E a segurança em Brumadinho! Como vai?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mulher é o foco da campanha de prevenção à aids no carnaval

Mulher é o foco da campanha de prevenção à Aids neste carnaval


A terça-feira de carnaval deste ano será no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Aproveitando a data, a campanha de prevenção contra a Aids, que acontece em todo o Estado, terá como público-alvo a ala feminina. Com o slogan “Bote camisinha nas suas histórias de carnaval”, a campanha pretende incentivar as mulheres a promoverem o autocuidado, usando preservativo em todas as relações sexuais.

“Estamos seguindo o tema proposto pelo Departamento Nacional de DST/Aids. O foco será o público jovem, com idade entre 15 e 24 anos, que geralmente se expõe mais durante a folia. E já que o período do carnaval coincide com o Dia internacional da Mulher, aproveitamos para reforçar junto ao público feminino a importância da prevenção”, explica a referência técnica estadual em DST/Aids, Janaína Mesquita.

A ênfase dada às mulheres não se deve somente à coincidência de datas. As estatísticas também foram levadas em consideração, já que elas apontam que o número de casos de Aids no público feminino cresceu, consideravelmente, desde o início da epidemia. Nos quatro anos que se seguiram após o surgimento da doença, não houve nenhuma notificação entre as mulheres. Já a partir de 1986, os registros crescem ano a ano.

Em razão desses números, os materiais educativos a serem distribuídos foram elaborados com apelo para as mulheres. Ao todo, são 700 mil porta-preservativos, 500 mil leques e 300 mil volantes. Além disso, serão distribuídos 1,5 milhão de camisinhas masculinas.

“Todo esse material será entregue à população por meio das Gerências Regionais de Saúde, municípios e parceiros, como ONGs, Polícia Militar, Escola de Saúde Pública e outras secretarias. A primeira ação já acontece no dia 26 de fevereiro, durante o desfile da Banda Mole”, conta Janaína.

As ações de rua prosseguem no dia seguinte, com a distribuição de materiais em bares de Belo Horizonte. Na semana do carnaval, também haverá atividades na rodoviária, estações do metrô, aeroportos e na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. A população será abordada por promotores, que passarão mensagens educativas e entregarão os materiais. A abordagem ocorrerá ainda em diversas cidades, especialmente naquelas que recebem mais foliões, como Abaeté, Diamantina, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Pirapora e Tiradentes.

O grupo Vhiver, uma Organização Não Governamental que oferece apoio às pessoas portadoras do vírus HIV, será um dos parceiros da Secretaria de Estado de Saúde (SES) durante o carnaval. A ONG, que vai realizar atividades em municípios da Zona da Mata, Jequitinhonha e Região Metropolitana de Belo Horizonte, receberá materiais para distribuir durante as abordagens.

“Estamos trabalhando em parceria com o Governo do Estado há vários anos e temos obtido muito sucesso. Para 2011, estamos ainda mais animados, nos preparando, inclusive, para incluir Ouro Preto em nosso roteiro. Sem dúvida, será mais um carnaval de muito trabalho e conscientização da população”, destaca o presidente do Grupo Vhiver, Valdecir Fernandes Buzón.

Durante todo o carnaval, será veiculado um spot nas principais rádios do Estado e afixados outdoors nas principais saídas de Belo Horizonte e em municípios do interior. Tais mídias vão reproduzir o tema da campanha.

Terminada a folia, a campanha continua com foco no incentivo à realização do exame para diagnóstico. O material educativo vai exibir a mensagem “Não usou camisinha, faça o teste Aids, sífilis e hepatites. Para quê ficar na dúvida? Os testes são gratuitos, sigilosos e seguros”. Nessa fase, serão distribuídos 20 mil cartazes e 30 mil adesivos de banheiro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Concurso da Prefeitura está suspenso cauterlamente

A Prefeitura Municipal de Brumadinho informa que, em cumprimento a determinação contida no despacho proferido pelo Conselheiro Antônio Carlos Andrada, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, devido à denúncia oferecida pelo Conselho Regional de Técnico em Radiologia; o Concurso Público normatizado pelo Edital nº. 001/2010 está SUSPENSO CAUTELARMENTE, até deliberação posterior daquela Corte de Contas.
Manteremos os interessados informados do andamento do processo no sítio eletrônico da Prefeitura Municipal de Brumadinho, da Magnus Auditores e Consultores Associados, na Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais e em jornais de circulação regional.

Brumadinho, 15 de fevereiro de 2011.

Assessoria de Comunicação

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Da boa e velha "saidinha de banco"

Por Lúcio Alves de Barros - jornal Circuito Notícias

O problema se arrasta há um bom tempo e pelo andar da carruagem ainda está longe da solução. Vai fazer um ano (Circuito Notícias, n° 197, julho de 2010) que destaquei em um pequeno artigo o problema da “saidinha de banco”: um fenômeno hodierno que, carinhosamente apelidado pela polícia, tem resultado em casos dramáticos e cruéis de homicídio e sequestro. Neste momento, em plena tarde ensolarada vejo pela TV, num destes programas sensacionalistas, um sujeito saindo da moto e correndo rumo a duas pessoas que acabaram de sair do banco. O meliante, com arma na mão desce afoito da moto e, por fortuna das vítimas, por pouco não consegue abocanhar os rapazes que chegavam em casa. O momento foi acompanhado e gravado pelas câmeras domésticas e, de acordo com o histriônico repórter, a polícia está quase o identificando.
Não é preciso ir longe para perceber que os recalcitrantes andam aperfeiçoando as técnicas da famosa “saidinha de banco” e, de quebra, não estão de “olho vivo” somente nos idosos de outrora, mas até em jovens e pessoas que labutam no interior das agências bancárias. Não vou cair no conto do vigário e na ladainha de pedir mais policiamento, mas é no mínimo questionável a ação das autoridades que tem visto esse fenômeno a desenvolver. Até o momento uma lei está por ser regulamentada na tentativa de culpar o celular que pode ser o gatilho armado no interior dos bancos. Todavia, uma criança de oito anos já sabe que é preciso somente uma mão no bolso para apertar uma tecla e enviar uma mensagem para o comparsa, ávido de clientes, que está lá fora à espera em uma moto e/ou em um automóvel.
Para se ter a ideia da dimensão do problema: neste exato momento, no qual leio o jornal (Hoje em Dia, 27/01/2011) a polícia já havia registrado 922 ocorrências em 11 meses. Não vou nem me referir à famigerada “cifra negra”, a qual diz respeito às vítimas que, por diversos motivos, não acionaram a polícia. Mas o fato é preocupante e merece maior cuidado. Não é por força do acaso que o fenômeno da “saidinha” tem tomado as manchetes dos jornais, os programas sensacionalistas da TV e a Internet. É óbvio que, passado o cansativo mês de dezembro e o início do ano, tempos de gastos ostensivos e sem lugar, qualquer meliante por mais burro que seja está à procura do que os economistas chamam de capitalização. Penso até que a coisa vai ficar mais feia porque o carnaval tem início somente em março e é neste mês que os picos da criminalidade ficam mais assanhados.
Tenho ciência que a Polícia Civil e a Polícia Militar sabem do que estou falando, mas não escrevo para eles. O senso comum, infelizmente, é incapaz de ter a mínima noção de como funciona o fenômeno da criminalidade. Também sei muito pouco: falo mais do ponto de vista da vítima. De toda forma é um fato: a “saidinha de banco” ficou tão popular que até uma garota universitária, de 20 anos, considerada da classe média, andou treinando a sua com o namorado motoboy, de 27 anos. Eles abordaram um vigilante e conseguiram levar a mochila e o seu dinheiro. O casal estava armado e não custa lembrar que foi numa destas que a “saidinha” levou à morte a economista Patrícia Martins Cardoso, de somente 48 anos, covardemente assassinada com um tiro nas costas na frente do pai. E, na esteira deste caso, vale lembrar que um detetive, há pouco tempo, também foi vítima e ficou sem os seus R$ 50 mil. Mais ou menos no mesmo período foi descoberto uma quadrilha que chefiava um “bando da saidinha” de dentro de uma penitenciária. Depois um senhor foi baleado pelas costas em um bairro conhecido em Belo Horizonte (o Barreiro). Episódios foram registrados na Pampulha, no Jaraguá, no Floresta e em plena Afonso Pena. Para não gastar muitas linhas, friso que “saidinhas” foram registradas em Contagem, Betim, Brumadinho e Ribeirão das Neves, local no qual um motoboy foi roubado em R$ 30 mil.
Creio que os dados, possivelmente já geoprocessados, devem estar pontuando toda a grande BH e, certamente, está difícil para a polícia identificar uma “zona quente de criminalidade” ou uma “zona sensível” como diz os estudiosos franceses. Explico melhor, muitas vezes os meliantes, craques neste delito, seguem a vítima e - por natureza - as pegam no caminho de casa ou do trabalho. Em outras palavras, o delito acompanha a vítima e o registro se dá longe da agência, enganando o estudioso e o estatístico de plantão. Este “crime em movimento”, complexo tal como o de roubo a ônibus, não deixa de trazer a incerteza, o medo e a insegurança. Seria bom que o fenômeno da “saidinha” se tornasse caro aos recalcitrantes, mas tudo indica que não. As motos e os automóveis podem ser roubados e, no geral eles não retiram o capacete e, por minutos, “fazem” a vítima.
É bem verdade que a polícia tem conseguido apreender um aqui e outro ali, mas já se fala que são em média três vítimas por dia de “saidinhas” em Belo Horizonte. Em tempos de polícia comunitária, câmeras de “olho vivo”, vizinhos e “bancos” protegidos, grande montante de policiais no centro da cidade, aumento salarial, viaturas em bom estado e policiais motivados e credenciados com cursos e mais cursos não é possível que inexista uma política eficiente, um “planejamento estratégico” - como gostam de dizer - e com inteligência para, pelo menos, buscar uma compreensão do fenômeno. Caso contrário, é possível esperar a banalização da lei proibindo o celular no interior das agências, novos aprendizados para burlar as investigações, a associação com outros crimes, notadamente o sequestro, pois como proceder com o criminoso que lhe confundiu e abordou achando que no seu bolso se encontrava mais do que ele esperava?
Infelizmente, o meliante quer, por definição e função, e não precisa ser criminólogo para entender isso, aumentar o benefício, diminuindo os riscos e os custos. O tempo é fator crucial. Sem a possibilidade de ganho imediato a vítima pode contar com a ajuda de Deus ou com os famosos conselhos: “nunca reaja”, “utilize somente o cartão”, “não ande com dinheiro”, “não faça movimentos bruscos”, “na dúvida, não faça” (provérbio judeu) e “entregue tudo, sua vida é o mais importante”. Não deixa de ser bons conselhos diante de um melhor: “não entre no banco” e, caso precise, vá com “seguranças privados” ou com muitos amigos que podem ajudar a enganar o ladrão, servir de testemunha ou mesmo para chamar a polícia.

Asfalto é uma necessidade nas vias de acesso a Brumadinho

Por: Maria Carmen de Souza - jornal Circuito Notícias

Algumas estradas municipais de Brumadinho ainda não são pavimentadas, e isso é um grande problema. O acesso de ligação da sede ao povoado de Casa Branca, conforme matéria veiculada no jornal Circuito Notícias na edição número 204, não é pavimentado. Para complicar, a estrada é usada como escoamento de minério de ferro. A estrada municipal de ligação ao distrito de São José do Paraopeba também não é asfaltada e, esse também é um grande problema, principalmente porque é no distrito de São José que estão localizados os povoados quilombolas de Brumadinho e, é por esta estrada que se chega a Moeda, um município de grande ligação com Brumadinho. A estrada que liga o distrito de Conceição de Itaguá à Br 381, a estrada da Conquistinha, também não é asfaltada. E, esse também é outro grande problema, pois é no distrito de Conceição de Itaguá que está localizado o Instituto Inhotim; um museu de arte contemporânea e jardim botânico visitado por turistas do mundo inteiro. Se a estrada fosse asfaltada, os brumadinhenses e os turistas poderiam cortar caminho pela ligação da Br-381, sem precisar passar pelo município de Mário Campos, que é um trecho também de péssima qualidade.
Por falar em turistas e estradas, Brumadinho está se projetando e engatinhando no segmento turismo econômico. Para que Brumadinho seja bem sucedido nesta nova economia, é preciso ter estrada, principalmente porque o município não está sozinho, mas está projetando um desenvolvimento turístico com as cidades do Vale do Paraopeba. Para chegar aos pontos turísticos que cada cidade do Vale tem, é preciso via de acesso que favoreça o trânsito de veículos automotores. E, as estradas de ligação para alguns municípios são de péssima qualidade, exemplo são as estradas para Rio Manso, Bonfim e Moeda.
O que deixa as lideranças turísticas e comunitárias mais esperançosas é a notícia de que a Prefeitura está se mobilizando para asfaltar as estradas municipais. A página 5 desta edição retrata a mobilização para efetivar o asfaltamento da estrada da Conquistinha. Na reunião com as empresas usuárias da estrada foi comentada, também, a intenção de asfaltar a estrada de ligação a Rio Manso, através de uma parceria com a Copasa. Também há uma mobilização para asfaltar a estrada de ligação a Casa Branca, que é um povoado de grande fluxo turístico. Agora, só falta uma mobilização para asfaltar a estrada de ligação ao distrito de São José do Paraopeba e município de Moeda. A estrada de péssima qualidade impede a visitação nas festas tradicionais e culturais.
Uma iniciativa também que deixa a população esperançosa é a mobilização pela volta do trem de passageiros. Com o retorno do trem, o distrito de São José do Paraopeba terá um ganho certeiro. A linha de trem passa pelo distrito e tem parada em alguns de seus povoados, como Marinhos, que tem uma estação ferroviária. Além disso, o trem de passageiros tem destino de Belo Horizonte a Conselheiro Lafaiete. Vamos torcer para que este transporte seja reativado o mais breve possível e, que juntamente com estradas trafegáveis, contribuam para o desenvolvimento do turismo em Brumadinho e cidades do Vale do Paraopeba.
Vamos torcer para que estes asfaltamentos sejam efetivados o mais breve possível, porque é preciso oferecer estrada de acesso aos pontos turísticos da região. Estradas asfaltadas serão muito úteis para receptar os turistas da próxima Copa do Mundo, em 2014. Vamos torcer para que tudo dê certo.

Prefeitura e mineradoras discutem asfaltamento da estrada da Conquistinha

Há algum tempo, vem sendo discutido por lideranças de Brumadinho, a urgência de pavimentar os meios de acesso ao município e às cidades do Vale, por vários motivos, entre eles o desenvolvimento do turismo econômico. Na edição anterior, o Circuito Notícias enfocou a estrada municipal que liga a sede aos povoados de Casa Branca e Córrego do Feijão. A estrada não é pavimentada e, em época de chuva, fica impossível trafegar por ela. Em sua precariedade, a estrada é usada por empresas mineradoras. E, assim como ela, a estrada que liga a sede de Brumadinho à Br-381, a estrada da Conquistinha, também é uma via de acesso importante que ainda não foi pavimentada e, mesmo assim, também recebe intenso trânsito de veículos transportadores de minério de Ferro.
Mas, uma iniciativa da Prefeitura poderá mudar este quadro. No final de novembro de 2010, lideranças municipais se reuniram com representantes das mineradoras, numa reunião realizada na Prefeitura de Brumadinho, para discutir as condições da Estrada da Conquistinha e apresentação de proposta para o seu asfaltamento.
Na reunião a Prefeitura foi representada pelo prefeito Neném da Asa e vice-prefeito Antônio Sérgio dos Santos Vieira e, pelos secretários Ernane Parreiras, adjunto de Meio Ambiente; Mauro Reis, secretário de Planejamento; Alcimar Barcelos, secretário de Governo e Hernane Abdon, secretário da Fazenda. Já as empresas foram representadas por Jackson Oliveira, Antônio Wellington e Gilberto Camargo, representantes da MMX; Lígia Maria Gonçalves Braz, Geraldo Magela de Sá, Emerson Florêncio e Tamires Faria, representando a Usiminas; Carlos Alberto de Freitas, Pedro Paulo Pereira Dias, representando a Copasa; Hugo Vocurca representando o Inhotim; Mariana Cillo, Fernando Milléo e Alexandre Silva, representando a Autopista Fernão Dias; Dilson Fonseca, representando a Minerita; Lucinei S. Nascimento, Carlos Diniz Murta Filho, Gabriel Coelho Bandeira e Mario YNishmura, Adriano Bernardes de Souza e Giselle de Oliveira, representando a Ferrous; Thales Pimenta Carvalho representando a ANTT; Marcelo Rabelo representando a MBL e Marco Antunes, representando o Terminal Serra Azul.
O prefeito de Brumadinho, Neném da Asa, falou da importância das mineradoras para o desenvolvimento econômico do município, reiterou o apoio do município às empresas e infocou que o papel do poder público é o de defender a exploração responsável do minério. Suas palavras foram endossadas pelo vice-prefeito, Antônio Sérgio Santos Vieira.
O secretário-adjunto de Meio Ambiente, Ernane Parreiras, apresentou fotos da situação da estrada da Conquistinha, nas quais ficaram evidentes vários focos erosivos nas margens e taludes, carreando sedimentos para a Área de Proteção Especial – APE do Sistema Rio Manso da Copasa (manancial de 30% da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte) e, para o reservatório, que já perdeu parte de sua capacidade de acumulação.
Segundo Ernane Parreiras, “a pavimentação da estrada da Conquistinha, desde a rodovia BR-381até o bairro Progresso II, no município de Brumadinho, representa bastante na solução para o problema. Ernane disse que foram realizados diversos encontros com os setores envolvidos e interessados, mas até o momento não foram colocadas em prática as devidas providências. Informou que, em conversa com o Ministério Publico Estadual, através do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ficou claro que não é mais possível protelar as ações para solução do problema gerado pelo trânsito na estrada Conquistinha e, que o próprio promotor se dispôs a tomar medidas mais rigorosas. Entre elas, a possibilidade do embargo do trânsito de mineradoras, juntamente com a Auto Pista Fernão Dias, ANTT e Ministério Público, tendo em vista a degradação ambiental, riscos a vidas, entre outros fatores.

Trânsito na Conquistinha causa problemas aos usuários

As más condições da estrada da Conquistinha prejudicam os usuários. Os representantes da Concessionária Autopista Fernão Dias expuseram que os sedimentos carreados pelos caminhões transportadores de minério, sobretudo nas proximidades da entrada para a MMX, causam problemas à rodovia 381 e à segurança dos usuários. A Concessionária está pressionada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres para equacionar o problema e, chegou até a levantar a hipótese de impedir o acesso à rodovia pelos veículos transportadores de minério, mas essa opção não é desejada, pois o objetivo é melhorar o acesso, com a construção de um trevo.

Asfaltamento da estrada beneficiará o Turismo

O representante do Instituto Inhotim, Hugo Vocurca, falou do significado do asfaltamento do trecho para o Instituto Inhotim e para o município, no sentido de que esse novo acesso contribua para viabilizar o desenvolvimento do turismo. Solicitou que o acesso do trânsito das mineradoras não passe pelo bairro Cohab, nem em frente ao Inhotim, propondo que os caminhões passem pela estrada de ligação ao município de São Joaquim de Bicas.

Estrada prejudica Sistema Rio Manso

O representante da Copasa, Carlos Alberto de Freitas, falou sobre o ônus ocasionado ao tratamento de água, decorrente da presença de sólidos em suspensão na água. Expôs sobre o projeto de retirada dos finos de minério assoreados no reservatório do Sistema Rio Manso, em discussão com o Ministério Público. O minério está assoreado um braço da barragem, cujo afluente é o Córrego Quéias, no início da operação do reservatório. Na época, adotou-se como medida de contenção a construção de uma barragem, a montante do reservatório e, hoje se analisa a viabilidade de retirada dos finos.
O Diretor de Meio Ambiente, Segurança e Saúde da MMX, relatou que a empresa já realizou algumas melhorias, mas que são insuficientes para solucionar o problema. Disse que a empresa fará outras ações em curto prazo e, que em médio prazo, tem como objetivo retirar seus caminhões de circulação na rodovia, por meio da construção de uma passagem superior ou inferior na BR 381.
O representante da Autopista Fernão Dias, alertou sobre a necessidade de avaliação dessa proposta, e sugeriu que a empresa MMX apresentasse o conceito do projeto de construção de um viaduto, ou passagem inferior à rodovia BR-381.

Prefeitura quer asfaltar a estrada

O secretário de Governo de Brumadinho, Alcimar Barcelos, disse que é objetivo da Prefeitura asfaltar o acesso de Brumadinho à BR-381 pela estrada da Conquistinha, o que é bom para todas as entidades representadas na reunião. Chamou a atenção para o objetivo da reunião, que é consorciar esforços financeiros entre as mineradoras para o asfaltamento do trecho, e a construção de um trevo. “Há uma necessidade de agilizar o projeto, para o qual já existe um estudo pronto. Deste consórcio, podem participar também a Copasa, o município dentro de suas possibilidades e, até mesmo o Instituto Inhotim, caso seja necessário. Quanto à participação do Inhotim, o Instituto já participa cedendo parte de uma área para alargamento de via até o bairro Cohab. Quanto à participação da Copasa, falou das dificuldades de negociação com a empresa, que tem resistência de contribuir em outras ações que não sejam abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Disse que a contribuição da Copasa no asfaltamento dessa estrada seria pouco expressiva em relação às contribuições das mineradoras, que a utilizam e impactam em maior intensidade. Além disso, segundo o secretário de Governo, o município tem defendido junto à Copasa o asfaltamento da estrada de ligação dos municípios de Brumadinho e Rio Manso, como mitigação pela perda de um antigo acesso, ocasionada pela construção do Sistema Rio Manso. De todo modo, pediu ao representante da Copasa que reportasse, mais uma vez, a situação aos seus superiores, para uma nova tentativa de contribuição da Copasa ao asfaltamento da estrada da Conquistinha.
Alcimar Barcelos solicitou aos representantes das empresas que sinalizassem positivamente com relação a participar financeiramente da obra de infra-estrutura. Frisou que a proposta é uma parceria, onde as mineradoras contribuiriam proporcionalmente, segundo critérios de intensidade de uso da estrada e da rodovia. De acordo com o Secretário, o próximo passo seria a elaboração de uma planilha com a distribuição dos custos da obra, proporcionalmente, entre os participantes. Pediu que cada mineradora manifestasse sobre a possibilidade de contribuição.
Representante da Ferrous informou que a empresa é sensível ao problema, comum a todas as mineradoras e acredita que todos os envolvidos devem contribuir. Explicou sobre o nível de hierarquia da organização, que o leva a depender da submissão do assunto a seus superiores.
Já o representante da Minerita disse que todos devem participar. “Está sendo construído um terminal de cargas em Igarapé, mas indiferente de quem usa a estrada da Conquistinha, todas as empresas que possuem decreto de lavra devem participar, por ser em benefício de todos, da comunidade”. Disse que todos devem se unir para dar retorno à comunidade. Questionou o licenciamento da obra, e o secretário de Governo informou que o município cuidará dessa providência.

Fiscal da Autopista sugere ações imediatas

Representante da ANTT, Thales Pimenta Carvalho, fiscal da concessionária Autopista Fernão Dias, reiterou a importância do asfaltamento da estrada da Conquistinha. Disse que a proposta de construção do trevo é interessante, no entanto, acredita que sejam propostas de médio a longo prazo e, que é necessário ter ações imediatas para equacionar os problemas atuais de presença de sedimentos na rodovia e má visibilidade da sinalização. Frisou que a fiscalização será mais rigorosa daqui para frente e, que é preciso manter a pista limpa.
Alcimar Barcelos informou que a meta é ter asfaltamento realizado em curto prazo e, por isso está buscando esforço conjunto.
O representante da ANTT falou sobre a possibilidade de angariar recursos por vias de emendas parlamentares, ou mesmo junto a órgãos do governo.
O secretário de Governo se comprometeu a avaliar também esse caminho. Pediu compreensão da ANTT nas fiscalizações, tendo em vista o período chuvoso e as soluções que vem sendo buscadas. O representante da ANTT reiterou a necessidade de limpeza da pista e da sinalização e o representante da MMX informou que sua parte será resolvida.

Empresas se manifestam para o asfaltamento

Quanto a participação no asfaltamento da estrada as empresas se posicionaram da seguinte forma: a Minerita concorda com a contribuição, desde que seja para todos os interessados. A MDL está de acordo, respeitadas as proporções de contribuição pelas empresas. A Ferrous, conhecendo o projeto, certamente participará, proporcionalmente. A MMX e Usiminas também tem interesse, e estarão abertas à participação, mas precisam da planilha de custos para confirmação da resposta. O Terminal Serra Azul disse que sempre participou e, certamente participará. A Copasa buscará apoio da empresa.
O Secretário de Finanças, Hernane Abdon, comentou que as mineradoras estão em descrédito pela sociedade e, que essa obra pode ser explorada como marketing pelas empresas, vindo a ser uma oportunidade de melhorar sua imagem junto às comunidades.
O Adjunto de Meio Ambiente, Ernane Parreiras, destacou que o promotor Carlos Eduardo reforçou a questão do impacto ambiental.
A prefeitura de Brumadinho ficou com a incumbência de elaborar o projeto e a planilha com a divisão proporcional dos custos da obra entre as empresas participantes. Outras empresas que usam o trecho, foram convidadas e, não participaram da reunião, serão chamadas individualmente pela prefeitura, para tratar do assunto.
A comunidade de Brumadinho espera que esta obra seja efetivada o mais breve possível para o favorecimento de toda a coletividade.