E a segurança em Brumadinho! Como vai?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saldo de vítimas do Carnaval - Alegria e Tristeza

Este ano o Carnaval no Brasil ocorreu em clima chuvoso. As chuvas contribuíram para o aumento de acidentes nas estradas federais, estaduais e municipais. Além de fomentar a folia, o feriado de Carnaval atrai também oportunidades diversas de lazer, entre elas, a de conhecer pontos turísticos Brasileiros; visitar familiares, procurar um bom local para descansar. Mas, a maioria das pessoas ainda procura as cidades carnavalescas para se divertir e, este movimento de deslocação, antes, durante e depois do Carnaval, de Norte a Sul do País, traz uma estatística de notícias ruins nas estradas que, muitas vezes, são intercaladas com as notícias de desfiles e folias, numa mistura de alegria e tristeza.
As notícias ruins começaram antes do feriadão. Na própria capital do Carnaval, Rio de Janeiro, membros de escolas de samba viram seus galpões serem incendiados, um mês antes do desfile e, por sorte, não houve vítimas. Em Minas Gerais, uma semana antes do feriado, 16 pessoas morreram e 50 ficaram feridas enquanto acompanhavam um trio elétrico, na cidade de Bandeira do Sul, no evento Carnaband. O acidente ocorreu por causa de uma serpentina metálica que rompeu os fios de energia. O que era para ser festa terminou em tragédia. O episódio alertou as autoridades de todas as cidades brasileiras para o perigo das serpentinas metálicas. Com a evolução, as serpentinas, antes confeccionadas de papel, agora podem ser metálicas. O ocorrido foi uma surpresa fatal. Portanto, todas as pessoas de bom senso esperam que a produção de serpentina com este tipo de material, seja paralisada.
Não é exagero. Apenas fatos. Se citarmos um a um os acontecimentos ruins, durante o evento carnavalesco, o espaço reservado para o editorial não daria nem para o início. Mas, sem dúvida alguma, as maiores tragédias ainda ocorrem nas estradas.
Este ano o DPVAT contabilizou o maior número de vítimas fatais dos últimos anos nas estradas federais. Cerca de 900 mortes. Porém, considerando também as vias urbanas e municipais, o número pode ser ainda mais surpreendente. De 2006 a 2010, a Seguradora pagou mais de 4.470 indenizações por mortes no trânsito considerando os seis dias de carnaval, de sexta-feira a quarta-feira de cinzas, quando o movimento nas estradas e o consumo de álcool aumentam. A região que mais apresentou pagamento de indenização por morte foi o Sudeste, com 1.731 registros fatais nos carnavais de 2006 a 2010. Em seguida, a região Nordeste apresentou o maior número de óbitos, 1.287, seguida pelo Sul (717), Centro-Oeste (420) e Norte (309), considerando o mesmo período.
Num país de Primeiro Mundo estas estatísticas seriam de guerra. Infelizmente, os acidentes de trânsito durante o Carnaval deixaram um saldo de tristeza em muitas famílias brasileiras. Entretanto, não foram apenas as estradas e os trios elétricos que deixam vítimas. As drogas, o álcool, o sexo precoce e inseguro. Cada ano que passa, mais adolescentes são iniciados em entorpecentes e vida sexual, justamente no Carnaval. Isso não é novidade para ninguém.
Felizmente, em Brumadinho, não houve ocorrências graves, os foliões se divertiram mesmo debaixo da chuva. Os fatos acima servem simplesmente de alerta, principalmente porque a cada ano, mais pré-adolescentes entram na folia, na Avenida Vigilato Braga, o que gera grande preocupação. Segundo informações, há crianças, até de colo, que mesmo acompanhadas pelos pais, não deveriam ser expostas a uma folia para maiores de idade, mesmo porquê, a Prefeitura sempre programa matinês. Presentes a eventos direcionados a adultos, as crianças entram no saldo de vítimas inconscientes. Diante da impotência de cidadãos comuns em solucionar esta situação, cabe aos organizadores, polícia e Justiça, garantirem a segurança destes menores. Esta é uma sugestão.

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