E a segurança em Brumadinho! Como vai?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

GOL DE PLACA NO TURISMO

Por Maria Carmen de Souza - Editora do jornal Circuito Notícias

Os países de todo o mundo acompanham a Copa do Mundo/2010 na África do Sul. Pela rede televisiva o público não assiste apenas aos jogos, mas também vê uma multidão de torcedores, de várias partes do mundo, que foram a África para torcerem para os times de seus países. Certamente, o movimento de turistas na Copa do Mundo na África é maior de que qualquer outro evento já realizado em qualquer outra época, neste país. Não há dúvidas. A Copa do Mundo é o maior evento realizado no globo terrestre, conseguindo cativar turistas de vários países ao mesmo tempo. O evento movimenta o mundo muito mais que as Olimpíadas. Fato curioso, já que a Copa do Mundo apresenta apenas a modalidade esportiva futebol, enquanto que as Olimpíadas apresentam uma série de modalidades esportivas. Mas essa é uma discussćo a parte.
Interessante que mesmo quem não está na África do Sul está tendo oportunidade inédita de conhecer o país. As redes de televisão brasileiras, e do mundo, que estão dando cobertura ao evento, estão editando reportagens sobre as segmentações turísticas do país: gastronomia, história, cultura, econōmia, enfim. E assim, as pessoas que não estão lá no momento, começam a planejar uma futura visita, para conhecer de perto os lugares divulgados na mídia. Um dia desses uma rede de televisćo brasileira divulgou um bar/danceteria que, criativamente, foi instalado dentro de um tronco de árvore: certamente uma árvore bem maior do que qualquer uma que nossos olhos já viram por aqui na região do Vale do Paraopeba. Afinal, um tronco de árvore que oferece espaço para montar um bar e receber cerca de 50 pessoas atiça a curiosidade de turistas.
Mas, o que uma árvore transformada em bar tem a ver com a Copa do Mundo e com turistas? Tudo. Os turistas do primeiro, segundo e até terceiro mundo que têm condições de fazer uma viagem de continente a continente, não saem a procura do que têm em sua terra. A maioria não quer ir para a África para fazer compras em shopping Center. Quer conhecer as particularidades daquele país. Razão disso é que também há reportagens divulgando que os comerciantes da África não estão lucrando o que planejavam. Os centros comerciais não atraem tanto como a rede hoteleira, os restaurantes, os museus, os pontos turísticos, a cultura, o artesanato. Os empreendedores do segmento turístico estão comemorando a visitação, enquanto os centros comerciais não. É claro que os turistas estrangeiros e sul-africanos circulam durante quase todo o dia por corredores enfeitados especialmente para o Mundial, mas dentro das lojas, o movimento não é tão grande quanto fora delas.
E ai entramos na questão Copa do Mundo/2014 que será realizada no Brasil. Certamente o grande público que virá para cá também terá o objetivo de conhecer o que o Brasil tem: gastronomia, cultura móvel e imóvel, cidades históricas, pontos históricos das cidades, turismo de aventura, turismo rural, ecoturismo, enfim, uma infinidade de atrativos que o Brasil tem.
Já faz parte do passado aquela impressão de que turismo no Brasil é Carnaval, sol e praia. Com 5.561 municípios, um clima diversificado, que vai da neve, em Santa Catarina, às temperaturas tropicais do Nordeste e uma natureza variada, o país oferece múltiplas possibilidades e vários “brasis em um só”.
A realização de megaeventos esportivos no Brasil, como a Copa de 2014, abre caminho para a liberação de recursos e para novos investimentos. Os benefícios não se restringirão ąs cidades-sede dos jogos. Outros municípios estrategicamente localizados funcionarão como subsedes para hospedar mais de 30 seleēões de futebol, como por exemplo, os municípios do Vale do Paraopeba, que têm muita coisa para oferecer no segmento turístico, mas que precisam se estruturarem para alcançarem o objetivo de dar hospedagem e roteiros turísticos para o visitante.
De olho na Copa do Mundo e da grande oportunidade de mostrar ao mundo o Brasil turístico, o Ministério do Turismo e as secretarias de Estado do Turismo, como a Setur – Secretaria de Turismo de Minas Gerais, estão criando estratégias. Em Minas Gerais, por exemplo, as cidades foram divididas por regiões, através de circuitos turísticos. No Vale do Paraopeba o Circuito que atende as cidades é o Circuito Veredas do Paraopeba, com sede em Brumadinho. Atualmente 7 cidades são conveniadas legalmente com o Circuito Veredas: Bonfim, Belo Vale, Moeda, Igarapé, Rio Manso, Brumadinho e, o mais recente, Sćo Joaquim de Bicas.
As estradas de ligação entre estas cidades precisam ser estruturadas, pois há até quem goste de transitar em estradas de terra, mas elas precisam estar em boas condições de trānsito. E, elas não estão.Já para os empreendedores, esta é uma grande chance de transformar casas antigas, casarões, fazendas e sítios em pousadas e hotéis. Exemplo é o prédio do Ipsemg em Belo Horizonte que será transformado em Hotel 5 estrelas e, tantos exemplos pelo mundo afora, como na Itália, onde antigas estāncias, palácios e casarões seculares foram transformadas em hotéis e atraem os turistas, inclusive os brasileiros.
Na região do Vale do Paraopeba há muitas construções seculares que podem ser transformadas em restaurantes,bares, cafés, pousadas que atiçarão a curiosidade do turista que virá para cá em 2014.
Vale apenas uma estruturação para a Copa de 2014 para dar um gol de placa no turismo e, claro, torcer para o Brasil conquistar o hexa em casa, já que nćo deu desta vez.

Maria Carmen de Souza - editora/diretora

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