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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Potencial Turístico do Vale do Paraopeba

Por Antônio de Paiva Moura - jornal Circuito Notícias


Características do Médio Vale do Paraopeba

A microrregião do Médio Paraopeba, localizada nas confluências da Metropolitana de Belo Horizonte e dos Campos das Vertentes, se caracteriza por dois aspectos fundamentais como potencial turístico: o natural e o cultural. A microrregião em destaque é composta pelos municípios de Belo Vale, Bonfim, Brumadinho, Crucilândia, Moeda, Piedade dos Gerais e Rio Manso.
Do ponto de vista natural trata-se de uma das formações geológicas mais antigas do Mundo. O solo e o subsolo formados nas eras pré-cambriana e paleozóica. A margem direita do Rio Paraopeba é a mais antiga com presença de rochas que vão de três bilhões a 600 milhões de anos. Nessa facha que vai da crista da Serra da Moeda até o leito do Rio Paraopeba onde se encontram as maiores jazidas de mineiro de ferro de Minas Gerais. Na margem esquerda do Paraopeba encontram-se os gnaisses de origem magmática, cuja erosão iniciada a 500 milhões de anos descobriu enormes penhascos de granito. Da decomposição dessa rocha resulta a terra chamada latossolo, apropriada ao cultivo de capim, milho, cítricos e outros frutos. Em face de tais propriedades, desde os primórdios da colonização de Minas, a margem esquerda do Paraopeba foi importante no abastecimento da capital Ouro Preto a atual, Belo Horizonte. Além disso, a abundância de granito proporciona enormes lençóis freáticos multiplicando as nascentes e hidrografia de águas cristalinas, razão pela qual todos os municípios da região contam com belas e inumeráveis cachoeiras. As belas montanhas da região proporcionam vôos de asa delta, MotoCross e alpinismo.
Do ponto de vista histórico, o Médio Paraopeba é muito significativo, de vez que abrigou temporariamente os desbravadores sertanistas em busca de Ouro, diamante e pedras preciosas. Com o esgotamento das jazidas superficiais de ouro houve um surto migratório para a região em busca de espaço para agricultura e pecuária. O príncipe regente, Dom João VI incentivou as migrações e as imigrações para a região. Diversos portugueses aproveitaram o incentivo e se estabeleceram na região própria para pequenas fazendas. As inúmeras nascentes d’água permitiam a mecanização da produção de farinha de mandioca, fubá de milho, monjolos para pilar arroz, mamona, café e engenhos de cana para fabricação de açúcar e aguardente. Mineiros e portugueses que povoaram a região trouxeram sua cultura, bem como o gosto pela equitação, música, festas religiosas, folguedos. Além disso, os migrantes e imigrantes marcaram o Médio Paraopeba com uma culinária baseada nos vegetais e animais produzidos na região.
Outro aspecto que privilegia a referida microrregião é a infra-estrutura. Ao Leste é servida pela rodovia BR 040, de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, que se encontra em bom estado de conservação. Ao Oeste é cortada pela rodovia BR 381, Belo Horizonte São Paulo. Ao meio a rodovia MG 040, asfaltada até Brumadinho. A ferrovia que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro tem estações em Ibirité, Sarzedo, Mário Campos, Cidade de Brumadinho, povoados de Alberto Flores, Marinhos, cidades de Moeda e Belo Vale. Todos os municípios são ligados às rodovias e às estações ferroviárias por estrada vicinais. Todos os municípios são servidos de postos médicos municipais e estaduais. O sistema de telefonia móvel e fixa encontra-se interligado ao DDD 31.

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