E a segurança em Brumadinho! Como vai?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E a segurança em Brumadinho? Como Vai?

Há 15 anos atrás, quando o Circuito Notícias começou a circular em Brumadinho e o Boletim de Ocorrências, da Polícia Militar, começou a ser publicado mensalmente, maior parte das notícias policiais era de cidade típica interiorana. Agora, com o desenvolvimento urbano, os cidadãos brumadinhenses, vez ou outra, se vêem surpreendidos com ocorrências típicas das grandes metrópoles, que chegam a chocar toda a população, principalmente porque tem o agravante dos criminosos tomarem rumo ignorado. Foi assim com o assassinato do ex-vereador de Brumadinho João Casa Branca, na estrada municipal que liga o bairro a sede administrativa da cidade. Outro crime chocante ocorreu há pouco mais de um ano, com uma senhora que foi incendiada por ladrões, num ato covarde e desumano, no distrito de Conceição de Itaguá, depois da realização da festa religiosa tradicional de 8 dezembro, da qual ela era participante. Ninguém sabe, também, quem assassinou uma outra mulher brumadinhense, há alguns anos atrás, no bairro José Henriques, entre outros casos. Se não bastassem esses, crime recente abalou toda cidade. O assassinato do cidadão brumadinhense, pai de família e trabalhador, José Augusto de Faria, em plena véspera de feriado da Semana Santa.

Atualmente os moradores presenciam notícias de assassinatos sem desfecho; o que causa ainda maior dor às famílias que, como nos casos citados, não vê os criminosos punidos judicialmente. Quem dera o desenvolvimento trouxesse apenas benefícios. Se antes do asfalto, do ônibus coletivo, do alavancamento dos empreendimentos imobiliários, as casas da pacata cidade brumadinhense tinha suas campanhias na porta da sala, hoje é regra colocar o interfone do lado de fora e, os portões, que tinham tramela ou trincos precisaram ser substituídos por chaves ou eletrônicos. Mas, um bom observador nota que ainda há casas com as campanhias nas varandas e portões que vivem abertos, pois os senhores e senhoras que viviam nos tempos de paz, ainda não se acostumaram a viver trancafiados dentro de suas casas. Entretanto, este caso não aplica ao assassinato que chocou a cidade inteira na Semana Santa. A casa não tem tramela e nem campanhia na varanda e, o assassino não se intimidou em cumprir o seu objetivo dentro da casa e, depois, tomar rumo ignorado, com a facilidade de evasão que a entrada e saída da cidade insegura proporciona. Se é que ele saiu.

Foi preocupado com o crescimento da criminalidade em Brumadinho que o ex-vereador Carlos Mendes de Lima, o Carlinhos do Brumado, se inscreveu na Tribuna da Câmara, para a reunião do dia 8 de abril, com o objetivo de sensibilizar o Poder Legislativo sobre a situação preocupante da insegurança da cidade. Na Câmara o ex-vereador pretende sugerir aos vereadores a investida de projetos de segurança, indicando a importância de instalação de portais nas principais entradas e saídas da cidade: uma na entrada e saída para Belo Horizonte e zona rural, nas proximidades do Posto do Miltão e outra no bairro Cohab, na saída para a Conquistinha e BR-381.

Carlinhos do Brumado acredita que a falta de barreiras facilita a ação de criminosos que vão e vem de nossa cidade sem serem abordados. Isso, sem aprofundarmos nos pequenos assaltos corriqueiros nos comércios da cidade e nas ruas, típicos de trombadinhas, que também vem crescendo e vitimando principalmente mulheres e cidadãos da Terceira Idade.

Como disse certa vez e, com razão, um ex-comandante da Polícia Militar de Brumadinho, em entrevista ao Circuito Notícias, muitos assaltos poderiam ser evitados se as pessoas fizessem sua parte colocando as campanhias do lado de fora da casa e conservando os portões fechados, porque a criminalidade já chegou no município. Certamente esse é um ato de prevenção que precisa ser respaldado por uma segurança coletiva. As autoridades precisam criar subsídios para efetivar a segurança do cidadão brumadinhense que aqui vive, trabalha, estuda e tem família. As estradas municipais precisam ser monitoradas. E, os portais não devem ser instalados apenas na zona urbana, mas também nos principais acessos do interior, nos povoados e distritos que fazem limite com a BR-040, onde os moradores também assistem ao crescimento da criminalidade. Através de uma integração entre os funcionários locados nos portais 24 horas, será possível, pelo menos, fechar o cerco e dificultar a fuga dos criminosos.

A segurança do cidadão deve pautar como prioridade entre os governantes e autoridades, pois os fatos mostram que Brumadinho já se tornou uma cidade insegura de se viver.

Nossa solidariedade à família de José Augusto de Faria.



Maria Carmen de Souza - Diretora do Jornal Circuito Notícias

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