidade. Mas até agora, nada de efetivação.
O bairro vizinho mais próximo do Inhotim aguarda a sua revitalização, aguarda a transferência do sinal de pare de quem vem da ponte para quem vem do Inhotim; aguarda a implantação de outra passarela; aguarda a construção da Creche; aguarda o asfaltamento da rua principal, aguarda a efetivação de um paisagismo; aguarda a construção de uma praça. Aguarda a saída do abandono que se encontra e, aguarda respeito das autoridades executoras de obras na região.

GOL DE PLACA NO TURISMO

Por Maria Carmen de Souza - Editora do jornal Circuito Notícias

Os países de todo o mundo acompanham a Copa do Mundo/2010 na África do Sul. Pela rede televisiva o público não assiste apenas aos jogos, mas também vê uma multidão de torcedores, de várias partes do mundo, que foram a África para torcerem para os times de seus países. Certamente, o movimento de turistas na Copa do Mundo na África é maior de que qualquer outro evento já realizado em qualquer outra época, neste país. Não há dúvidas. A Copa do Mundo é o maior evento realizado no globo terrestre, conseguindo cativar turistas de vários países ao mesmo tempo. O evento movimenta o mundo muito mais que as Olimpíadas. Fato curioso, já que a Copa do Mundo apresenta apenas a modalidade esportiva futebol, enquanto que as Olimpíadas apresentam uma série de modalidades esportivas. Mas essa é uma discussćo a parte.
Interessante que mesmo quem não está na África do Sul está tendo oportunidade inédita de conhecer o país. As redes de televisão brasileiras, e do mundo, que estão dando cobertura ao evento, estão editando reportagens sobre as segmentações turísticas do país: gastronomia, história, cultura, econōmia, enfim. E assim, as pessoas que não estão lá no momento, começam a planejar uma futura visita, para conhecer de perto os lugares divulgados na mídia. Um dia desses uma rede de televisćo brasileira divulgou um bar/danceteria que, criativamente, foi instalado dentro de um tronco de árvore: certamente uma árvore bem maior do que qualquer uma que nossos olhos já viram por aqui na região do Vale do Paraopeba. Afinal, um tronco de árvore que oferece espaço para montar um bar e receber cerca de 50 pessoas atiça a curiosidade de turistas.
Mas, o que uma árvore transformada em bar tem a ver com a Copa do Mundo e com turistas? Tudo. Os turistas do primeiro, segundo e até terceiro mundo que têm condições de fazer uma viagem de continente a continente, não saem a procura do que têm em sua terra. A maioria não quer ir para a África para fazer compras em shopping Center. Quer conhecer as particularidades daquele país. Razão disso é que também há reportagens divulgando que os comerciantes da África não estão lucrando o que planejavam. Os centros comerciais não atraem tanto como a rede hoteleira, os restaurantes, os museus, os pontos turísticos, a cultura, o artesanato. Os empreendedores do segmento turístico estão comemorando a visitação, enquanto os centros comerciais não. É claro que os turistas estrangeiros e sul-africanos circulam durante quase todo o dia por corredores enfeitados especialmente para o Mundial, mas dentro das lojas, o movimento não é tão grande quanto fora delas.
E ai entramos na questão Copa do Mundo/2014 que será realizada no Brasil. Certamente o grande público que virá para cá também terá o objetivo de conhecer o que o Brasil tem: gastronomia, cultura móvel e imóvel, cidades históricas, pontos históricos das cidades, turismo de aventura, turismo rural, ecoturismo, enfim, uma infinidade de atrativos que o Brasil tem.
Já faz parte do passado aquela impressão de que turismo no Brasil é Carnaval, sol e praia. Com 5.561 municípios, um clima diversificado, que vai da neve, em Santa Catarina, às temperaturas tropicais do Nordeste e uma natureza variada, o país oferece múltiplas possibilidades e vários “brasis em um só”.
A realização de megaeventos esportivos no Brasil, como a Copa de 2014, abre caminho para a liberação de recursos e para novos investimentos. Os benefícios não se restringirão ąs cidades-sede dos jogos. Outros municípios estrategicamente localizados funcionarão como subsedes para hospedar mais de 30 seleēões de futebol, como por exemplo, os municípios do Vale do Paraopeba, que têm muita coisa para oferecer no segmento turístico, mas que precisam se estruturarem para alcançarem o objetivo de dar hospedagem e roteiros turísticos para o visitante.
De olho na Copa do Mundo e da grande oportunidade de mostrar ao mundo o Brasil turístico, o Ministério do Turismo e as secretarias de Estado do Turismo, como a Setur – Secretaria de Turismo de Minas Gerais, estão criando estratégias. Em Minas Gerais, por exemplo, as cidades foram divididas por regiões, através de circuitos turísticos. No Vale do Paraopeba o Circuito que atende as cidades é o Circuito Veredas do Paraopeba, com sede em Brumadinho. Atualmente 7 cidades são conveniadas legalmente com o Circuito Veredas: Bonfim, Belo Vale, Moeda, Igarapé, Rio Manso, Brumadinho e, o mais recente, Sćo Joaquim de Bicas.
As estradas de ligação entre estas cidades precisam ser estruturadas, pois há até quem goste de transitar em estradas de terra, mas elas precisam estar em boas condições de trānsito. E, elas não estão.Já para os empreendedores, esta é uma grande chance de transformar casas antigas, casarões, fazendas e sítios em pousadas e hotéis. Exemplo é o prédio do Ipsemg em Belo Horizonte que será transformado em Hotel 5 estrelas e, tantos exemplos pelo mundo afora, como na Itália, onde antigas estāncias, palácios e casarões seculares foram transformadas em hotéis e atraem os turistas, inclusive os brasileiros.
Na região do Vale do Paraopeba há muitas construções seculares que podem ser transformadas em restaurantes,bares, cafés, pousadas que atiçarão a curiosidade do turista que virá para cá em 2014.
Vale apenas uma estruturação para a Copa de 2014 para dar um gol de placa no turismo e, claro, torcer para o Brasil conquistar o hexa em casa, já que nćo deu desta vez.

Maria Carmen de Souza - editora/diretora

IPTU DE BRUMADINHO - VEREADORES PEDEM INSTAURAÇÃO DE CPI

Desde que o reajuste do IPTU foi anunciado ele se tornou o assunto principal no município de Brumadinho em todas as camadas sociais.
A notícia do reajuste ocorreu no final de 2009, mas depois que os boletos de cobrança chegaram aos proprietários de imóveis e, que foram constatados aumentos de mais de 500%, houve um reboliço na cidade.
E, como o Circuito Notícias informou na edição número 195, houve reuniões comunitárias, como a que ocorreu em Casa Branca. Houve também reuniões em condomínios, escolas e, elas se estenderam para o mês de maio. E, como o prefeito não decreta lei sozinho, precisando de aprovação da Câmara, a Lei foi aprovada por unanimidade e, no mês de maio, cinco vereadores, entre os oito que aprovaram a lei de reajuste do IPTU por unanimidade, pediram desculpas aos moradores de Brumadinho pela falha, fato que foi noticiado na edição 196 do Circuito Notícias. São eles os vereadores Líliam Paraguai, Marta da Maroto, Jaime Wilson, Itamar Franco e Leônidas Maciel. E, correndo atrás do prejuízo, os vereadores participaram de reuniões comunitárias.
Neste decorrer de tempo, a Prefeitura de Brumadinho estendeu o prazo para o pagamento do IPTU para junho, dando oportunidade aos proprietários de imóveis insatisfeitos requererem revisão. Muitos tiveram suas tarifas reduzidas e outros conseguiram isenção: os que estavam dentro dos requisitos de construção até 90m2 e ganho até 3 salários mínimos.
Agora, ainda dando continuidade ao debate gerado em torno do imposto territorial, quatro vereadores: Itamar Franco, Jaime Wilson, Lílian Paraguai e Marta da Maroto assinaram, no dia 24 de junho, o Requerimento 67/2010, solicitando instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a cobrança do IPTU/2010, que julgam indevida.
No requerimento os vereadores justificam o pedido de CPI “tendo em vista a distorção e alteração de valores, a modificação e a troca de documentos de arrecadação, além da forma de cálculo do quantum devido, tudo conforme tem sido amplamente noticiado pelo povo que representamos”.
Ainda informam no documento que o “requerimento é firmado por mais de um terço dos edis e se baseia em fato determinado de incalculável interesse para a vida pública, econômica e social do município”.
Alegam ainda no documento que “a operacionalização da cobrança do IPTU 2010, com inúmeras inconsistências e obscuridades no que se refere aos valores exigidos e a forma de seu cálculo, inegavelmente, exige investigação e elucidação”.
Os vereadores requereram a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito com a designação de seus membros no prazo de dois dias, nos termos do art. 112, § 4º do Regimento Interno.