E a segurança em Brumadinho! Como vai?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Guerra contra o tráfico de drogas

Há um mês da eleição de Dilma Rousseff a presidenta da República o Brasil assiste através do grupo de mídia, incluindo a internet, o combate ao enraizado tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O episódio causou surpresa ao Brasil. Quem imaginava que o exército sairia ás ruas, com seus tanques de guerra para um combate ao maior inimigo dos brasileiros atualmente: os reis do tráfico de drogas.
O crescimento do Estado Paralelo no Brasil é tão grande e poderoso que infiltrados neles estão membros da política brasileira e da própria polícia, que deveriam zelar pela segurança da população. Este fato é explícito no filme “Tropa de Elite I e 2.
O exército juntou-se a guerra contra os traficantes do Rio de Janeiro e, com a ajuda da polícia militar, ocupou todos os acessos à favela da Grota, no Complexo do Alemão. As surpresas foram e estão sendo tantas. Quantos fugitivos da cadeia e quanta droga apreendida: segundo levantamento parcial da Secretaria de Segurança, até o momento foram apreendidos mais de 33 toneladas de maconha, 235kg de cocaína, 27kg de crack, e 1.406 frascos de lança-perfume.
A droga apreendida foi incinerada em Volta Redonda, nos fornos da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN e os foragidos da polícia estão sendo reconduzidos à prisão.
A guerra contra os traficantes no Rio de Janeiro deu uma injeção de ânimo nos brasileiros que viviam com a certeza que o crime é impune e que contra o tráfico o Brasil é impotente. Como o exército brasileiro não tem guerra externa para atuar, o melhor é usar todo o equipamento material e humano na maior guerra que os brasileiros enfrentam.
Agora, os brasileiros sabem que quando quer o Estado consegue vencer esta guerra. E, se o Brasil pretende fazer bonito em 2014, na Copa do Mundo, a varredura da droga, iniciada no Rio de Janeiro, precisa se alastrar para todos os estados brasileiros, sem esquecimento das fronteiras. Mão de obra para isto o Brasil já provou que tem. E que esta varredura chegue rapidamente a Minas Gerais, já que o tráfico de drogas no estado se alastrou para o interior.
Em Belo Horizonte, é muito dificil encontrar uma esquina que não tem um menor pichando e vendendo crack. Em muitas cidades do interior acontece o mesmo. Brumadinho, por exemplo, é uma cidade pichada. Diminuiu, na verdade, depois que parcerias resolveram ensinar a arte do grafite para menores simpatizantes da pichação. Mas, vira e mexe ela aparece no cenário brumadinhense.
Em Brumadinho, a prova do alastramento de drogas está nos boletins de ocorrências. Se há alguns anos atrás eram poucas as ocorrências envolvendo usuários e traficantes, hoje o fato é comum. E como um fato liga a outro e, como os usuários precisam bancar seu vício e, como nem sempre são trabalhadores, os pequenos assaltos também aceleram.
No mês de novembro Brumadinho viveu uma onda de arrastão no comércio, no centro da cidade. Os comerciantes estão apavorados e impotentes diante da onda. Os assaltantes passam de loja em loja e tomam rumo ignorado, como aconteceu no dia 19 de novembro. Já no dia 1º de dezembro, dois assaltantes não tiveram muita sorte, pois a polícia conseguiu prendê-los, após assaltarem uma loja no centro da cidade.
Os fatos cotidianos mostram que o crime tomou conta, também, do cenário mineiro. E, como no Rio de Janeiro, a policia e as autoridades sabem onde vivem e escondem os criminosos. Infelizmente, para mudar este quadro na Região Metropolitana de Belo Horizonte, será preciso uma guerra contra o crime organizado. Ou seja, a polícia precisa se organizar em parceria com o Estado e com o Exército, aos moldes da guerra do Rio de Janeiro.
Certamente, na Guerra do Rio, há denúncias de que policiais militares tentaram tirar proveito da situação. Todo o Brasil sabe que dentro da Polícia também há policiais bandidos. Infelizmente, esses tentam denegrir a imagem do resto do grupo. Mas, o Brasil sabe também, que é preciso fazer uma limpa nas polícias militar e civil. “Separar o joio do trigo”. O Brasil, o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brumadinho, estão vivendo em insegurança.
Antes que o maior evento do mundo se aporte no Brasil, é preciso fazer uma limpeza no país. E a guerra do Rio de Janeiro, mostra que isso é possível. Felizmente, o Brasil tem jeito.
Depois do tráfico, o Brasil tem uma lista enorme de prioridades para resolver antes de 2014. E a segunda delas é o transporte. No último feriado nacional, Minas Gerais foi o campeão de acidentes nas estradas. Foi também o campeão em mortes. Cerca de 43 pessoas morreram em 674 acidentes nas rodovias mineiras. Com o grande número de mortes, o feriado de 15 de novembro foi considerado um dos mais violentos do ano e superou ao feriado de Finados, onde 37 pessoas morreram, em acidentes nas BRs e nas MGs.
A estatística de mortos no feriado de 15 de novembro é comparável ao número de mortos na guerra do tráfico, que fez pelo menos 46 vítimas. A estatística mostra que as estradas mineiras estão praticamente em guerra nos dias de feriados nacionais. E, mostram também que os maiores vilões da estrada são os veículos de carga. É verdade. Não raramente os veículos de grande porte não conseguem frear. Neste caso, a guerra deve ser contra eles.
Uma boa notícia, é a possível ativação dos trens de passageiros. Um país extenso como o Brasil precisa usar suas estradas de ferro não só para transportar minério de ferro, mas principalmente para transportar passageiros. Todo país desenvolvido tem trem de passageiros. E todas as classes sociais fazem uso desse transporte. A volta do trem de passageiros pode aliviar o tráfego nas estradas. Mas, para isso, é preciso boa vontade dos governantes para combater a guerra nas estradas.

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