E a segurança em Brumadinho! Como vai?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Corpo de Bombeiros orienta população para evitar acidentes nas estradas durante feriado prolongado de Semana Santa

A intensificação do fluxo de veículos nas estradas durante o feriado prolongado da Semana Santa tem sido motivo de atenção especial por parte do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Para evitar os acidentes no período que antecede ou naquele imediatamente após o término dos quatro dias de folga (dia 21 a 24), uma série de dicas e orientações tem sido repassada à população para garantir viagens tranquilas e com segurança.
De acordo com os bombeiros, o ponto inicial consiste na inspeção do carro, antes de colocá-lo na estrada. Os itens listados são os seguintes:

• equipamentos de segurança, como extintor, triângulo e cintos de segurança;

• freios, observando o nível de óleo, pastilhas, lonas, regulagem, nível do fluido, possíveis vazamentos e o freio de mão;

•sistema elétrico, verificando o bom funcionamento dos faróis, lanternas, setas, luz de freio, luz de ré, luzes de emergência e buzina;

•pneus, estepe, alinhamento da direção, balanceamento das rodas, amortecedores;

•motor, conferindo o nível de óleo do motor, correias, mangueiras, ruídos anormais, regulagem, velas e cabos;

•limpadores de pára-brisa (borracha em bom estado), retrovisores externos e internos;

• cinto de segurança dos bancos da frente e de trás;

• marcador de combustível, velocímetro, encosto de cabeça;

• radiador, que deve ter seu nível da água conferido com o carro desligado.

Ao detectar ou suspeitar de qualquer problema de funcionamento mais sério, os bombeiros aconselham ao proprietário ou motorista que recorra a uma oficina mecânica especializada, solicitando que um profissional que faça uma vistoria no veículo antes da viagem.

Ultrapassagens

A direção defensiva é a palavra de ordem para preservar vidas nas estradas, sobretudo nos feriados. As manobras de ultrapassagem devem ser rápidas e seguras. Só retorne à pista após localizar o veículo ultrapassado pelo retrovisor. Para isso, sinalize com antecedência sua intenção de ultrapassar.

Ultrapasse sempre pela esquerda e apenas nos trechos permitidos. Certifique-se de que a faixa da esquerda está livre, e de que há espaço suficiente para a manobra. Jamais ultrapasse pelo acostamento das estradas, sobre pontes ou viadutos.

Nos dias de chuva a ultrapassagem se torna mais perigosa e exige atenção redobrada, pois o veículo da frente provoca uma cortina dágua que dificulta a visibilidade. Todas as dicas anteriores permanecem valendo, sendo acrescidas por uma maior distância com relação ao veículo a ser ultrapassado.

Chuva e neblina

Outra providência a ser tomada na pista molhada é a redução da velocidade. Além de aumentar a distância dos veículos à frente, acenda os faróis baixos, acione o limpador de pára-brisas e o desembaçador e mantenha as janelas com abertura suficiente para a circulação de ar e evitar o embaçamento.

É preciso um cuidado especial para evitar que os pneus percam o contato com o asfalto, devido à formação de uma lâmina d’água, fenômeno conhecido como aquaplanagem. Isso faz com que o motorista perca o controle sobre a direção do carro. Nessa situação deve-se manter a marcha engrenada, diminuir a aceleração (sem frear), acender os faróis e girar suavemente a direção para a esquerda e para a direita até conseguir controlar o veículo.

Já em áreas com visibilidade prejudicada em decorrência de neblina, é preciso manter os faróis baixos acesos, mesmo durante o dia. Fique a uma distância segura do veículo à frente, abra um pouco os vidros para evitar o embaçamento, não trafegue pelo acostamento e evite fazer ultrapassagens.

O motorista não deve ligar o pisca - alerta com o veículo em movimento e muito menos parar na pista. Se for inevitável parar o carro, procure locais seguros e, aí sim, acenda os faróis e utilize os equipamentos de segurança, como pisca - alerta e triângulo.


Planejamento

É preciso planejar a viagem antes de colocar o carro na estrada, prevendo inclusive os períodos de descanso a serem feitos durante o trajeto. Prefira viajar de dia, em condições de boa visibilidade. Mantenha sempre a calma quando estiver ao volante.

Evite conversas e distrações, não descuide da sinalização, não pare na pista e não trafegue no acostamento. Caso o motorista note que está ficando com sono, aos primeiros sinais de cansaço é aconselhável parar imediatamente em um lugar seguro para relaxar.

A mistura álcool e direção é definitivamente proibida. A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos. O uso do celular ao dirigir reduz a atenção do motorista e contribui para aumentar o risco de acidentes.

Vale a pena ressaltar que o cinto de segurança é um importante fator na prevenção de mortes nas estradas e deve ser utilizado inclusive pelos passageiros que ocupam o banco de trás.

Acidentes

Caso se depare com um acidente de trânsito, a principal dica é manter a calma. Providencie sinalização prévia para o local a uma distância de no mínimo 200 metros, para evitar outros acidentes em sequência. Se houver vítimas, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Mantenha as vítimas calmas e informe-as que o socorro esta a caminho. Caso haja mais voluntários, trabalhe em equipe. É importante não executar os primeiros socorros, se você não for treinado, pois isso pode agravar a situação da vítima. Estes são alguns cuidados básicos e simples, que devem ser considerados para reduzir o número de acidentes e tragédias nas estradas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saldo de vítimas do Carnaval - Alegria e Tristeza

Este ano o Carnaval no Brasil ocorreu em clima chuvoso. As chuvas contribuíram para o aumento de acidentes nas estradas federais, estaduais e municipais. Além de fomentar a folia, o feriado de Carnaval atrai também oportunidades diversas de lazer, entre elas, a de conhecer pontos turísticos Brasileiros; visitar familiares, procurar um bom local para descansar. Mas, a maioria das pessoas ainda procura as cidades carnavalescas para se divertir e, este movimento de deslocação, antes, durante e depois do Carnaval, de Norte a Sul do País, traz uma estatística de notícias ruins nas estradas que, muitas vezes, são intercaladas com as notícias de desfiles e folias, numa mistura de alegria e tristeza.
As notícias ruins começaram antes do feriadão. Na própria capital do Carnaval, Rio de Janeiro, membros de escolas de samba viram seus galpões serem incendiados, um mês antes do desfile e, por sorte, não houve vítimas. Em Minas Gerais, uma semana antes do feriado, 16 pessoas morreram e 50 ficaram feridas enquanto acompanhavam um trio elétrico, na cidade de Bandeira do Sul, no evento Carnaband. O acidente ocorreu por causa de uma serpentina metálica que rompeu os fios de energia. O que era para ser festa terminou em tragédia. O episódio alertou as autoridades de todas as cidades brasileiras para o perigo das serpentinas metálicas. Com a evolução, as serpentinas, antes confeccionadas de papel, agora podem ser metálicas. O ocorrido foi uma surpresa fatal. Portanto, todas as pessoas de bom senso esperam que a produção de serpentina com este tipo de material, seja paralisada.
Não é exagero. Apenas fatos. Se citarmos um a um os acontecimentos ruins, durante o evento carnavalesco, o espaço reservado para o editorial não daria nem para o início. Mas, sem dúvida alguma, as maiores tragédias ainda ocorrem nas estradas.
Este ano o DPVAT contabilizou o maior número de vítimas fatais dos últimos anos nas estradas federais. Cerca de 900 mortes. Porém, considerando também as vias urbanas e municipais, o número pode ser ainda mais surpreendente. De 2006 a 2010, a Seguradora pagou mais de 4.470 indenizações por mortes no trânsito considerando os seis dias de carnaval, de sexta-feira a quarta-feira de cinzas, quando o movimento nas estradas e o consumo de álcool aumentam. A região que mais apresentou pagamento de indenização por morte foi o Sudeste, com 1.731 registros fatais nos carnavais de 2006 a 2010. Em seguida, a região Nordeste apresentou o maior número de óbitos, 1.287, seguida pelo Sul (717), Centro-Oeste (420) e Norte (309), considerando o mesmo período.
Num país de Primeiro Mundo estas estatísticas seriam de guerra. Infelizmente, os acidentes de trânsito durante o Carnaval deixaram um saldo de tristeza em muitas famílias brasileiras. Entretanto, não foram apenas as estradas e os trios elétricos que deixam vítimas. As drogas, o álcool, o sexo precoce e inseguro. Cada ano que passa, mais adolescentes são iniciados em entorpecentes e vida sexual, justamente no Carnaval. Isso não é novidade para ninguém.
Felizmente, em Brumadinho, não houve ocorrências graves, os foliões se divertiram mesmo debaixo da chuva. Os fatos acima servem simplesmente de alerta, principalmente porque a cada ano, mais pré-adolescentes entram na folia, na Avenida Vigilato Braga, o que gera grande preocupação. Segundo informações, há crianças, até de colo, que mesmo acompanhadas pelos pais, não deveriam ser expostas a uma folia para maiores de idade, mesmo porquê, a Prefeitura sempre programa matinês. Presentes a eventos direcionados a adultos, as crianças entram no saldo de vítimas inconscientes. Diante da impotência de cidadãos comuns em solucionar esta situação, cabe aos organizadores, polícia e Justiça, garantirem a segurança destes menores. Esta é uma sugestão.

Depois do luto a luta: em favor de uma pedagogia do cuidado

Por Lúcio Alves de Barros - Jornal Circuito Notícias

Não deixa de ser uma boa tentativa, as primeiras investidas do SINPRO-MG (Sindicato dos professores do Estado de Minas Gerais) em favor dos professores e contra a violência latente e manifesta nas escolas. Infelizmente, as propostas apareceram após o assassinato do mestre em educação física e professor Kássio Vinícius de Castro Gomes. Talvez elas até existissem, mas ainda não haviam chegado até nós. Mas nunca é tarde, visto que a violência nas escolas não é nova e a questão tornou-se séria desde a década de 80. Digo isso devido não somente à comoção oriunda da morte de nosso colega no final de 2010, mas das falas dos professores e professoras que ficaram para contar a história. E elas vieram de todas as formas: umas escutei, outras recebi por e-mail e várias delas recolhi nos intervalos, nas reuniões, nos periódicos e neste grande mundo virtual da internet.
A morte do professor causou mal-estar não somente entre alunos-professores, mas também entre alunos-alunos, professores-professores. Recebi mensagens pedindo “pena de morte ao aluno escroto”, outras defendendo medidas repressoras e penalizáveis aos alunos agressores e aos professores que também, para muitos, carregam parcela de culpa. Não deixei de receber críticas e mais críticas às instituições de ensino particular, as quais são criticadas por receber “qualquer tipo de aluno”. Muitas foram as lembranças de casos ocorridos em todo o Brasil. Assim veio à memória o caso da professora que teve braços e dentes quebrados em Porto Alegre (RS), da professora do ensino médio que foi atacada a chutes e pancadas na capital de Minas Gerais, da diretora agredida a pedradas em um colégio estadual de Florianópolis (SC), da diretora que apanhou de alunos e amigos dos alunos no meio da rua em Juiz de Fora (MG) e do caso recente do estudante universitário Lucas Zebral de Melo Albuquerque, aluno da FUMEC (Fundação Mineira de Educação e Cultura), em Belo Horizonte, que foi condenado por injúria contra um professor. Os relatos das testemunhas apontaram que ele dava “encontrões propositais”, além de “insinuar”, com “expressões chulas”, que o docente seria homossexual.
De qualquer modo tentei resumir as narrativas em três blocos não excludentes e complementares. O primeiro bloco de narrativas tem por alicerce que a “a violência está não somente no nível superior”. Os docentes contaram casos de professores que “apanharam feio de alunos”, que foram “vítimas de agressões verbais”, “furtos”, “roubos”, “carros quebrados”, “carros arranhados” e “xingamentos”. Apontaram como problema as políticas públicas voltadas à educação e “não acho que as coisas podem melhorar”. A violência estaria pior na educação em nível médio e fundamental “onde a droga come solta” e “alunos e alunas só pensam em sexo, conversa e vadiagem”. Um professor chegou mesmo a dizer “que não deixa a profissão porque não sabe fazer outra coisa, mas que tem dias que pensa em se matar porque não aguenta mais o descaso do Estado e a falta de interesse dos alunos”. Uma docente, que já havia sido minha aluna, disse que certa feita não apanhou porque “o traficante perto da escola não deixou a mãe do aluno bater”. Como se vê, e por falta de linhas não vou alongar por aqui, é possível perceber que a violência está presente não somente no nível superior, mas no ensino médio e fundamental e que, pela faixa-etária dos meus colegas não é tão nova assim.
O segundo grupo de narrativas chama atenção para a “gradação” do tipo de violência. Um deles disse: “no fundamental o aluno belisca, te joga lápis, água, faz piada e até te bate na perna. No ensino médio fura o pneu do seu carro, te chama na porrada, ameaça na internet e por aí vai e, no ensino superior, como a gente vê, a coisa já está é na facada mesmo”. Embora tenha sido uma conversa emocionada a comparação colocou em tela o agressor que já estaria em maturação desde a infância. Ele cresce e se enche de hormônios na adolescência e se transforma em um predador após alguns períodos no “ensino superior”. Longe dos exageros, a questão é séria e, como já disse, merece ser entendida como problema de segurança pública. Alunos tem andado armados em salas de aula: uma professora disse que “morre de medo de dois alunos que em sua sala só andam armados com a justificativa de serem policiais”. Outra disse que já teve que “escutar calada os gritos de uma aluna que se gabava em pagar o seu salário”. Aparentemente, e não por acaso, as mulheres são as maiores vítimas, pois das mensagens que recebi uma professora afirmou “que chora toda vez que um aluno a desrespeita e que não percebe isso nos professores que são homens”. Também neste caminho encontrei a famosa pérola, ouvida várias vezes em meio aos policiais: “hoje eu disse para minha mulher que saio para trabalhar, mas não sei se eu volto”. A frase, apesar de cômica no lugar no qual foi dita, não deixou de produzir algumas respostas como: “Eu já pensei nisso”, “É! O trem ta feio”, “Daqui há pouco é isso mesmo” e “Quero ganhar insalubridade e periculosidade”. Em tais narrativas identifiquei professores medrosos, frágeis fisicamente, extremamente ternos e fleumáticos, o que justifica a fala da pequena e bela professora, já desencantada com o mundo da educação: “Eu estou com medo dos meus alunos”.
O último grupo de narrativas apontou para a necessidade de que “alguma coisa deve ser feita”. Os docentes que escutei com atenção disseram da importância da existência de “normas” e “regras claras no ensino”, principalmente nas redes particulares, as quais “andam a vender diplomas como água em parada de sinal”. Comentaram sobre alunos passando sem mérito e sem a possibilidade de aprovação. Assinalaram para a perda da autoridade e do respeito, justamente porque a ideologia do “PP - Pagou Passou” está valendo desde o momento em que o MEC abriu as portas para o ensino privado. Sem normas e fiscalização, os “alunos acham que são deuses” e “que pagam os salários dos professores porque na verdade são clientes” e não discentes ou profissionais em formação. Na realidade, as falas são conhecidas no meio dos denominados “trabalhadores da educação” e não tenho dúvidas que o MEC é co-responsável por essa situação. De todo modo, existe uma crença nascendo de que “as coisas vão melhorar”, de que “a educação é a melhor saída para as sociedades” e que “episódios como o do mestre em educação física não podem se repetir”. Aprendi que professores são esperançosos, generosos e sofrem com o sofrimento dos alunos. Um discurso foi quase unânime: “é preciso salvar a educação”. A fala é interessante porque o docente que leciona em nível superior sabe que é do ensino médio que o seu trabalho depende e nada como melhorar a qualidade da educação dos seus “clientes”.
Finalmente, gostaria de terminar deixando clara minha preocupação em relação aos professores que, embora passem pelos mesmos problemas e constrangimentos, tem tentado diminuir a gravidade dos fatos. Muitos deles são coordenadores, supervisores, diretores, orientadores, tutores, estão em cargos de chefia ou comungam com as ordens dos proprietários dos estabelecimentos escolares que não se preocupam com o corpo docente. Em geral, são executivos da educação que pouco sabem de didática, política pedagógica, planos de ensino ou sala de aula. Muitos jamais enfrentaram turmas de 40, 60 ou 80 alunos. É deste pessoal que tenho o maior receio, pois são eles que recebem as “reclamações”, os e-mails ocultos, as cartas os abaixo-assinados e, em geral, levam para o campo pessoal assuntos que são pedagógicos e estão atrelados a uma determinada conjuntura e história. Como disse uma amiga, eles ajudam a plantar e cultivar a dúvida entre os professores, alunos e corpo dirigente. Praticamente produzem dois lados dicotômicos que aparentemente devem estar em constante conflito. Existem casos em que tais coordenadores operam como verdadeiros proprietários da instituição e não deixam de distribuir “queixas”, “advertências” e “chamadas de atenção em plena reunião”. Sinceramente, a diferença deste docente-coordenador para o aluno que decidiu matar o professor é só a faca. A morte social, a baixa estima, a síndrome de burnout e as várias moléstias que vem atacando o corpo docente é nada mais que o resultado de nossa falta de respeito com o outro, do direito inegociável do contraditório, da aceitação das limitações, da tolerância sempre viva e da construção de uma pedagogia do cuidado. Não custa lembrar que somos seres vulneráveis, frágeis, caminhando em tempos pós-modernos com certa dificuldade em um mundo carente de valores, utopias e sentidos de vida, com uma única certeza: “a vida é curta e a morte é certa”.

Moradores de Brumadinho pedem mudança no projeto da Estrada Conquistinha

Com a reestruturação da estrada da Conquistinha desde a BR-381 ao bairro Progresso 2, os moradores do bairro Cohab, pensando em criar alternativas para a organização do bairro e, buscando melhorias para o seu desenvolvimento e bem estar dos moradores, através do representante legal da Associação Comunitária, Israel Alves Ferreira e, do abaixo-assinado por mais de 300 pessoas, solicitaram a Prefeitura Municipal a alteração do Projeto da estrada que liga o bairro à 381, visto que se a estrada passar dentro do bairro, causará transtornos, entre eles: danos às moradias do entorno, poluição do ar, poluição sonora e, principalmente, riscos de acidentes devido ao grande fluxo de veículos que irá transitar pelas ruas estreitas.
Os abaixo-assinados sugeriram que a estrada seja desviada e, aberta no antigo terreno localizado ao lado do bairro, que antes pertencia ao empresário Emílio Jardim e que, hoje, pertence ao Instituto Inhotim. Sendo assim, a ideia é que a estrada saia diretamente em frente ao almoxarifado da Prefeitura.
Certamente, com o desvio da estrada, será construída outra ponte, mais larga, que comporte fluxo de veículos largos em duas mãos. E, certamente, com esta obra de desvio, em épocas de chuva e possíveis enchentes do Rio Manso, o trânsito não ficará fechado, visto que a parte baixa do bairro Cohab, costuma ficar inundada no período de chuva e, consequentemente ilhada. Sendo assim, fazendo o desvio e construindo outra ponte Brumadinho continuará com seu acesso funcional na estrada reestruturada de ligação à BR-381.
O desvio significa mais segurança ao bairro, já que não será passagem. Com a mudança, espera-se que o trânsito no bairro seja de moradores e visitantes. Além das obras do PAC que serão implantadas no bairro, já é visível as melhorias que a Prefeitura fez em sua entrada e, na própria Avenida Inhotim, onde foi implantada uma jardinagem no canteiro central, desde as imediações do Almoxarifado da Prefeitura até a entrada da ponte da Cohab. A ponte, por sua vez, está mais larga, pois a passarela deixou de ser dentro dela e foi confeccionada e afixada em sua lateral.
Para o bairro ficar melhor, os moradores estão esperando, ansiosamente, a pavimentação asfáltica de suas ruas e, possivelmente, outra passarela do lado oposto da ponte, para melhor segurança das crianças que se deslocam dos bairros Progresso 1 e 2 para a Escola Municipal Maria Dutra de Aguiar. O ideal é que as pontes por onde transitam automóveis e pedestres tenham duas passarelas, afixadas nas suas laterais.

Ex- funcionários públicos denunciam supostos fantasmas

Cláudio Teixeira, ex-secretário-geral da Câmara Municipal de Brumadinho, apresentou aos vereadores, declaração de um ex-funcionário da Prefeitura, alegando ter sido funcionário fantasma, contratado pela administração municipal atual. O ex-funcionário se chama Daniel Hilário de Lima Freitas.
Daniel Freitas protocolou uma declaração, registrada em cartório, afirmando que trabalhou para o município nos meses de dezembro de 2009 a julho de 2010 e que, além dele, outros servidores foram contratados pela Prefeitura mas, que não prestavam serviços para a mesma e, sim, para o presidente do PMDB de Brumadinho, Breno Alves de Castro Carone.
No documento de Daniel Freitas, consta ainda que dois servidores prestaram serviços em Belo Horizonte, sendo que um deles era motorista de Breno Carone e outra era assessora do deputado Tenente Lúcio, na Assembleia Legislativa. Daniel disse que ele mesmo ficava à disposição de Breno Carone, sem fazer nada e, que neste fazer nada, era responsável pela busca dos contracheques dos outros funcionários.
Depois de ser demitido, o ex-funcionário informou que não estava suportando o peso da irregularidade e que, por esta razão, resolveu denunciar, entregando os documentos para Cláudio Teixeira, que também, como Daniel, depois de ser despedido do poder público, denunciou as supostas irregularidades que viu, enquanto era contratado.
Respondendo a denúncia sobre a suposta funcionária fantasma, Tenente Lúcio respondeu ao jornal Hoje em Dia o seguinte: “confirmou que a servidora citada por Freitas realmente trabalhou em seu gabinete. Ela era estagiária e, como saiu da faculdade, a Assembleia não renovou seu contrato. O parlamentar frisa que o período em que a servidora estagiou foi de abril a julho de 2009, portanto, fora do período indicado na denúncia.Tenente Lúcio disse, ainda, que não sabia que a servidora trabalhava na Prefeitura, mas lembrou que o estágio de quatro horas na Assembleia permite que o estagiário tenha outro emprego”.
Já o prefeito Neném da Asa, respondendo ao Circuito Notícias sobre as acusações, informou que os funcionários eram contratados pela Prefeitura para prestarem serviços a Agência de Desenvolvimento Turístico Circuito Veredas do Paraopeba. Explicou que este tipo de procedimento é comum nas prefeituras, é legal, visto que as prefeituras podem ceder funcionários através de convênios, assim como é comum a locação de funcionários municipais para o INSS, IEF, escolas estaduais, Emater, polícias Civil e Militar, entre outros órgãos ligados à União e ao Estado. ”Tudo através de convênios,” informa.
Neném da Asa disse que a Agência Circuito Veredas do Paraopeba foi estruturada pelo Estado e é diretamente ligada à Secretaria de Estado do Turismo – Setur. Disse que os circuitos turísticos foram implantados pela Setur para que as cidades de uma mesma região evoluam coletivamente no segmento turístico e, como Brumadinho participa do Circuito Turístico Veredas do Paraopeba, junto a outras nove cidades do Vale do Paraopeba e, ainda, como Brumadinho é sede do Circuito Veredas do Paraopeba, a Prefeitura cedeu funcionários para a agência turística, quando seu presidente era Breno Carone, responsável pelas atividades dos funcionários cedidos.
Neném da Asa explicou que cada cidade participa de uma forma e, que atualmente, a participação do município é feita por pagamento mensal, assim como é o procedimento em outros municípios. “Se houve funcionário que era fantasma, é uma surpresa e, cabe à Promotoria investigar, mas, se o próprio denunciante informa que ele e recebeu sem trabalhar; precisa dar conta de seus atos e pagar por isso”.
O prefeito acredita que pelo desenvolvimento que o Circuito Veredas apresenta, se um ou outro funcionário não trabalhou, pelo menos a maioria, certamente trabalhou.
Já o ex-presidente do Circuito Veredas do Paraopeba, Breno Carone, respondeu à imprensa que era o Circuito Turístico que mantinha convênio com a Prefeitura e, não ele. Informou também que não tem motorista particular.
O denunciante Cláudio Teixeira entregou aos vereadores uma cópia da declaração do ex-funcionário Daniel Freitas, informando que os originais da carta e os contracheques foram entregues ao Ministério Público.

Prefeito processa Cláudio Teixeira

O prefeito Neném da Asa disse ao Circuito que apresentou processo de queixa- crime contra o cidadão Cláudio Teixeira, ex-secretário-geral da Câmara Municipal de Brumadinho.
Neném da Asa informou, ainda: “estou providenciando, por meio de meu advogado, entrar com mais cinco processos contra Cláudio Teixeira, inclusive por danos morais, uma vez que o cidadão me imputou várias calúnias”.

Trabalhar não faz mal a ninguém

Nota do Jornal – Entre as pessoas citadas por Daniel Freitas, consta o nome da atual diretora do jornal Circuito Notícias, Maria Cláudia de Souza Silva.
Em 2009, como prestadora de serviços em comunicação, e pela sua experiência de 14 anos neste segmento, Maria Cláudia foi convidada pela gestora do Circuito Veredas do Paraopeba, Érica Natália de Sousa, para trabalhar como assessora de comunicação da Agência Circuito Veredas do Paraopeba. A ela foi informado que a Prefeitura a contrataria e que a cederia para desempenhar um trabalho no Circuito Veredas como contrapartida de um convênio realizado entre Agência Circuito Veredas do Paraopeba e Prefeitura Municipal de Brumadinho.
Maria Cláudia informa que trabalhou no Circuito Veredas do Paraopeba durante 8 meses pela Prefeitura Municipal de Brumadinho e que, nesse período desenvolveu vários trabalhos relacionados à comunicação, como o projeto e editoração eletrônica mensal do informativo on line da Agência, confecção de folderes, convites, cartões, revisão em textos, entre outros e, ainda, que todos os trabalhos desenvolvidos estão arquivados para quem queira ver. Sendo assim, se Daniel Freitas era fantasma, outros funcionários cedidos por convênio para a Agência Circuito Veredas, trabalharam e, mais que isso, têm como provar e apresentar o trabalho realizado, como é o caso da citada Maria Cláudia de Souza. Mas, como denúncia não é veredicto, cabe, aos vereadores e Promotoria Pública investigarem, obviamente, para saber se a denúncia procede.
Maria Cláudia informa, ainda, que foi comunicada de seu desligamento da Prefeitura no mês de julho/2010 porque a participação da Prefeitura no Circuito Veredas do Paraopeba não seria mais através da disponibilidade de funcionários, mas sim através de repasse mensal, em dinheiro.
Depois de seu desligamento do quadro da Prefeitura, assumiu o jornal Circuito Notícias, como sua diretora e, por solicitação da gestora do Circuito Veredas do Paraopeba, continuou prestando serviços à Agência, dando continuidade ao Projeto de comunicação implantado.
No Brasil é comum o termo prestador de serviços. Como o dia tem 24 horas, alguns trabalhadores prestam serviços em um, dois ou três locais. Assim fazem alguns professores municipais, estaduais e federais; assim fazem até mesmo alguns funcionários de empresas de comércio, mineração, entre outras, principalmente funcionários que trabalham em turno de 6 horas. Enfim, trabalhar não faz mal a ninguém e, quem recebe e não trabalha, principalmente em órgão público, precisa prestar conta da irregularidade cometida.

Terceirizada da Copasa danifica Meio Ambiente em Brumadinho

A empresa Socienge, terceirizada contratada pela Copasa, vem provocando danos ambientais e sociais em Brumadinho; decorrentes das obras realizadas para a implantação da rede de captação do esgoto.
Desde 2008, a empresa Socienge, empreiteira contratada pela Copasa, vem realizando serviços de canalização do esgoto de Brumadinho . Por ser uma obra de interesse público e complexa, é natural que cause transtornos em sua realização, porém, alguns vão além do aceitável e infringem diversas normas ambientais, além de causar diversos danos.
Em vários locais por onde a obra passou houve entopimentos, ocorridos quando aumentou o volume de água de esgoto, por isso, necessitando de novas obras de reparo, causando grandes transtornos à população.
Na Avenida Vigilato Braga a empresa já refez o serviço mais de uma vez, em diversos pontos, como em frente a loja Master Casa e Bruma –wall mart. As obras já foram refeitas também perto da ponte do lavrado , na Cohab e, em diversos outros pontos.
Muitas vezes o “conserto” desta obra que está em andamento é repassado para a Copasa que envia seus funcionários, obrigando-os a desentupir e refazer o serviço malfeito, sem que o responsável pela execução da obra de canalização seja responsabilizado, sem contar que a obra é bancada com erário público.
O sistema de enterrar a tubulação é arcaico; efeito caranguejo. Como exemplo está a mata ciliar do São Conrado. Neste local os moradores ribeirinhos presenciaram o efeito caranguejo que contribuiu para o assoreamento do rio Paraopeba. Os funcionários cavavam o local para colocar a tubulação, mas se a hora de serviço terminasse antes do previsto para o término do processo, os funcionários entupiam o buraco de aproximadamente 6metros de comprimento por 3 a 4metros de profundidade novamente , caindo terra na boca do último tubo colocado. O fato é que nem sempre a boca do tubo era tampada devidamente para evitar que a terra entrasse dentro dele. Sendo assim, no outro dia cavava-se de novo até encontrar o tubo, muitas vezes quebrando sua ponta de conexão. Um desastre.
O nível de profundidade era demarcado com esquadro manual, feito de pedaços de madeira, no “olhômetro”.
No final da Rua Carlos Nogueira a tubulação foi enterrada desnivelada e, a água, em vez de descer, voltava e enchia os bueiros até que refizeram o serviço novamente. Diante desta obra inacabável do faz e refaz, perguntamos:
1 - No sistema de contratação (licitação) dos materiais , o diâmetro do tubo colocado (aprox. 200 mm) será capaz de suportar toda a rede de esgoto residencial ao longo do rio Paraopeba?
2 -Vários pontos ao longo do rio não tiveram acompanhamento de um supervisor, a obra ficava a cargo de um encarregado e, muitos continuam despejando livremente no rio . A empresa receberá quitação pelo serviço incompleto, como se o tivesse realizado ?
Sugestão : seria conveniente, ante de pagar os valores do término do contrato, fazer relação dos esgotos que ainda são lançados no rio e, verificar o porquê de não estarem ligados à rede.
-A rede de tubulação feita ao longo do rio não dispõe de sistemas de vazão . Se entupir na desembocadura mesmo em enchentes simples toda a rede irá retornar águas de esgoto na área verde contaminando-a sem que nada possa ser feito até que as águas baixem o nível?
Sugestão: a cada 5 bueiros fazer saídas de emergência em direção ao rio ( 2m acima da tubulação/ altura da tampa do bueiro)
No Bairro São Conrado houve desbarrancamentos de matas ciliares no trajeto demarcado e devastado, para colocação da tubulação, sendo necessária realização de gabiões ( Caixas de tela com pedras dentro) para segurar o terreno e evitar que novas e imensas áreas desmoronem para dentro do rio, levando junto mais árvores, terra, vegetações e tubulações de esgoto .

Quem é a empresa Socienge?

A Socienge é uma empresa particular a serviço da Copasa e não se exime de agir dentro dos padrões legais. A Copasa, co-responsável pelos serviços contratados , sendo uma Sociedade de Economia Mista, tem autonomia administrativa e financeira, mas seus contratos em princípio, são precedidos de processo licitatório (arts 37 XXI e 173 III CR/88).
No pátio onde ficaram instalados, no bairro do Jota e, no trajeto das obras, não havia placas informativas a respeito deste serviço de tão grande relevância pública ou contatos dos responsáveis.
A empresa age como clandestina a serviço da Copasa, até partir do local e, não deixar nem rastro, ferindo o princípio da legalidade, moralidade, publicidade, continuidade do serviço público e da eficiência.
A única placa que cita o nome “Socienge” refere-se à canalização do Córrego do Jota e encontra-se instalada na Av. Vigilato Braga, atrás de uma palmeira.
O engenheiro da Copasa, responsável pela obra, “Luiz”, esquiva-se no tempo com respostas evasivas, talvez esperando o mato crescer para esconder danos já causados, dificultando o acompanhamento por parte do poder público. Enfim, a obra como está gera economia para a Socienge e deixa consequentes gastos públicos futuros e, também, mais danos ambientais a nossa cidade.
Urge a realização das contenções previstas (gabiões); a reversão dos danos materiais aos bens particulares destruídos que se encontravam no caminho; a confirmação do diâmetro da tubulação para o volume de esgoto produzido hoje e futuramente; a necessidade das saídas de escape; a relação de todos os pontos não interligados à rede e, ainda, que a empresa informe por qual motivo continuam sendo lançados esgotos, diretamente no rio e, também, se haverá o reflorestamento (gramado para firmar o terreno) nos locais onde enterrou seus tubos .

Cidadãos denunciam a situação ao Ministério Público

O MP já recebeu diversas denúncias a respeito e vem acompanhando este caso de descaso e mau uso do dinheiro público.
Se você foi lesado pela passagem desta empreiteira, manifeste-se. Esta é uma obra feita com o seu dinheiro para bem de todos.

*Jefferson Lana - Jornalista